sábado, 13 de fevereiro de 2021

Venha... Enquanto Ainda Tens Meu Endereço



Sabe quando os seus sentimentos se voltam?

Quando todo o amor que você entregou retorna?

Pois bem, nem sempre o que se recebe é o que você espera

Por mais esforço que você coloque, as expectativas falham,

E você se vê cair em um vazio sem volta, solitária,

Sendo tragada para dentro do amor que você entregou outrora,

 

Olha ao seu redor e não há nada, nada em que se agarrar,

Tristes dias em que todos os que te amam te abandonam,

Mesmo a pessoa por quem você daria a vida te olha com ira,

Reage abrupta, faz uso da agressividade contra você,

Nunca queira ver a raiva no olhar de quem você amou um dia,

É um sentimento vazio do qual você nunca se irá esquecer,

 

Ver quem ama usar a força como se desejasse te esmagar,

Sabendo o quanto você é mais fraca e ainda assim investe,

Músculos que deveriam te proteger se erguem contra,

Olhos vazios e profundos desejando te tragar para o submundo,

Com um sorriso escondido nos lábios, uma resposta para dar,

Por Deus, que querer a morte é pouco para esse momento,

 

Desejar partir para longe onde nunca mais irá vê-lo,

O próprio pai, achando que pode te controlar com base no chicote,

Estaria eu em sangria se não o tivesse enfrentado,

Ousa levantar a voz contra mim? Grito mais alto,

Ousa vir ao meu encontro? Pois que venha, não fujo,

Raiva, ódio é que o sinto me tragar para dentro de mim mesma,

 

Repulsa por todo o amor que te jurei um dia,

Um morto para os meus sentimentos,

Uma pessoa da qual nunca sentiria falta,

Cego para o retorno dos seus atos em minha alma,

Odioso, ousa impor sua presença em minha casa,

Por acaso acha que aos meus 31 anos ainda é dono da minha vida?

 

Que suas atitudes contra mim nunca iriam gerar nada?

Sinto repulsa, nojo dessa sua cara arrebentada e feia,

De toda admiração que tive por ti, não sobrou nada,

A idade chegou e sua máscara caiu com seus músculos,

Você está caindo indo para muito longe, de onde não irei tirar,

Se apegue aos seus músculos, o que restara daqui a pouco?

 

Quando seus braços caírem e você não puder levantar?

Quando suas pernas não te moverem para me impor sua presença?

Espero que tenha alguém em quem se agarrar,

Pois de mim, você tirou tudo... sinto nojo, você me traz repulsa,

Ame seus pais como a ti mesmo, se você não for amada em troca

Não tem problema, ninguém disse que o amor precisa ser retribuído,

 

Mas a idade chega e os lares de idosos estão sobrecarregados,

Por quê, de certo foi por todo o amor que você soube dar,

Seu sorriso me enoja, você veio em minha casa me machucar?

Você me força de todas as formas, você está cego para isso?

Quer decidir minha roupa, aonde saio para onde vou,

Quem você acha que é? Meu dono? Sinto muito,

 

Mas por você só restou ódio, o amor que sinto em um dia

Sem esforço algum é destruído no outro,

Acha pouco sua filha preferir a distância do que estar perto?

Se acha o machão só por que tem um pênis ereto?

Perdoe-me o palavreado que nunca foi me permitido usar,

Você não é nada além de músculos,

 

Bom, é certo que tenha seus preferidos,

Há sempre quem te defenda, destes me distancio,

Não faço jogo sujo, não escondo meu lado,

Nunca esqueço quem ousa levantar a voz ou me destruir com atos,

Cada tapa na cara que você me deu,

Cada machucado que me fez ainda tenho a ferida,

 

A qual você nunca permite cicatrizar,

Está sempre a fincar uma faca me fazendo sangrar,

Machista escroto, que acha que é com este seu pênis ereto?

Com essa sua muralha de músculos que você colocou contra mim,

Nunca esquecerei de você vir me provocar em minha própria casa,

Me fazer me alterar, desejar te expulsar, machuca-lo,

 

E ainda você corre, nem homem é para me enfrentar,

Me diga: teve medo que eu te machucasse?

Já pensou se eu devolvesse tudo o que você me feriu?

Você acredita mesmo que eu teria coragem?

Pois é você teve, como você se sente? Macho prepotente,

Levante seus músculos, se coloque ereto enquanto consegue.


 

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