quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Triste é a Saída

 

Oh! Sim, vá embora!

Junte suas coisas e sentimentos,

Leva os planos e com eles os sonhos,

Sim, por favor, não esqueça nada,


Certifique-se de se esquivar do caminho,

A-Pague o rastro que lhe trouxe um dia,

Quanto as juras de amor?

Simplesmente, as esqueça!


E, por favor, não fala alto sobre nós,

Também, nem tão baixo a efeito cochichos,

Você sabe bem sobre o quanto

Eu preso por meu nome...


Embora de voz baixa era entrecortada,

A um fio de seu rosto,

A uma pontada após o desespero,

Com a mão no trinco da porta – entreaberta,


Se há dúvidas entre o que digo e faço,

Não precisa falar nada,

Apenas saia e deixa que me encarrego

De fechar a porta,


Cuidarei para que não a use com força,

Tendo dito: - abre a porta sem ruído,

Ele cala-se contido,

Um soluço entrecortado fere a garganta,


O homem de antes com tanta força,

Agora, quase ajoelha-se fraco,

A voz falha quanto ele tenta falar alto,

Nem parece o de antes tão seguro e íntegro,


Que só sabia ameaçar ir embora,

E contar os motivos pelo qual o amor não daria certo,

Numerou-os todos,

Agora, soava o nariz com teor de arrependido,


Se quer um pulso fraco,

Que fira o próprio,

Nem força para abrir a porta ele detêm,

Acha que agora pode falar de boca cheia de amor,


Apenas por que o convém?

De vez em quando a raiva era interrompida,

Isso apenas por dentro dela,

Poderia confessar que vê-lo sofrer doía,


Mas, tudo que ouvia a poucos segundos,

Não poderia ser esquecido,

Ser ferida dói mais que ferir em retorno?

O amor, ah, o amor gosta disso!


Apenas ele se diverte com a situação,

Enquanto o coração falha a pulsação,

Vê-se pequeno diante do seu redor,

Fosse o coração impedido de ver,


Que houvesse forma de mantê-lo fechado por dentro,

Mas, cada vez que vejo o rubor em sua face,

Sei que ele salta para fora,

Nada o seguro,


Vê-se e sente-se como ele o ama...

(Como eu ainda o amo),

Mesmo após isso, mesmo com isso,

Não é a primeira vez que discutimos o assunto,


Mas ele torna caloroso em tudo que fala,

Parece ter propriedade sobre a verdade,

Amo a segurança que vejo nele,

Não gosto tanto quando ela ameaça...


Aproximava seu rosto do dele,

Estava mais perto dele que de si mesma,

Talvez, desde o início tenha sido desta forma,

Temo que continue ou deseja isso?


Diante do seu rosto,

Quase me recosto no homem que amo,

Me é difícil dizer-lhe que não,

Forçosa é sua presença quando grita,


Triste é a saída que lhe fere a feição,

Quando o amor se torna feio?

Acrescento, com sofreguidez de cortada emoção:

- Quando o olho vejo você ou a nós dois?


Admito a dor daquele que amo,

Mas a sinto mais como reflexo da minha expressão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu Olhar

Quando se planeja O que fazer de sua vida, Ocupa-se uma folha, Ocupa-se duas De um caderno  Com linhas novas. Mas, assim que ...