Luzes se acendem e outras se apagam,
Não é uma ameaça,
São apenas números,
Uma ironia trágica de destinos perdidos,
Em que as pessoas são separadas conforme seus objetivos,
De um lado o homem de negócios, respeitado e bem
sucedido,
Trancado em seus muros de ouro,
Protegido em seus tetos de vidro blindado,
Sedado em seus aposentos refinados,
Perdendo sua vida ao cancerígeno
Expelido por suas próprias fábricas de dinheiro,
De outro lado o povo servidor,
Ora escravizado, ora manipulado,
Seres errantes e até desumanos,
Educados pelo sistema social corrupto,
Condenados a um sistema carcerário falho,
Ambos são considerados monstros,
Por enriquecerem ilicitamente
A custa de seus corpos e valores,
Mas existe ainda,
Aquele que se recusa a ser cúmplice deste sistema,
Que corrompe o ser humano,
Roubando suas vidas,
Ele luta munido por sentimentos como força e honra,
Por acreditar na raça humana,
Mas ao clamar valores contrários ao sistema deturpado,
Ele se sente estranho e por alguns é até excluído,
Pois o povo educado pela imoralidade
Se recusa a libertar-se do comodismo,
Por estar carente de dignidade,
De fato tudo isso não é um pesadelo,
E pessoas realmente vivem somente por atenderem a
objetivos,
Estão desconectadas de seus próprios sonhos,
Destituídas de suas próprias vidas,
Eu me encaixo no grupo de pessoas
Que se recusa a submissão humana,
Que se recusa a submissão humana,
Que luta pelo reconhecimento e valoração das pessoas,
Pelo respeito a nossa humanidade básica.
Pelo respeito a nossa humanidade básica.