domingo, 25 de setembro de 2022

Você Foge...

 

Chega um momento em que protestar já não basta,

Depois do sonhar,

É necessário dar certo,

Ter um andar cúmplice e unido,


Sinto que a cada final do beijo

Ele, simplesmente esquece de tudo isso.

A força viva que brota dentro de nós dois,

Continua acesa e impulsionadora,


Mas dentro de mim apenas,

Parece que o motiva é outra coisa,

Prometeu mas engana-se,

Digo que engana a ele mesmo,


Por quê, enganar eu?

Promete, acorrenta-se e se perde...

O coração tende a aceitar seu mestre,

O meu aceita o que eu sinto e luta por isso,


Quero nossa felicidade!

O digo isso, ele sorri e concorda,

Abraça-me forte e parece não ter fim,

Logo depois fica a esmo,


Sinto que procura fugir;

A massa de força motriz que o guia gera apatia,

Empurro seu abraço,

Esmurro seu peito,


-Oh, querido mais forte do mundo – sorrio,

Olhos marejados e baixos – o amo!

Os homens de bem também querem libertação,

Será que há algemas na paixão?


De tanto amar posso estar errando – admito.

Sacudo os cabelos como se espantasse algo,

Um sussurro em erro, um palpitar desacelerado,

Não sou do tipo que quer tudo que deseja rápido,


Mas, penso que gostaria de saber em quanto tempo...

Será que se sorrio e choro ao mesmo tempo,

Estou o ferindo com a verdade?

Queria que as coisas fossem feito os cabelos,


Eles roçam o seu rosto aos punhados,

Abraçam mais ele que a meu pescoço,

Parece que nem isso me pertence, e ele? A quem?

Fulmino-o com esta verdade:


- Querido, as vezes penso que você foge!

Esse sentimento o desperta,

Ele levanta-se e termina por se afastar,

Só que agora não houve o beijo de antes,


Queria que meus cabelos fossem garras,

Sinto dor e vejo que alguns fios ficaram nele,

Apenas tempo depois eu os noto,

Em seu casaco há sempre eles,


Acho que querem demarcar território...

É preciso mais que eles para combatentes.

Sorrio com a ideia e choro por dentro,

Sacudo triste o que sobra da pessoa que sou,


Dar de ombros, revirar os olhos, trocar o cabelo de lugar,

Lábios trêmulos, minha mão os sente,

Queria ser melhor com as palavras,

Mas, neste instante elas estão com ele.


- A glória dos czares!

(ele já não me ouve).

Nele está o beijo que possui a majestade absoluta!

Turba estúpido que movimenta meus sentidos,


E mexe tanto com minha cabeça,

-Esplendor espetacular!

Um sombrio triunfo chega ao cair da noite,

Não falo a ele sobre isso, também.


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