terça-feira, 15 de agosto de 2017

Batalha Pela Vida

Em algum lugar no passado
Os cavalos foram selados,
A espada empunhada
E a armadura vestida,
O estandarte na mão direita
Marcava o início da batalha sangrenta,

Em um espaço longínquo do futuro,
Máquinas se erguiam das cinzas
E agonia do inferno nuclear,
E seres humanos recrudesciam seus corpos
E intelecto pelo resgate da família humana,
Buscando o reconhecimento do seu valor como pessoa,

Passado e futuro unindo seus homens de aço,
Inconformados em viver as margens da sociedade,
Em pagar com a alma o preço pela liberdade,
Justos e ímpios encaminhados aos campos organizados,
Aprisionando sonhos em corações apavorados,

Mentes dormentes em corpos errantes,
Vendo o cálice do direito esvair-se feito o seu sangue,
Sentenciados a miséria da sede e fome,
Inertes e largados a própria sorte,

A eminência do momento do extermínio,
Dois minutos para a meia-noite marca o relógio,
E a justiça divina se avista no horizonte,
Fazendo o fogo romper o azul celeste,
Até a terra arder feito uma fornalha,
Condenados pelo pecado da ganância e indiferença,

- Mãos ao alto, de joelhos e cara no chão,
Grita o ser endeusado e sem coração,
- Vamos lutar para romper as cercas,
Fala a voz emudecida pelo olhar da injustiça,

- Apostar o sangue se o preço for a alma,
Correr risco de vida,
Quebrar as algemas,
Romper o sistema,
Pelo direito de salvar o pensamento
E o corpo de serem violados.

Sentimentos

A noite havia descido sobre a terra,
E a lua iluminava entre as estrelas,
Quando aconteceu uma história real,
Que retrata o instante em que um jovem casal,

Tomava uma cerveja e brindava a vida,
Ela, uma moça linda e delicada,
Ele, um rapaz honrado e íntegro,
Seus olhares apaixonados retratavam sonhos

Tão intensos quanto o brilho dos seus sorrisos,
Sentados em um bar, um de frente para o outro,
Com as mãos entrelaçadas á luz do luar,
Mesmo o som da música que abraçava o ar,

Não era tão belo quanto suas juras que acolhiam a alma,
Não demorou para despertarem o olhar
Da inveja e cobiça alheia,
E assim que a moça se dirigiu ao banheiro,
Foi alvo de elogios desrespeitosos,

Ignorados, dois homens levantaram de suas mesas,
E mostraram armas em suas cinturas,
Neste momento seu namorado já estava ao seu lado,
Engoliu em seco o desrespeito,

Sentindo as palavras rasgar a garganta,
E perguntou qual era o motivo da ameaça,
Porque mostrar armas a uma moça pura
Que possuía em seu corpo o dom da vida?

Uma arma fria que jamais poderia ser utilizada para promessas vazias,
Feita por embriagados que escondiam o medo no escudo do fogo,
Ele, por ter as mãos limpas se agarrava a honra,
E ignorando a raiva da injustiça que endurecia o olhar

Pediu que se desculpassem em respeito ao Deus do impossível,
Aquele que pediu que o ato dos justos
Fosse conforme as palavras sopradas aos seus ouvidos
E eternizadas na escritura sagrada,
Aquele que fazia o homem curvar-se a terra em sua presença,

O Divino que com um sopro, gerou a vida humana,
Que em seis dias fez o planeta Terra para abriga-la,
Fez o universo para inspiração,
Por acreditar no amor de cada coração,

Embriagados pelo cálice da violência,
E surdos ás palavras,
Os dois homens investiram contra o casal,
Usando na briga, inclusive, as cadeiras,

Sem saída, o casal aceitou as investidas,
E unidos, com movimentos rápidos,
Jogaram os malfeitores contra as janelas de vidro,

Condenando-os fatalmente á cegueira,
E a impropriedade de portar uma arma,
Ser deselegante com uma moça,
Ou descrente aos sentimentos da alma.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Três Horas da Tarde

Três horas da tarde de sexta-feira,
Ocorrência no centro da cidade,
Tendo como vítima uma advogada bem sucedida,
E como autor um homem não identificado que usava uma máscara na face,

O criminoso a esperava no estacionamento do subsolo do banco,
E logo que ela desativou o alarme do carro,
Este estranho saiu do nada e lhe apontou uma arma,
Pedindo que lhe entregasse a bolsa

Sem oferecer resistência,
Ela pediu calma com a voz alterada que denunciava fobia,
Com as mãos trêmulas pegou a bolsa,
E com lágrimas no olhar pediu que poupasse sua vida,

A alguns metros daquele ponto,
Um homem estranho aos fatos,
Achou os movimentos suspeitos
E se aproximou oculto para o caso de necessitar prestar socorro,

Alcançando o fim da conversa
Antes que o bandido oferecesse resposta,
O cidadão surgiu com um movimento rápido
Detrás de um dos carros com um salto,

E se posicionou atrás do bandido,
Com um movimento brusco fez a arma cair ao solo,
Com um estalo seco que lhe doeu aos ouvidos,
E o imobilizou aplicando uma chave de braço no pescoço,

Soltando o bandido desacordado no piso frio e sujo.
Ao se voltar para a moça, 
A viu agradecê-lo trêmula e angustiada,
Comovido, o cidadão ofereceu um lenço
Para secar suas lágrimas,

E se apresentaram um para o outro,
Reconhecendo-o como um homem íntegro,
Ela lhe entregou um cartão do escritório
E o convidou para tomar um suco.

O Coração Como Aliança

A padronização do ser humano,
É poeira que cega os olhos,
Ao invadir seus espaços mais íntimos,
Para aprisionar seu psicológico,

Tornando-o escravo de desejos inventados,
É como portar um revolver desmuniciado,
Servir de marionete nas mãos de opressores,
Ou ser valente sem possuir um estandarte,

Querer manejar a espada sem saber usar a inteligência,
É querer construir uma torre para alcançar o firmamento,
Movido pelo pecado da ganância,
Sabendo que são diversas as línguas faladas pelas pessoas

Espalhadas feito estrelas pela terra 
E entre os anjos que guardam o universo,
Pois foi no coração de cada ser humano
Que Deus colocou a chave para construir a aliança eterna,

Mas as pessoas, em busca da falsa perfeição,
Se condenam ao claustro da solidão,
Aceitando suas mordaças por se negarem aos seus próprios sonhos,
Perdendo seu valor como ser humano,

Ao estabelecer um preço aos seus valores e atos,
Endeusando seus corpos com dinheiro e exercícios,
Rendendo-se a discriminação da própria alma,
Se distanciando da sonhada família humana,
Embriagando-se no cálice de verdades ditadas,

Mórbidas ao próprio sofrimento,
Paralisadas ao pranto coletivo,
Presos aos paradigmas terrenos por não alimentar o espírito,
Carregados de prata e ouro a ponto da terra não suportá-los,

Pois ao avistar a terra fértil no horizonte,
Escolhem a separação de seu semelhante,
Porém, ao escolher Deus como escudo da alma,
Incontáveis serão as vitórias,

Tal como o pó da terra,
Como herança da justiça divina,
A qual não se romperá nem pelas trevas mais densas,
Porque nenhum sofrimento se esconde dos olhos divinos,
Mesmo que sua face não se apresente aos olhos terrenos,

Porque todo homem íntegro que prostrar seu rosto na terra,
Será tão prolífero a ponto de ser pai de doze príncipes,
Conforme a escritura sagrada,
Com direito a marca da aliança perpétua,
Doze que condiz com o tamanho de um coração adulto.

domingo, 13 de agosto de 2017

Para Todo o Sempre

O tempo passou e com ele a data da desunião,
Mas as lembranças felizes ainda marcavam cada batida do seu coração,
Juntando em seu íntimo os fragmentos do relacionamento,
Revivendo o passado em cada segundo do seu tempo,

Em um ímpeto, colocou-se no pátio e levantou os olhos para o firmamento,
No momento em que o azul celeste foi coberto por um manto nublado,
O qual se desfez na chuva que lavou a terra,
Sentindo o sofrimento nítido em seu rosto,
Deixou a dor da sua alma se esvair por meio do seu pranto
Lágrimas e chuva molhavam sua roupa,

Feito um presságio divino o vento surgiu cessando a chuva
E trazendo a esperança,
E a água que regou a terra fez germinar a vida,
Vendo o milagre da vida se manifestar,

Ela colheu uma flor e com ela acariciou o rosto,
E o sorriso que brilhou em seus lábios refletiu em seus olhos,
Enquanto a vida crescia ao seu redor,
Como uma prova viva da manifestação do amor,

Um arco-íris se estendeu até o infinito,
E o sopro da vida pareceu lhe penetrar novamente pelas narinas,
Fazendo seus sonhos falarem alto à sua lembrança,
Então, ela levantou o dedo anelar e beijou sua aliança,
A qual ainda mantinha em sinal de estima

Pelo sentimento genuíno que havia vivido,
Depois pousou a mão no peito,
Como uma indicação de que ali a manteria segura,
E voltou para dentro de sua casa,

E no celular discou o número do ex-noivo,
Tão logo ele atendeu falou que sentia saudade
E que sabia que o amaria para sempre,
Também te amo disse ele entre lágrimas,
Baby, te amo para todo o sempre foi a resposta.

sábado, 12 de agosto de 2017

Um Grito Pela Pessoa Humana

Apesar de bonito aos olhos,
Não são apenas os títulos que valoram um ser humano,
Mas suas crenças, pensamentos e atos,
Pois quando sua voz se calar no silêncio de um túmulo,

Seus discursos não produziram efeitos,
Se deles não provierem resultados positivos,
Aja apenas para que quando seu corpo cair sem vida em um cemitério,
Não auxilie a fazer peso aos túmulos que pendem para o inferno,

Porque nenhum discurso vazio será capaz
De romper o aço de uma alma encarcerada,
De um coração que em vida condenou-se ao conformismo,
É preferível o grito dos justos que acreditam em sonhos,
Ao silêncio de um abraço de um peito emudecido pelo pranto,

Calar, sem direito à defesa,
É procurar através do medo, enclausurar a existência,
É preciso acreditar na força do coração,
Aceitar sua condição humana ao se abrir para a reconstrução,

De si mesmo e do mundo que condiciona a pessoa humana,
Ao limitar sua maneira de ver e viver a vida,
Criando almas perdidas de cicatrizes profundas,
Sepulcros caídos, ecos sem vida,

Pessoas engessadas em respostas sistematicamente silenciadas,
Erguendo suas histórias em verdades ditadas,
E para aqueles que acreditam em sonhos,
Apresento um escudo metálico que defende o sucesso,
Que é abandonar o gosto amargo do superficialismo
E usar como armadura o poder que vem do coração humano.

Amor Verdadeiro

Em um daqueles dias chatos,
Em que seus pais decidem visitar os amigos,
E você desconcertado, senta-se um pouco distanciado,
Um tanto mais quieto, por falta de assunto,

Não espera que por obra do acaso,
Ou prenúncio do destino,
Seu coração lhe fizesse perder fôlego,
Ao colocar em seu caminho,

Ao alcance dos olhos,
A uma distancia sensata do peito,
A moça mais linda que viu até aquele instante,
O azul celeste ao encontrar-se com o mar no horizonte,

Não se compararia ao infinito do seu olhar,
Que se irradiava com a pureza de uma promessa,
Transmitindo confiança e um brilho único,
Por um segundo, sentiu sua boca vibrar,
Como se dissesse eu te amo,
Em um edito do peito, uma ordem irrefletida,
Incompreensiva até que se encontre o amor verdadeiro,
Agradeceu a Deus pela distância que ainda os separava,

Pois isso o impediria de se declarar,
E esta parecia a decisão mais sensata,
Se é que seria possível falar em sensatez diante de tanta beleza,
De salto alto e vestido comprido a contornar sua silhueta,

Não saberia precisar se parecia um convite,
Tão delicado era o tecido que a envolvia,
Incitando-o a desejar conhecer a sua verdadeira face,
Ao desejar remover sua maquiagem e com ela suas incertezas,
Instintivamente baixou os olhos para a mão e desejou uma aliança.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...