O vento chegou soturno e afagou seus cabelos,
Com as nuvens ao seu lado,
Abraçou o infinito com seu manto,
E a beleza terna do horizonte,
Foi envolta pela sombra de uma tempestade,
Como se quisesse conquistar sua atenção
Ou demonstrar à ira que havia em seu coração,
E o espaço, antes iluminado,
Foi preenchido por um tom sombrio,
E quando o vento soprou,
Já não sentia o mesmo amor,
E ao tocar a terra,
Não o fez sereno,
Sem chuva ou trovoadas,
Cortou a soprar desalento,
Para dispersar sua tristeza,
No transcorrer de minutos,
Acendeu o escuro na luz de relâmpagos,
Ecoou sua raiva na voz do trovão,
Fez de suas lágrimas motivo de destruição,
Fez o fogo no sabor de um raio,
E fomentou a vida no desamor da descarga elétrica,
Como se promovesse uma retaliação,
Tocou a terra na batida de seu coração,
E ao se compadecer de sua dor,
A chuva desceu a terra em um ato de amor,
Com suas gotas em forma de lágrimas,
Semeou a vida e afastou a tormenta,
Como se abraçasse a humanidade,
Ao lhe conceder mais uma oportunidade.