sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Beijo na Chuva

Pouco depois do amanhecer,
O sol se escondeu atrás das nuvens,
Nos olhamos entre sorrisos,
Com o amor brilhando nos olhos,

E saímos passear de mãos dadas,
Pela estrada de terra e grama,
Margeada por uma floresta,
E um rio logo em seguida,

Observar os animais silvestres
E o desabrochar das flores,
A brisa soprou fria,
E trouxe com ela a chuva,

Brincando com nossos cabelos,
Feito um convite para um abraço apertado,
Então, de frente um para o outro,
Nos olhamos no fundo dos olhos,

Trocamos juras de amor
Em um beijo prolongado,
A chuva ensopava nossa roupa,
E lavava nossa alma,

Como se limpasse todos os erros,
E deixasse apenas nossos sonhos,
Deliciados, nos afastamos sorrindo,
Mantendo as mãos entrelaçadas,

E levantamos os braços para o firmamento,
Recebendo a chuva em nossos rostos,
Seguindo a alegria que contagiava,
Pisávamos nas poças de água que se formavam,

Sujando as roupas e causando gargalhadas,
- Eu te amo meu amor,
Gritei rompendo o som do aguaceiro,
- Também te amo minha vida,
Me respondeu com um carícia.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Aliança de Amor

Nas asas de um anjo,
É como me sinto em seu abraço,
Que me envolve feito um escudo metálico,
E me protege no mais puro amor,

Seu rosto parece ter sido desenhado por Deus,
Tão lindo, magnífico, feito os astros do céu,
Seus olhos meigos,
São feito luz em meu caminho,

Adoro o seu sorriso cristalino,
Que atrai o meu contento,
Seus beijos irremediavelmente deliciosos,
Com gostinho de paraíso,
Seus suspiros meigos,
Um pedido sussurrado para me aconchegar em seu peito,

Amo sua fala metálica aveludada,
Com sua mistura desmedida de proteção e sedução,
Que me convida a amar com toda a alma,
E um pulsar a mais do coração,

Eu te amo minha vida,
No infinito das estrelas,
Te amo com a força dos sonhos
Que, com a confiança do aço
Protege nosso amor
Em um campo magnético,

Te amo com a verdade 
Que constrói a aliança
Que une nossas vidas,

Eu te amo meu menino anjo,
Com um amor que vence o tempo,
E viaja além do espaço,
Mais forte que a lei da gravidade,

Porque com botas de chumbo,
E garras de adamantium sólido,
Ele se tornou um homem de ferro,
Apenas para provar que o amor ainda vive.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Como na Primeira Vez

A lua brilhava apaixonada,
E nós saímos passear de mãos dadas,
Apaixonados como na primeira vez,
Passeando por entre as flores,

Atentos ao canto dos animais noturnos,
E à brisa fria que aproximava nossos corpos,
Enquanto o luar brilhava em nossos olhos,
E o amor refletia em nossos atos,

Brincávamos com nossas sombras,
E com a entonação das nossas falas,
Então colhemos algumas rosas,
E cobrimos o chão com suas pétalas,

Depois nos deitamos sobre elas,
Abraçados, olhando as estrelas,
Traçamos desenhos na constelação,
Conforme os sonhos falavam ao coração,

Então usando uma rosa e a ponta dos meus dedos,
Desenhei o contorno de todo o seu corpo,
Iniciei no cabelo raspado, passei para o rosto,
Os olhos, o nariz, os lábios, o queixo,

Como as roupas se tornaram desnecessárias,
Tirei peça a peça, e continuei o caminho de carícias,
Regressei no pescoço, deslizei para os ombros 
E depois percorri os braços musculosos,
Voltei dos braços e acariciei o peito,

Fiz traços delicados em toda a sua pele,
Até chegar aos dedos dos pés,
Depois voltei pelo mesmo caminho,
Desta vez com beijos, mordidinhas e afagos,

Aceitei o convite ao paraíso,
Quando me permiti derreter em desejo,
Conforme regressava com os carinhos,
Me deitava carinhosamente sobre o seu corpo,

Então, quando enfim, retornei aos seus lábios,
Percorri com a língua o seu contorno,
E penetrei sua boca com ternura,
Me saciando em sua doçura,
Nossos corações pulsaram juntos,
No ritmo dos nossos corpos unidos.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Ato de honra

Há rumores de que a flecha de aviso,
Servia de lembrete,
De que chegavam ao fim os dias de inferno,
Mesmo que se recusem a verdade,
E continuem a lutar sem estandarte,

Pois se estou condenado à morte,
Morrerei como uma pessoa livre,
Defendendo minha terra e meu lar,
Para alguns, visto como um sacrifício pela raça humana,
No meu entender, um ato de honra,

Pois seja qual for o sangue,
Todos merecem vida,
Não para mera existência,
Mas para usufruir de dignidade,

Há uma lua maligna esta noite,
Com um brilho que estimula a liberdade,
Ou fui eu que cansei de ser prisioneiro,
Escravizado por este sistema corrupto?

Não suporto que queiram controlar meu destino,
Eu preciso tentar, há uma chance única de êxito,
Já vi maldade suficiente por duas vidas,
De corações ignorantes, fechados em suas feridas,

Cegados pela ambição sem limites,
Juro pelo meu sangue,
Em nome do amor e das rosas,
Com a força que ninguém pode pagar,

Que lutarei por este sonho que se revela,
Por amor à raça humana,
Mesmo com a lança na garganta,
Então vesti minha armadura metálica,
Peguei minha espada e saí para a batalha.

Em Nome do Amor

Vou deixar meu testemunho,
Neste pergaminho,
No ano do Senhor de 2008,
Reavivo o passado,

Impresso em retratos rasgados,
E outros envelhecidos pelo tempo,
Lembrei de histórias sobre o espírito Divino,
De milagres acontecendo à luz dos olhos,

De bons corações sendo tentados e atrapalhados
Por artifícios do demônio,
Então levantei os olhos para o céu,
E percebi que o mal está entre nós,
Mas que maior é o poder de Deus,

Percebi, também, que somos prisioneiros,
Dentro do muro do individualismo,
Sobrevivendo em meio a um povo corrupto,
Que vive de ouro a custa do suor do outro,

Mas de que me serve falar em dignidade,
Se o próprio povo não quer a verdade,
O piso do seu chão é de sangue,
Seu coração é envolto pela neve,

Mas mesmo assim, levanto meu estandarte pela vida,
E sigo adiante movido pelo amor à raça humana,
Afinal ao se percorrer um caminho,
Seus passos marcam o destino,

O que nos serve como um autógrafo,
Marcas que identificam, inclusive, o criminoso,
Então com os olhos lacrimejantes,
Troquei a foto,
E me deparei com pessoas agindo feito vermes,
Se alimentando de erros humanos,

Mas entre os retratos apagados,
Me deparei com o seu olhar sonhador,
Então acreditei que o futuro poderia ser reinventado,
Em nome do amor,

Por isso queimei alguns retratos,
Que gritavam um futuro proibido,
Sonhos sobre os quais alimentei meu viver,
E vi o papel ser consumido por primeiro pelo fogo,
E apenas depois derreter a imagem,

Como se dissesse que rostos podem pertencer ao passado,
Mas seus feitos guardarão vivos os seus sonhos,
Por longos anos ou além do eterno,
Com força suficiente para estimular a vida,

Esse foi o dia que mais me influenciou,
A lutar por nossa história,
Com força e honra
Em nome do amor.

domingo, 10 de setembro de 2017

Guerra Sangrenta

Espalhou-se pelo povoado,
A história de um povo antigo,
Em que o rei dormia sobre o ouro,
Comia e vestia-se com o mais caro,

Por não saber amar,
Adornava-se em pedras preciosas,
Na tentativa de preencher o vazio,
Que se apossava de seu peito frio,

Cercado por muros de bronze,
Fazia do povo um exército de escravos,
Que se alimentava do pó do deserto,
Recrutava da criança ao adulto,

Vivia a custa de sangue humano,
Fazia das mulheres mero objeto,
Disponíveis para satisfazer os seus caprichos,
Reduzindo-as a escravas genitoras,
Meras reprodutoras da raça humana,

Contam ainda, que este rei teve setecentas esposas,
E mais trezentas concubinas,
Mas conforme remetem indícios,
Ele nunca conheceu o apreço, o brio ou o respeito,

Em razão de sua essência tirânica,
E de sua conduta indigna,
Que regrava suas conquistas conforme sua própria escolha,
Através de ameaças e do fio da espada,

E o povo que resistisse, era reduzido as cinzas,
Salvando apenas as mulheres virgens,
Para servirem de possíveis genitoras de seus combatentes,
Pois a guerra era cotidiana, em suas vidas sangrentas,

Suas vinganças eram públicas e desumanas,
Para que o medo controlasse suas cabeças,
E o povo não se rebelasse contra o rei tirano,
Nem se colocasse contra seus planos,

Até mesmo a ideia de Deus era desvirtuada,
E seu altar era erguido através de sacrifícios humanos,
Alimentando o medo e o ódio em seus juízos,
Era como se o amor fosse algo proibido,
Uma miragem na areia do deserto,

Mas aconteceu que em meio ao nada,
Emergiam falsos profetas,
Buscando tomar o lugar do monarca,
Estes falsos profetas se baseavam em eventos da natureza,

Que aprendiam a reconhecer através da percepção,
Como a exemplo das épocas de chuva ou de seca,
E por estarem espalhados e irreconhecidos entre a multidão,
Conseguiam distinguir algumas peculiaridades
Relacionadas a majestade,

Por isso nem sempre suas ideias eram carentes de sentido,
Mas para evitarem possível condenação pelos erros,
E buscarem reconhecimento,
Alegavam que suas ideias eram de ordem Divina,
E ao ganharem a confiança do monarca,

Tornavam-se seus conselheiros
E ganhavam um aposento no castelo,
Mas nem por isso deixavam de espionar as ideias do público,
Assim, com passagem livre em ambos os espaços,

Atuavam, também, através de sussurros não identificados,
Para causar-lhe pânico, convencer-lhe de suas ideias e destroná-lo,
Em busca do ouro, a custa do choro do povo,
Que continuava entre os muros esquecidos,

Abandonados a própria sorte,
As margens da sociedade,
Com um povo composto por filhos,
Havia sempre um filho para suceder o soberano,

Por isso a história permanecia a mesma,
Mas como toda história tem um final feliz,
Sucedeu que este tormento teve fim,
E certo dia, quando o rei foi falar ao povo,
Um tiro de flecha o atingiu no peito,

Entre os encaixes de sua vestimenta,
E seu sangue escorreu pela terra,
Enquanto lágrimas alcançaram seu olhar,
A hora certa ficou indeterminada,

Mas sabe-se que era próximo ao ocaso,
Então o povo gritou em alta voz,
Finalmente podemos avistar a paz,
E a possibilidade de uma vida digna,

Em que as pessoas venham a se respeitar
Por fazerem parte da mesma raça humana,
Estamos livre, como prova de que Deus vive.

Adeus

Me apaixonei pela pessoa errada,
E meu coração sangrou,
Verteu lágrimas que molham meu olhar,
És tão falso o amor,

Ou fui eu que não soube amar?
Por acaso há perdão para a mentira,
Ou calor que acalenta o vazio
De promessas frias,

Acreditei que sem você eu não existiria,
Mas veja, estou sofrendo,
Exposta feito uma flor em meio a uma tempestade,
Seu coração metálico,
É glorioso demais para alguém como eu, tão simples,

Seu beijo verte ácido,
Consumiu meu peito em um vazio doentio,
Disse que me ama,
Mas nunca vi isso em seu olhar,

Colocou em risco minha vida,
Não se importa com meu bem-estar,
Porque veio atrás de mim,
Se era pouco o que eu tinha para oferecer,
Porque me magoa assim,
Se enfeitei com amor o seu viver,

Sem lágrimas ou drama,
Este é o fim do nosso relacionamento,
Desculpa, mas prefiro que não sejamos amigos,
Você com suas mentiras, não me inspira confiança,

Apague as promessas,
Rasgue as cartas,
O adeus é o melhor caminho,
Nós fomos um erro,
Desculpa, não sobrevivo de palavras vazias.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...