sábado, 22 de julho de 2017

No Pulsar do Coração

No ritmo do pulsar do coração,
As palavras são pronunciadas com tamanha emoção,
Que parecem conter a alma,
Como se cada letra de sua fala,

Ganhasse uma função especial,
E na melodia de sua boca,
Tomasse uma proporção celestial,
Como se fosse embebida em magia,

Sua doce sinfonia, dava voz a fantasia,
E ao tocar de um jeito tão profundo,
É capaz de levar às lágrimas,
No espaço de um segundo,

Afastando o inseguro,
Com um indício de mistério,
Feito um segredo pronunciado ao ouvido,
Algo mencionado em códigos,
Para que o entendimento
Pudesse ser encontrado dentro de si mesmo,

No ritmo expressivo de cada batida do coração,
Como se soubesse antes de eu dizer,
Qual era a sinfonia que traduzia minha pulsação,
E como se eu pudesse sorver cada uma de suas frases,
Sinto suas palavras gritarem dentro de mim,
De um jeito aveludado, mas impossível de resistir.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

À Primeira Vista

Feito um golpe em meu coração,
Você conquistou minha afeição,
Logo em suas primeiras palavras,
Tão ternas em sua boca,
Que pareciam embasar a alma,

E sob o calor do seu olhar,
Senti o amor em silêncio me tocar,
E com a confiança de um segredo,
Pronunciado ao ouvido em um sussurro,
Me indaguei sobre quanto tempo,
Eu resistiria até aceitar me queimar,

Até ver o poema sobre a luz do luar,
Tornar-se tão vago, a ponto de parecer inacabado,
Até perceber que o próprio sol fica obscuro,
Diante do brilho que contém em seus olhos,

Porque te contemplar sob esta preciosa luz dourada,
É tão imensurável quanto qualquer palavra,
Mesmo a mais linda que eu pudesse pronunciar,
Como se fosse o desenho de um anjo,
Imaginado desde seus menores detalhes,

Seu jeito genuíno parecia ter saído de um sonho,
O que torna o sentimento que pulsa em meu peito,
Imenso demais para alguém que nunca imaginou amar tanto,
Sem resistir, me aproximei com um passo,

E rocei meu braço no seu, dando vida ao acaso,
E ao me apresentar,
Perguntei se acreditava em amor a primeira vista.

Abraço Familiar

Não há força maior do que aquela
Que provém do abraço familiar,
Nem olhar mais atendo do que aquele que irradia dos seus olhos,
Também não há alegria maior do que o carinho de um colo fraterno,

Seja colo de pai, de mãe, de namorado ou de irmão,
Pois vem sempre tão cheio de compreensão,
Carinho que enternece,
Amor que enobrece,

E depois de se derreter em um choro que lava a alma,
Não há vínculo que restitua a calma como o abraço familiar,
Aquele abraço apertado,
Que faz suspirar dobrado,

Aquele olhar de quem te conhece de verdade,
Que traz em letras douradas a expressão da eternidade,
Aquele ser que te aceita mesmo com a maquiagem borrada,
E que te faz amado por te entregar a mais pura amizade,

E ao te amar de tal maneira,
Faz do aconchego de um lar,
A expressão do verbo amar,
Torna o núcleo familiar,
O lugar ideal para se apoiar,

Aquele ser que dá a vida por você,
E que te protege mesmo sem motivo aparente,
Aquele que fornece o exemplo de se viver,
Aquele que constrói o seu saber,

Aquela pessoa que anda a frente,
Movida pelo sentimento mais ardente,
O amor familiar, o aconchego de um lar,
Aquele lugar onde você sempre terá um espaço,
Para se perder no calor de um abraço,

O abraço familiar,
O lugar para se amparar,
A razão do meu pulsar,
Um motivo para ficar,

A razão do meu amar.

Amor Eterno

Com você aprendi a reconhecer
Um amor de verdade,
Em seu abraço encontrei conforto,
Em seu riso a cura para o meu pranto,

Em seu amor o remédio para a minha dor,
Amor que quanto mais se entregou,
Muito maior se tornou,
Amor que mais que enaltecer,
Sempre esteve disposto a me proteger,

Amor que segue a frente para abrir meu caminho,
Um amor diferente, que se verte em carinho,
Amor que sem mim não se sentia completo,
Sentimento muito maior do que eu mereço,

Companheiro de toda jornada,
Em meu coração você fez sua morada,
Amor que seria capaz de se tornar uma estrela,
Apenas para iluminar minha noite escura,

Amor que é luz em meu caminho,
Amor que guia meu destino,
Amor que pulsa em mim cada vez mais forte,
E que fez de si próprio, um obstáculo contra minha morte,

Um amor que mesmo antes de se ausentar já deixava saudade,
E que fez de simples momentos a eternidade,
Um amor de irmão,
Que pulsa sereno em meu coração,
Um amor diferente

Que vai durar para sempre.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Nas Coordenadas do Coração

Era aniversário de namoro,
E seria regado a flores, bombons e vinho,
Ele voltou às sete horas do trabalho,
E mesmo com o semblante cansado,
Enternecia o rosto,

Ao carregar um brilho no olhar,
E um sorriso adorável nos lábios,
Escondi-me atrás da porta e fiz silêncio,
E lhe recebi com uma chuva de pétalas de rosas,

E da mesma forma que se puxa o gatilho de um tiro certeiro,
Pulei nas suas costas e lhe pedi rendição,
E mantendo o abraço apertado,
Salpicado por mordidinhas e beijinhos molhados,
Lhe fiz prisioneiro ao dar voz de prisão,

Com uma doce música a embalar a ocasião,
Segui as coordenadas do pulsar do coração,
Mas de um jeito nada inesperado,
Me rendi ao seu cheiro,

E ao tentar provar o sabor dos seus lábios,
Ele desfez o abraço com facilidade,
E me puxou para a frente,
De dominadora passei a vítima dos carinhos mais ardentes,
Envolta em seus braços protetores,

Nem preciso mencionar como foi a noite,
Regada a pétalas de flores,
A verdade é que eu lutava contra as palavras,
Na tentativa de demonstrar o quanto o amava.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Seus Lábios

Ao saborearem o doce do sorvete,
Parados em frente a uma vitrine,
A contemplar uma joalheria,
Em que cada peça preciosa,

Era tão delicada quanto cara,
E se fosse fazer piada,
Daria para comentar sem dar risada,
Que até mesmo a vendedora,

Com sua maquiagem bem feita
E suas roupas refinadas, parecia cara,
Diante da ironia, ele percebeu com estranheza,
Que ao lado de sua amiga, tudo ganhava uma beleza única,

Pois ao pousar os olhos em seu rosto,
Percebeu que a alegria pulsava desde a alma ao peito,
Como se sua doce companhia fosse o mais precioso,
Desde o movimento dos seus lábios ao falar,

A atenção que entregava
Ao pronunciar com ternura cada palavra,
Seu jeito meigo de olhar,
Enfim, desde o modo de agir,
Ao jeito de se vestir,

Tudo o encantava,
E se fosse lhe presentear,
Mesmo ao escolher a joia mais linda e preciosa,
Nada lhe alcançava,

Foi neste instante que ele descobriu o valor do amor,
Quando por o mundo aos seus pés lhe pareceu pouco,
Foi então que se aproximou e novamente fitou seu rosto,

E ao brincar com seu sorriso
E sentir o doce do seu hálito,
Com tudo que havia de mais profundo
Em sua alma, 
Desejou provar o sabor de seus lábios.

terça-feira, 18 de julho de 2017

O Sumiço

Depois de uma noite bem dormida,
Daquelas em que se alcança as estrelas,
Acordou com um sorriso nos lábios,
Mas tão logo abriu os olhos,
Com o corpo ainda sonolento,
Percebeu que algo estava errado,
E ao virar-se para o lado,

A procura de seu amor,
Para comentar acerca do frio indesejado,
Notou com estranheza que já havia levantado,
Presa em suas suspeitas, sentiu a falta de um cobertor,

Fato que explicava o frio, mas não o quarto vazio,
Com os olhos arregalados pelo espanto
E um assalto no coração,
Sentiu a falta da televisão,

Com um salto, abriu o roupeiro,
E as roupas do cônjuge haviam desaparecido,
Aliás, tudo que pertencia a ele, havia detalhadamente sumido,
Foi o que observou ao percorrer o apartamento,

Tudo meticulosamente separado,
Apenas o que concernia a ela havia ficado,
Junto com seus boletos de pagamento,
Desde o sofá da sala, às panelas da cozinha,

Nem mesmo o carro,
Presente que havia ganhado no aniversário,
Escapou do sumiço,
Nem precisou de sexto sentido,

Pois, ou foram alvos de um furto seletivo,
E de um sequestro relâmpago
Em que haviam levado seu marido,
Ou, simplesmente, ele havia lhe abandonado,

Nem precisou de confirmação,
Por ser óbvia a última opção,
E antes de haver chance para arrependimento,
Trocou as chaves do apartamento.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...