segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Lágrimas

Tentei te amar por um momento,
Mas todo tempo do mundo era pouco para o que eu sentia,
Tentei provar a doçura do seu beijo,
Mas percebi que em sua vida eu não cabia,

Te amei com a luz da verdade,
Mas me servistes um cálice com o veneno da falsidade,
Com a garganta árida sedenta por amor,
Nem percebi que não me amava, nem desejava meu amor,

Aliás, você mentiu quando disse que me amava,
Ou fui eu que me enganei com o brilho do seu olhar?
Em verdade, te amei com todo o coração,
Mas em você, só encontrei a solidão,

Soubesse que seu beijo,
Apenas destruiria minha alma,
Confesso que teria contido meu desejo,
E colocado a salvo minha vida,

Hoje me perco em minhas lágrimas,
Afinal, te amei com tanta intensidade,
Que me enganei com o brilho do seu olhar,
Olhei para você, mas não reconheci a verdade,

Diga, acaso te faz feliz me destruir?
Minhas lágrimas elevam seu existir?
Pode não perceber, mas te amei com toda alma,
E algum dia quando retroceder, pode ser que eu não esteja a sua espera,

Você mentiu e abandonou meu coração ao vazio,
O que te faz diferente para não desejar amor?
Bem, talvez seja eu que não tenha calor,
Em verdade, me enganei no brilho do seu olhar,
Que envergonhava as estrelas e a luz do luar,

Mas quando me aproximei vi que era falso,
Como uma estrela morta que engana os olhos,
Pena que descobri tarde,
E hoje apenas lágrimas acariciam minha face.

domingo, 3 de setembro de 2017

Resgatador

Na época dos juízes houve fome na terra,
Então, o choro da moça tocava as estrelas,
E entristecia o luar,
Sua vida escapava feito o grão de areia,
E o amor afogava a garganta, feito as águas do mar,

Seu caminho era árido como o chão do deserto,
Nem mesmo o orvalho lhe acariciava o rosto,
Mas sob as asas de um anjo ela foi procurar refúgio,
E o encontrou nos olhos verdes de um cavalheiro,

Um homem lindo e sedutor,
Quis Deus que fosse seu resgatador,
E quando um rapaz tentou seduzir a moça,
Ele o afastou com sua força,

Pedindo respeito pela moça virtuosa,
Mas inseguro para declarar seu amor,
Ele voltou para casa e tristonho dormiu no sofá,
Incomodada com a situação
A moça deu vida ao seu coração,

E foi atrás dele, ao encontrá-lo dormindo,
Ela deitou sobre seus pés e o protegeu do frio com seu manto,
No meio da noite ele acordou,
Quem é você? – lhe perguntou,

- Vim te agradecer por me defender,
E declarar que meu amor pertence a você-
Ela respondeu sorrindo,
Encantada como se estivesse no paraíso,

Então quando suas mãos frias e vazias tocaram seu corpo,
O amor penetrou sua pele e encheu seu peito,
- Que Deus me castigue com todo o rigor,
Se mesmo a morte me separar do seu amor-

Ela lhe disse com o olhar iluminado,
-Também te amo – 
Lhe respondeu com um olhar para o futuro,
E quando o sol os acordou sorrindo,
Em seu ventre ela já carregava um filho,
O fruto do amor verdadeiro.

Amor e Vida

Impostos a trabalhos forçados,
Destituídos de almas e de seus corpos,
O povo clamava em alta voz,
Que é que tens contra nós,

Para teres atacado nossa terra,
E semeado sobre nosso sangue e lágrimas?
Não nos julgue feito máquinas,
Pois pertencemos a mesma raça humana,

Prometida em casamento,
Ao cavalheiro que os livrasse do rei tirano,
A moça se maquiou e vestiu o vestido mais bonito,
E no quadril direito, sob a roupa íntima,
Amarrou com um laço uma adaga de prata,

Assim se dirigiu as escondidas ao palácio,
Sendo convidada aos aposentos do régio,
Então, se aproximou com um sorriso e o prendeu com um beijo,
No mesmo segundo em que pegou a adaga e cravou em seu peito,

Recusou ser coroada rainha,
Por não aceitar alimentar sua alma de lágrimas humanas,
Até o cabo penetrou a lâmina,
E o sangue real verteu sobre a prata,

Desta forma, o monarca sem gritos, fechou os olhos,
Caindo ao solo, morto,
Então, ela saiu e trancou a porta,
E ao longe tocou a trombeta e espalhou a notícia,

Naquela hora, já caia a noite,
Então, um cavalheiro valente
Liderou a batalha pela vida,
Naquela ocasião dez mil pessoas foram mortas,

Mas a batalha pela vida foi vencida,
E tendo o cavalheiro merecido o coração da moça,
Eles se casaram e formaram família,
E a paz reinou sobre aquela terra.

sábado, 2 de setembro de 2017

Travessia do Rio Jordão

Sucedeu que vendo o povo batalhar pela vida,
Com suas lágrimas a regar a terra árida,
Deus auxiliou na travessia do rio Jordão,
Como um sopro de esperança,
A lhes tocar o coração,
E recordar a promessa de aliança,

Em que o povo viveria em amor,
E teria Deus como protetor,
Por isso escolheu doze homens daquela raça humana,
Que, quando colocaram os pés na água,
Viram a correnteza ser represada e formar uma muralha,

O número condizente com o tamanho de um coração adulto,
Fez terra seca nas águas que desciam para o Mar Salgado,
Mar, cujas águas são tão salgadas quanto lágrimas,
E por isso sofre de escassez de vida.

Então, para guardar na escritura sagrada
E na lembrança de todas as pessoas,
Que o coração é como uma estrela
A iluminar nossos passos pela terra,

Doze pedras foram postas pelos sacerdotes,
No meio do rio, onde ficaram parados,
E lá permanecem até hoje,
Para recordar que o poder de Deus é sagrado,

Ao terminarem a travessia, a água voltou para o seu lugar,
Porém ali, a cidade era protegida por muros,
E as pessoas condenaram o povo ao pó do deserto,
Negando-lhes o direito à vida,

Então, com facas de pedra e espadas empunhadas,
Ao som da trombeta e do grito pela vida,
O exército do Senhor marchou ao redor da muralha,
E com a ajuda de um espião
Em sete dias condenou a muralha ao chão,

Extinguindo toda a vida humana do lugar,
E por fim, queimaram a cidade inteira,
Salvando apenas a prata, o bronze e o ouro,
Para construir um tesouro ao Senhor,
Por valorizarem a força do seu amor.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Batalha Pelo Direito à Vida

Doze era o número de líderes dos exércitos,
Que lutavam bravamente contra a escravidão,
Mas se alimentavam do pó do deserto,
Por não saberem ousar e nem usar o coração,

Com suas almas em chamas,
E os olhos cegos por nuvens densas,
Suas lágrimas regavam a terra,
Com a mesma frequência em que suas vidas
Se esvaia de suas veias,
Com a escritura sagrada lapidada em suas almas,

O povo rugiu feito um leão
E da rocha do deserto construiu lanças
Em busca da libertação,
Frenteando a batalha que ganhava no fio da espada,

O direito pela construção de cidades fortificadas,
Em que pudessem se proteger da própria raça humana,
Construindo colunas sagradas,
Com objetivos maiores do que o domínio,
Assim ergueram os pilares das três cidades refúgio,

Com o céu e a terra como testemunhas,
Da guerra que buscava a vida,
E visava o direito de ser um ser humano honrado,
Então, acreditaram no Deus Salvador,

E derrotaram o Deus sustentado a ouro
Que vivia à custa da alma e sangue humano,
Levantaram os olhos para o firmamento e encontraram Deus como escudo,
E ao procurar alicerce no solo, descobriram apoio no amor,

Assim venceram as flechas inimigas,
E deixaram as ofertas derramadas
Em lembranças afastadas de suas vidas,
Ocorre que no confronto com os adversários,
A batalha não chegou ao final,

Pois ao vê-los preparados para o conflito,
O outro líder decidiu declará-los por mortos,
Como se tivessem sido engolidos pela terra,
E consentiu que vivessem em paz nos seus povoamentos.

Sangue e Rosas

Mais numerosos que as estrelas do céu,
Porém, tão distantes da voz de Deus,
Desalentados do sopro da vida,
Eram tão vãos quanto os grãos de areia,

Vazios em suas ações,
Não alcançavam a paz em seus corações,
Escravizados pela ignorância,
Acorrentados em suas lágrimas,

Soldados cegos em batalha,
Jorrando sangue pela prata,
Para alimentar o senhor da guerra,
Com suas almas ardendo em chamas,
E a fome batendo a porta,

Com o céu e a terra como testemunhas
Da vida que se esvaia no fio da espada,
Desviados da palavra de Deus,
Soldados errantes em busca do amor que se perdeu,

Forjando no pó do inferno
Um Deus terrífico,
Que educa seus filhos através do medo,
Escravos do pecado, soldados desarmados,

Cadê seus braços fortes,
Agora que marcham de encontro à morte?
Cadê suas vidas
Agora que seu sangue cai em terra feito água?

Seu céu é de bronze,
E seu chão é de ferro,
Face a face com a morte,
Suas vidas são iguais ao pó do solo desértico,

Tateando feito cegos na escuridão,
Presos à segurança que não traz proteção,
Fechou os olhos para rezar,
Aquele que nunca se atreveu a amar,

E a lua lhe pintava a face em tons de osso e prata,
Corpos errantes em direção às sombras,
Mortos em seus tronos de pedra,
De costas para o exército de sepulcros,
Olhos cegos, vigilantes na escuridão eterna,
Com uma espada de ferro a enfeitar o colo,

Enquanto espíritos vingativos vigiavam as criptas,
Com suas tumbas vazias e por selar,
Buracos escuros e vazios a espera dos seus mortos,
Diante do cheiro de sangue e rosas,
Ele chorava porque sua espada havia falhado.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Para Todo o Sempre

Um anjo de Deus,
Cruzou meus olhos nos seus,
Para que o mundo pudesse testemunhar,
Um amor que vai além das promessas,

Que une o sagrado das estrelas,
Com a vida que irradia em seu olhar,
Tendo o céu e a terra como testemunhas,
De um amor que transborda
Para além das palavras,

E alcança minha fala,
Quando digo que eu te amo,
E alimenta meu corpo
Quando te protejo em meus braços,

Preenche meu silêncio,
Traz vida ao meu coração,
Um sorriso aos meus lábios,
Por cada segundo de sua atenção,

Porque amor, eu te amo,
E escolhi a vida, apenas para te manter protegida,
Guardar a inocência refulgente em seu olhar,
Provar a pureza capaz de salvar,
O néctar que reaviva a alma,

Por isso, ergo minhas mãos para o céu e declaro:
Com todo o amor que há em meu peito,
Que mesmo que mil flechas cortem meu sangue,
Eu te amarei muito além do "para todo o sempre",

Porque em você encontrei um coração puro,
Um olhar bondoso e sonhador,
E uma alma cheia do amor divino,
A espera do meu amor.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...