Em algum lugar no passado
Os cavalos foram selados,
A espada empunhada
E a armadura vestida,
O estandarte na mão direita
Marcava o início da batalha sangrenta,
Em um espaço longínquo do futuro,
Máquinas se erguiam das cinzas
E agonia do inferno nuclear,
E seres humanos recrudesciam seus corpos
E intelecto pelo resgate da família humana,
Buscando o reconhecimento do seu valor como pessoa,
Passado e futuro unindo seus homens de aço,
Inconformados em viver as margens da sociedade,
Em pagar com a alma o preço pela liberdade,
Justos e ímpios encaminhados aos campos organizados,
Aprisionando sonhos em corações apavorados,
Mentes dormentes em corpos errantes,
Vendo o cálice do direito esvair-se feito o seu sangue,
Sentenciados a miséria da sede e fome,
Inertes e largados a própria sorte,
A eminência do momento do extermínio,
Dois minutos para a meia-noite marca o relógio,
A eminência do momento do extermínio,
Dois minutos para a meia-noite marca o relógio,
E a justiça divina se avista no horizonte,
Fazendo o fogo romper o azul celeste,
Até a terra arder feito uma fornalha,
Condenados pelo pecado da ganância e indiferença,
- Mãos ao alto, de joelhos e cara no chão,
Grita o ser endeusado e sem coração,
- Vamos lutar para romper as cercas,
Fala a voz emudecida pelo olhar da injustiça,
- Apostar o sangue se o preço for a alma,
Correr risco de vida,
Quebrar as algemas,
Romper o sistema,
Pelo direito de salvar o pensamento