De mãos dadas passeavam pela mata,
Sentindo o aroma das flores silvestres,
E o ar puro e fresco que emanava das árvores,
Saboreando seus frutos à beira do rio,
Encantados com a grama e as folhas secas que deitavam sob
seus pés,
Deliciados com a beleza das borboletas,
E com o ressoar dos pássaros,
Mas tão logo o Sol sumiu de vista,
Se sentaram e ascenderam uma fogueira,
A espera da lua,
Que com seus primeiros raios,
Refletiu na cor prata lunar de seus cabelos,
Dando um brilho estelar a sua pele cristalina,
Enquanto a cor fogo reluzia no fulgor dos seus olhos castanhos,
Foi então que percebeu,
Que o homem que admirava a sua frente,
Era a realização dos sonhos seus,
Pois a beleza da lua que avistava no horizonte,
Só encontrava em seu olhar,
E o sabor dos seus lábios,
Era como o calor do fogo,
Que a consumia por inteira e a fazia prisioneira,
Como uma escrava, entregue ao amor que a completava.