Eu vi apenas o fogo,
Mas me aprofundar em seus olhos negros,
Tinha efeito fumaça,
Era como se não desse para ir adiante.
Bem, ardia e era profundo,
Difícil saber o que fazer,
Queria que tudo estivesse escrito,
Um destino prescrito a percorrer,
Não teriam existido os erros,
E eu ainda poderia dizer: você.
Não,
Depois de tanto tempo,
Já não me atrevo a chamar seu nome,
O que não significa que não o procure,
O queira perto,
Ou que soluce o desejo.
Não há descrédito no que sinto.
Perdoe-me a entoação das lágrimas,
A muito que me guiam,
Você deveria saber.
Me conquistou em tanto...
Meus olhos não veem tanto os seus,
Mas sabem quando está perto,
Minha boca não chama a sua,
Mas as palavras saem molhadas,
E desatentos eu sinto que as tocam,
Acredito que algo dentro de mim
Chega tão perto de você,
Que você entende bem.
Hoje passa a ser: Antony,
Um dia ou outro
Eu mudo seu endereço,
Hoje me basta seu nome,
Se perguntar se estou trelando,
Saiba que eu me engano direitinho,
Você porém,
Que ânimo para ser perfeitinho...
Disse isso a Antony,
Ele disse,
Caramba as vezes parece que você fala de outro,
Eu lembro de dizer,
Cara, entenda, você me tem.
Peguei sua mão de sobre minha perna,
E coloquei no câmbio,.
Pedi que trocasse a marcha,
Sobre minha pele ela não fazia muito,
-meu bem, me anima a velocidade,
Logo ali,
Por favor,
Aumenta.
Quando me voltei ao seu rosto,
Por raspão levo um susto,
Não me acostumo a semblantes,
Odeio descontentes,
-não lhe basta eu estar perto?
Ele sorri,
Eu não entendo.
Mudo o curso de minha mão,
Não há marcha maior,
Toco sua calça,
Desço o zíper,
-acelera, meu bem, acelera.
Você sabe que consegue.
Dou dois tapas em seu sexo,
O vejo rijo e a pedir-me,
-por ora, basto-lhe!
Sem freios ou incertezas,
Rua vazia.