quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Vida de Vitórias

A luz do sol me acordou feito um beijo,
Roçando suavemente meu rosto,
O calor deste toque permaneceu em minha face,
Acalorando docemente minha pele,

Com a sutileza de um sorriso,
A luz passou a envolver meu corpo,
Gentil e terna feito um abraço,
Preguiçosamente senti um sorriso
Brilhar dos meus olhos aos lábios,

E como os vencedores reescrevem a história,
Vislumbrei a minha frente muitos dias de vitória,
Me senti imensamente feliz,
E te desejei junto a mim,

Mas como não pude te abraçar mesmo te amando do fundo do coração,
Enviei um beijo ao firmamento que seria entregue através de uma oração,
Em todas as minhas veias correu uma alegria contagiante e calorosa,
Como a felicidade que assalta na primeira aurora da vida,

Meus olhos brilharam tomados por um brilho sagrado,
Feito aquele com que a vida abre as portas da existência,
Senti em meu corpo seu abraço amoroso,
E pude ouvir suas palavras ressoarem em minha alma,

Assim, entendi que o amor vence o tempo e a distância,
Pois o amor se não for a única é a maior lei que rege a vida,
Pois se não tivesse amor ninguém nada seria,
Por condenar as lágrimas sua própria alma,

Pois isso aceitei o nascer do sol feito um chamado,
Que tocou meu corpo com um cetro de ouro,
Brilhando impávido em um céu azul e límpido,
Nem mesmo as nuvens ousaram desarmar seu sorriso,

Que com o brilho caloroso jamais visto,
Batia a janela convidando ao amor,
Não pensei ser a única a receber o convite,
Sem desejar me afugentar deste milagre alegre,

Que nos saúda a cada nascer do dia,
Não fiquei calada, expondo em palavras minha alegria,
Confesso que não imaginei que o amor caberia em minha fala,
Pois, mesmo as frases mais lindas diante do amor se mostram imperfeitas,

Mas meu gesto foi suficiente para que o vigor da vida
Percorresse carinhosamente cada traço do meu corpo,
E me fortalecesse para levar um pouco de esperança,
Juntando cada pedaço dos meus sonhos,
Então pude sentir as pessoas tonando-se mais humanas,

Assim, a vida juntou-se aos meus lábios como uma espécie de presságio,
De que sempre existe um sonho para ser alcançado,
Pois só se perde o que não é guardado no fundo do coração,
No lugar mais sagrado em que se protege os donos da nossa emoção,
Depois disso, saí espalhando em alta voz:

“Ainda que seja contra a lei,
Levantarei o estandarte que nos guia ao amor,
E se eu tiver que morrer, morrerei,
Mas não me entregarei ao povo violador,
Que sobrevive a escurecer o infinito,
Espalhando cinzas e agonia dos campos de concentração,
Para obscurecer nossos sonhos

E afugentar a vida do coração”.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Símbolo do Amor

Como se Deus a estivesse escolhido pelo nome,
Me apaixonei por ela, como nunca amei outra mulher,
Seus olhos tinham o mistério de uma pedra granada,
As vezes escuros cobertos pelo véu das sombras,

Como se fossem donos do luar,
Detinham o brilho de duas estrelas,
Outrora eram avermelhados na cor do amor,
Como se pudessem refletir o sentimento guardado em seu peito,

Os astros do céu conspiravam contra ela,
Enfurecidos diante de tão rara beleza,
Feito uma rainha soberana em bondade e ternura,
Fazia o amor curvar-se e prostar-se para servi-la,

Como se do próprio amor tivesse sido esculpida,
A imagem do paraíso que encontrei em minha vida,
Fez meu coração sincero, perdido em traiçoeira insegurança,
Cair aos seus pés feito um servo, e sair coroado ao alcançar sua estima,

De súbito avistei meu anel-selo em meu dedo,
E com um pedido silencioso de casamento,
O entreguei a ela para que agora sua assinatura fosse minha,
E toda escrita por ela criada seria vista como de minha autoria,

Fique com a prata e faça como achar melhor,
Disse a ela em um ímpeto de puro amor,
Ajoelhado sobre minha perna direita,
Toquei docemente sua mão,
Segurando-a sobre minha perna esquerda,
Próximo ao calor do meu coração,

E gentilmente coloquei o anel em seu dedo,
Com a prata encarregada de conquistar ambos,
Mão e coração no fulgor de esplendida paixão,
Logo, selei o pedido com um beijo cheio de emoção,

Entre o anel-selo da minha família,
E o calor de sua pele macia,
Feito um pacto sagrado unindo passado e futuro,
Encontrava-se o anel símbolo e a razão de todo meu afeto,

Seguros no calor do mais digno amor,
Demonstrando o vigor de nosso sentimento,
Tudo foi escrito em nome do amor,

E selado com o anel símbolo.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

O Privilégio de Amar

Nada pode ser mais bonito que o amor,
Porém quando platônico, nem tão desolador,
Era o que eu pensava quando caminhava
Sozinho, a contar os passos pelo chão,
Sob o céu descolorido de um dia de primavera,
Será que existe piedade no fogo da paixão,
Algo que pudesse alcançar o fundo da minha dor,

Que se compadecesse pala angústia da minha alma,
Que conseguisse juntar meus sonhos despedaçados,
Até as flores primaveris sorriam para esconder as lágrimas,
Conscientes da dor que afoga meu coração,

Em lágrimas solitárias que calam a fala na garganta,
No soluço do martírio que fere até mesmo a estação,
Meu medo me faz falhar, me falta o ar para respirar,
Meu amor encontra-se agora em algum lugar da minha ilusão,
Guardado nas lembranças em que guio minha vida,

Porém minhas esperanças eu acomodo em Deus,
No espaço infinito que une a linha do horizonte aos céus,
Não imaginei que no frio daquela multidão,
Fosse me deparar com seu olhar sedutor,
Que me magnetizou com toda força da emoção,
Liberando faíscas de amor ou mero desejo,

Pois no espaço do amor eterno em que toquei sua mão,
Perdi você sem nem ao menos perceber se a havia conquistado,
Hoje não sei dizer o que houve com aquele amor esplendoroso,
Que feito uma rainha me fez súdito deste sentimento,

Durante cento e oitenta dias nunca me senti tão feliz,
Feito um rei cuja maior riqueza era dispor de um amor sem fim,
Terminado estes dias, sem apresentar desculpas você partiu,
Durante sete dias permaneci silencioso a sua espera,
Nem por um instante meu coração sorriu,
Perdido na dor da solidão que dilacera,

No entanto, sinto mais mal ao me ausentar nesta solidão,
Do que ao expressar com palavras a dor que fere minha afeição,
Por isso resolvi escrever esta carta,
Proclamando que toda pessoa deve amar sem medida,

Mesmo que mil lágrimas sejam derramadas,
Que nada rasgue a confiança sobre o privilégio de amar,
E caso o amor que alcance não supra suas necessidades,
Não se conforme, jamais se detenhas,

Liberte o coração para um novo amanhecer,
Sem se arrepender, pois além de todas as coisas,
Não se permita fracassar,

Apenas creia no privilégio de amar.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Beijo Apaixonado

Seus passos ecoavam aos meus ouvidos,
Seu esplendor iluminava meu sorriso,
Como se andasse na batida do meu coração,
Sua fala suave exprimia vida a minha emoção,

Conforme se aproximava com a força do meu amor,
Senti minha garganta emudecer minha voz,
Ante a insegurança de não saber demonstrar meu afeto,
Como se o mais glorioso sentimento,

De repente me soasse como uma maldição,
Sob o juramento de declarar minha paixão,
Nenhuma outra pessoa tocou tão profundo meu coração,
Silencioso apenas lhe ofereci a mão,

Deixando que o amor falasse frente a falta de palavras,
Embriagado pelo sorriso que iluminava seu olhar,
Vi ela docemente aceitar meu gesto,
Então puxei-a para mim com todo meu carinho,

Enlacei sua cintura e afaguei seu rosto,
Na ternura da carícia perdi o fôlego,
Senti como se pudesse ver através dela,
Em razão da pureza de seus olhos de céu de estrelas,

Ah como meu coração sonhou com este nome,
E agora pôde enfim senti-lo em minha pele,
Uma vida de amor fluía em cada carícia,
Apaixonado pela textura macia e brilhante do luar,

O mundo pareceu ficar menor,
Ordenei ao meu coração que subisse para o toque dos meus carinhos,
E minhas mãos avançaram suavemente por seu corpo,
E os afagos aconteceram quentes feito o calor do sol,

Quando a senti se entregar ao fulgor das minhas carícias,
Inclinei seu corpo docemente para a direita,
Penetrando seus lábios com o calor de um beijo apaixonado,
Vertendo amor no calor de cada afago,

Encontrando o paraíso na febre de seus mimos,
No néctar que saciava e avidava meu amor,
Subi aos céus e percorri as estrelas,
Encantado por suas adoráveis blandícias apaixonadas,

Até sentir toda terra se tornar distante,
Coberta por um véu de vida e água,
Em seus beijos afáveis encontrei o céu livre da gravidade,
Na profundidade de nossas carícias toquei sua alma,

O único som eram de nossos beijos de paixão,
Que ecoavam no pulsar ardente do coração,
Eu a beijei com toda minha avidez,
Desejando reivindicar seus lábios para sempre,

Minhas mãos deliciavam-se em cada afago,
Como se assumissem o controle de seu corpo,
Na imensidão do azul celeste,
Com as nuvens macias a acariciar nossos pés,

Entregues a afagos quentes feito estrelas,
Senti que encontrei o lugar a que pertencia,
Então quando abrimos nossos olhos,
As sombras da tarde já cobriam nossos corpos,

Mas isso não atenuou meu grande amor,
Dando voz ao calor que pulsava de meu peito,
Me senti seguro e me afastei centímetros de sua boca,

Pelo curto espaço de tempo eterno em que disse que a amava.

domingo, 29 de outubro de 2017

Amor

Ao romper do dia,
Como se fossem cortinas abertas de uma janela,
O orvalho caiu e a névoa se dissipou,
Abrindo o véu que cobre a aurora,

Permitindo o sol acordar no horizonte,
Contornando sua silhueta com o azul celeste,
Como se fosse um sonho de amor brilhando ao amanhecer,
Uma parte do paraíso sorrindo convidativo a minha frente,

O desenho de um anjo com a tinta do amor divino,
A promessa de um tesouro sagrado,
O fruto saboroso que sacia os apaixonados,
Que vem derramar amor a quem entregou seu carinho,

Com grande inteligência o anjo desenhou suas formas,
Fazendo do amor sua matéria prima,
Estampada em sua conduta,
E na luz do seu olhar,

Feito do puro amor e de traços do paraíso,
Linhas apaixonadas tecem seus contornos no firmamento,
Como se o próprio sol pegasse seu brilho emprestado,
Um ser iluminado envolto a um mistério sagrado,

Cuja beleza imensurável afasta do céu as nuvens,
Dando um encanto inigualável ao sol nascente,
E quando o vento soprou trouxe com ele seu amor,
Seu cheiro me despertou com um encanto glorioso,

Que me encheu de uma alegria pura e segura,
Como se sua simples proximidade me acordasse para a vida,
Ainda sentindo a paz da nossa mágica noite de amor,
Percebi que até mesmo os astros do céu te adoravam,
Confiados a luz do fogo do amor que esculpiu seu corpo,
E mesmo a beleza da terra parece ter feito contigo uma aliança,
De que nada brilharia mais que sua presença,

Sem palavras para lhe expressar,
Percebendo que o que me acordou não foi a luz do dia,
Mas sim a beleza incandescente da luz do seu olhar,
Despertando meu coração com carinho e ternura,
Sob a luz cálida daquela doce manhã,

O destino caprichoso com os apaixonados,
Falaste dos céus sob o juramento de te comprometer ao amor,
Lançou nossa solidão nas profundezas,
Como uma pedra em águas agitadas,

Para saciar a fome e a sede de nossas almas,
Com o néctar do amor de nossas bocas,
Entrando em minha vida e tomando posse dela,
A qual em uma súplica da alma lhe entreguei em promessa,

Em uníssono eu pedi por amor,
Você nos ouviu e despiu seu amor
Me cobrindo com seu calor,
Feito um cálice de vida,
Com que se sacia a garganta árida

De uma alma submersa na areia desértica,
No brilho da luz do dia,
O mesmo amor que condenaria,

Em justiça e fidelidade, agora salvaria.

sábado, 28 de outubro de 2017

Amor Imensurável

O amor aconteceu em doze luas,
Esplendoroso feito mil galáxias,
Tão sublime quanto a luz das estrelas,
Como se estivesse escrito na prata do luar,

Conquistando os olhos dos apaixonados,
Para a luz deste sonho encantado,
Ao perceberem que nosso amor se consumou,
Com o fascínio que nunca se sonhou,

Feito um presságio de que o amor encanta a alma,
E se perfaz no destino que acorda para a vida,
Feito um sonho guardado na lembrança,
De que basta um propósito ser sagrado para que possa se consumar,

Feito uma luz que ascende na alma a esperança,
De que sempre existe um sonho para sonhar,
Que feito um poema que conquista a alma,
Faz da beleza do amor alicerce para alcançar a vitória,
Aquela encontrada apenas no carinho da pessoa amada,
Que transforma a dor de nossas lágrimas,

Em alegria que nos reforça para a vida,
Depois que nossos sonhos foram reconstruídos
E juntos, reduzimos a solidão ao seu devido lugar,
Preenchendo nossos vazios com o néctar do amor,
Guardando um ao outro na luz que acende o olhar,
Refletido no véu do luar que cobriu nossos corpos através da janela,

A portas fechadas para que nada nos pudesse interromper,
As quais apenas seriam abertas,
Pelo sol do novo amanhecer,
Aquele com o qual reescrevemos nossa história,

Em que fizemos de nossos corações um santuário,
Que guardou nosso amor portas adentro,
De forma que nunca pode ser corrompido,
Pois estava protegido no lugar mais profundo do peito,

Também designamos nosso amor para sentinela,
Usamos um pouco dele para reerguer muros ao nosso redor,
Feito um escudo invisível que nos abrigasse em ternura,
Ora, nosso amor por ser tão grande e profundo,

Pôde ser dividido e ainda nos retornar multiplicado,
E o mundo de repente nos pareceu carente do humano,
Como se precisasse ser reconstruído,
Então olhamo-nos um nos olhos do outro,

E percebemos a fagulha deste desejo brilhar em nossas faces,
Todo o povo vendo o esplendor do nosso amor,
Se juntou a este sonho como se fosse um só homem,
Porque o amanhecer que juntou nossas vidas e nossas almas,
Se compadeceu de ver o povo chorando,

De ver as lágrimas preencherem suas vidas,
Por isso, nosso amor irradiou com toda força,
E brilhou em todos os astros do céu,
Escrevendo um sonho de amor na luz das estrelas,
Sagrado feito o carinho de Deus,

Diante disso, os sonhadores levantaram os olhos para o horizonte,
E no secreto de seus universos houve uma reunião solene,
Clamando em alta voz por um pouco mais de amor,
Assim levantaram-se e foram em busca de seus sonhos,

E seus sonhos acordaram e os encontraram,
Realizando-se de forma gloriosa,
Tão lindo e imensurável é nosso amor,
Que com o encanto que nos transformou,
Contagiou o mundo ao seu redor.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Apaixonados

Tão encantador é o amor,
Que conquista os apaixonados,
Cobrindo com o véu da paixão seus olhos,
Guardando o sagrado de uma benção em seus lábios,
Silenciando seus ouvidos a convidados indesejados,

Que escondem suas intenções em uma fala macia,
Tentando camuflar-se por entre as sombras de sua alma,
Inventando sonhos sem intensão de realizar,
Com o egoísmo escondido em suas palavras,

Acreditam poder demonstrar uma realidade inventada,
Feito uma máscara que distorce a existência,
Uma fantasia em que alicerçam suas vidas,
Sentindo o coração e a alma tremer,
Ela recusou-se a esta realidade maquiada,
Mesmo com uma lágrima de dor percorrendo sua face,
Recusou-se ao falso por acreditar na vitória,

Com os punhos cerrados e os olhos castanhos cintilando,
Ela se afastou e cruzou os braços,
Em um gesto protetivo de quem acredita em algo maior,
Pois tendo Deus criado o amor e entregado aos seres humanos,

Não seria ela que iria se afugentar de seu fulgor,
Pois apenas os condenados confiados ao desamor,
Entregam-se ao falso proveniente do inferno,
Acompanhado de urros por percorrerem pelo errôneo,

Então seguindo um soluço do tempo,
Que chorou a dor dos seus passos,
Seu coração pulsou acelerado,
Quando seus olhares se encontraram,
Como ironia do destino ele caminhava ao seu encontro,
Com olhos escuros, límpidos e iluminados como a luz da lua,

Ele andava devagar e elegante,
Com um sorriso que trazia o brilho das estrelas para sua face,
Com o cabelo curto acariciado pelo vento,
Ele estremecia, talvez por causa do frio,

Como se o amor percorresse por sua pele,
Ela lhe sorriu e abriu os braços,
Desabrochando para o que viesse com eles,
Sentiu como se fosse verdadeiro,
Pois seus corações batiam no mesmo compasso,

Sentiu-se incapacitada de se esconder,
Do amor que tanto sonhou viver,
E que agora se personificava a sua frente,
Abraçando-lhe com força, sentindo sua face,

Como se fossem duas metades que simplesmente se completassem,
Entregou-se aquele sentimento até que em engano se dissipasse,
Oportunizando-se, inevitavelmente, a sentir gemidos de saudade,
Que feito uma névoa subiriam ao azul celeste,
Enevoando os sonhos dos apaixonados,
Que com beijos seriam renascidos,

Diante da intensidade de seu olhar,
Até onde ela chegou com sua imaginação,
Percebeu que o amor compensaria,
Então lhe entregou a chave de seu coração,
Naquele abraço caloroso,

Que os refugiava do frio do inverno.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...