segunda-feira, 2 de maio de 2022

O Amor: Quem há de Evitá-lo?

 


Tracejou com o dedo indicador os seus lábios,

Estavam fechados e macios e ternos,

Desceu um pouco o lábio inferior,

Aproximou seu rosto da boca do seu desejo,


Mas, antes de chegar perto se estagnou,

Ficou presa a respiração quente que a tocava,

O aroma que vinha de dentro dele,

Tinha cheiro de amor e alguma outra coisa,


Um arrepio na espinha a fez voltar-se,

Uma lágrima quis inundar seus olhos,

Há instantes em que o que se vê,

Vai além de tudo que se acredita,


Não moveu o dedo do lugar,

Sentia que nunca poderia se desvencilhar,

O amor realmente tem algo de supremo,

Convoca tudo que há de melhor dentro de nós,


E quando nos damos ainda parece ser insuficiente,

Mas, vendo-o adormecido e seguro naquele quarto,

Sob a meia luz que refletia em sua pele,

Sentiu que naquele instante,


Pela primeira vez tinha feito tudo certo,

E que agora sim, dera tudo de si e fora o bastante,

Esperou tanto por aquele momento,

Contou os segundos do nascente ao poente,


Parecia que ele sentia o que ela pensava,

Neste segundo, o lábio dele estremeceu,

Pareceu lhe pedir um beijo sereno e apaixonado,

Ela lhe sorriu em contrapartida,


Desde o cabelo bem cortado, sedoso, macio e cheiroso,

Até a forma peculiar do seu queixo,

Sentia que o amor resplandecia,

Era como se sua beleza lhe gritasse ao longe,


Estivesse onde estivesse: oh, querida, se apaixone!

E para ela não ouve recusa,

Ela o ouviu ou pelo menos o sentiu,

Isso basta por uma noite e agora o queria,


Para muito mais que isso, o desejava por uma vida,

O amor vem, ela soube disso,

Assim que ele seguiu a passos firmes ao seu encontro,

O coração é tão apressado que nem tenta ficar calado,


Grita e pulsa forte tudo que sente,

Não se contenta com a distância,

Anseia aproximação e a busca indisplicente,

Nas carícias da sua mão ela sentiu um fogo devorador,


E agora, com o dedo sobre o seu lábio,

Sentiu algo que parecia maior,

No calor do corpo nu que tocava tudo mudava ao seu redor,

Era como se fosse tomada por violenta tempestade,


Cuja chuva não possuía nada de frio ou arredio,

Ao contrário, vinha para ela cheia de vida,

Fechou os olhos ao aproximar-se de sua boca,

Convocou aos altos que esta noite não tivesse um outro dia,


Pois que fosse apenas continuação do que agora existia,

Sem novidades que pudessem modificar o momento,

Ou pior das catástrofes tentar impedir o que havia,

Se fosse acordá-lo do sono tranquilo que estava,


Não importava, o desejava de forma intensa,

Beijou-o de forma serena,

Que este beijo servisse de julgamento aos sonhos dele,

Que lá, onde ele estivesse a sonhar agora,


Pudesse senti-lo e talvez, assim a quisesse como ela,

Ajuntou-se mais ao seu corpo,

Pediu a Deus que fosse dela para sempre como agora,

E os sonhos dele proclamaram esta justiça,


Mesmo absorto e de olhos fechados,

Ele a buscou com seu abraço e a segurou para si,

A queria,

O calor que irradiava dele era o juiz,


E quanto ao amor dela, o utilizaria por testemunha,

- Ouça, meu amor, e lhe falarei... – tornou ela,

Agora sua voz era um pouco mais que um gemido,

- Deixe meu amor testemunhar tudo que sinto,


Se eu te amasse mais, como eu poderia dizer?

Pois existe um mundo lá fora e ele é perfeito,

Porém, mais perfeito e importante é você.


domingo, 1 de maio de 2022

Dois Amantes

 


Acordou em meio a uma noite segura,

Antes de abrir os olhos e espantar o sono,

Estendeu a mão e sem precisar procurar,

O encontrou dormindo seguro em seu abraço,


Que agora rodeava o seu corpo,

E a levava para junto dele como um só,

As noites de espera em que imaginou não o encontrar,

Haviam definitivamente ficado para trás,


Em um passado sombrio e enfermo,

Que desfalecia nas sombras que rodeavam o quarto,

Não havia luz ali naquele lugar,

Mas o amor que sentiam um pelo outro


Era demasiado evidente para ser calado ou escondido,

As sombras que atemorizaram outrora,

Agora serviam para juntar dois sonhos em uma cama,

Roçou o cabelo de sua nuca, aproximou-se do seu peito,


Beijou-o de forma afetuosa,

E ouviu um suspiro satisfeito,

Sorriu ao recostar seu rosto em seu corpo,

Puxou-o ainda mais forte, não desejava prendê-lo,


Nem temia perdê-lo, apenas o queria,

Por tudo que sentia queria recompensá-lo,

Pelo quanto era feliz queria demonstrar,

Tinha certeza que nasceu para ele e que o esperou,


E de tudo que viveu ele era seu objetivo maior,

Mesmo sob os encalços dos erros e desacertos,

Estar com ele entre seus braços valia qualquer preço,

Tirou o cobertor que o aquecia puxando-o até a cintura,


E permitiu que suas carícias suprissem a ausência do calor,

Sentia-o cada vez mais dentro de si mesma,

Era como se puxando-o para si o trouxesse para dentro,

De alguma forma que talvez alguém entenda, ou não,


Mas, eles se compreendiam ela sentia isso,

Em cada descompasso do seu coração,

Esfregou sua pele de forma leve e arredia,

Sabia que da superfície alcançaria a parte mais profunda,


Aquele segredo que toda pessoa esconde em sua alma,

A parte em que se guarda para si mesmo,

Esta parte sua pertencia a ele e a dele?

Ela a queria, não é demasiado desejar tudo do seu amor,


Apertou um pouco a carícia, sem chegar a arranhar,

Havia uma busca nela e este ponto estava nele,

Sem resistir o beijou, moveu seus lábios de forma ávida,

Um suspirar sôfrego saiu do seu peito – incontido,


Não desejava perturbar seu sono,

Ele estava tão terno ela podia sentir em cada parte sua isso,

Dormia como um menino,

Nem parecia todo aquele homem que é, acordado,


Um beijo apenas para aliviar a busca,

Apenas um e subiu movendo a língua em sua pele macia,

Sorveu o seu cheiro até poder transpirá-lo,

Chegou na cavidade do seu pescoço,


E sentiu seu pulsar acelerar-se,

Estava mais próxima dos seus lábios e queria-os,

Um beijo apenas para aliviar a busca,

Não iria acordá-lo, apenas roçar um pouco a boca,


Servir-se-ia do seu amor sem perturbá-lo,

E agora sua boca ansiava e parecia comandar o contato,

Moveu-se e ele moveu-se com ela,

Estendeu o braço sobre sua cintura e a puxou pela coluna,


Aquele seu toque seguro e forte,

Pelo qual ela era capaz de qualquer coisa,

Até conter a ânsia do desejo por sua boca,

Por algumas horas, apenas até que o coração dele acalmasse,


Até que o dia o chamasse,

Ou que, ela tivesse nova chance – esperaria,

Os lábios continuaram em seu peito serenos e possessivos,

Uma espera doce e apaixonada se avistava,


Eram, ainda, 3h e 15min da madrugada,

Horário em que até os amantes ressonam,

Um beijo para aliviar a busca- esperaria.


sábado, 30 de abril de 2022

Um Beijo

 


De dentro de sua boca,

Um lugar profundo e terno,

Em que as palavras soavam arredias,

Podia sentir o gosto do desejo,


Com um murmúrio a silenciar um pedido,

O Eu te amo foi pronunciado recostado,

No exato segundo em que provava o sabor,

E se embriagava porque desejava ficar,


Num tipo de porre em que se perde as pernas,

A direção, a cabeça e tudo mais,

Simplesmente, quer-se ficar ali e não sair,

Não se importa se ao amanhecer irá cair,


Ou se dessa vez tudo dará certo como sempre quis,

Simplesmente aproveita o momento,

O instante mágico do aconchego,

Em que encontra um lugar para ficar,


Um lugar diferente dos outros,

Em que se é bem-vinda,

E quanto mais se aprofunda,

Mais se perde o controle e a compostura,


Ao se estar dentro não se quer sair e pronto,

Adentra-se num universo reservado,

E busca-se saciar ao saciá-lo,

Sente-se apenas que não se pertence,


Ser sua é o maior desejo e maior alcance,

Ter seus lábios é ver o passar das horas

Como se fosse uma noite escura,

Em que não se vê nada,


Mas sente-se tudo que está envolta,

Aconchego minha boca na sua,

E o tremular encontra o calor da pele nua,

Molhado e arredio,


Apenas deseja-se provar mais um pouco,

Até alcançar aquele algo,

Que palavras ou carícias não sabem falar,

Sinto o gosto que jamais será esquecido,


Um pedido calado - baixo,

O Quer namorar comigo expresso em gemidos,

Mas, que não é falado,

Nem mesmo quando os olhos se abrem e se encontram,


Nem quando as mãos se juntam,

Ou quando o ar falta e o respirar se mistura,

Nem mesmo quando se pede que não amanheça o dia...


sexta-feira, 29 de abril de 2022

Um Suspiro


A voz chegava ao seu ouvido,

Um sussurro apaixonado e terno,

Roçava sua orelha feito um afago,

Com a doçura de um beijo,


Porém, sem tocar, sem chegar perto,

Era um sentir sem o apego,

O sentimento que flui sem achego,

Um suspiro vinha tão perto,


Que parecia penetrar a pele,

Apenas um estremecer percorria o corpo,

Tão perceptível e nítido,

Que não cabia disfarce,


Tão forte e aconchegante que

Parecia pertencer ao pensamento,

Era como se já estivesse por dentro,

Antes ainda de ter sido pronunciado,


Um afagar que não mede esforço,

Mas sabe esperar o momento exato,

Mexia com cada um dos meus sentidos,

Parecia zombar se eu dissesse: não sinto,


Mas, mesmo que eu quisesse falar algo,

Meus lábios trêmulos ficaram emudecidos,

Embora o corpo desejasse chegar perto,

Algo dentro de mim ainda dizia não,


O suspiro ressoava por dentro tão vivo,

Que já não era apenas um afago,

Era um convite para um talvez,

Fosse para um beijo eu teria virado o rosto,


Mas não, era algo muito mais profundo,

Sorri sem disfarçar o gosto,

O suspiro me buscava e eu gostava disso.


 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Chuva

 

Tentando apagar o calor da pele ou não,

Ele entregou a chuva que caía a sua mão,

Sentindo cada gota com uma espécie de calma,

Sabia que poderia esperar, mas algo incomodava,


Sentir a chuva molhar enquanto afaga,

Não se assemelhava ás lágrimas mas outra coisa,

Algo escondido dentro que queria aflorar,

Não poderia dizer que fugia das lembranças,


Mas, sentia que aos poucos elas se apagavam,

Fechou a mão em concha até vê-la escorrer,

Sentir a água transbordar incapaz de ser contida,

Assim, são os sentimentos e ele sabia,


Se não podem ser entregues fogem de si mesmos,

E de quem jurou amar por uma vida,

A chuva parecia cantar uma canção não correspondida,

Estava calma e passiva, contrária ao que ele sentia,


Um suspiro soou baixo e desafinado,

Um nome ficou preso por entre os seus lábios,

Ele chegou mais perto até molhar o rosto,

Sentou-se por sobre a grama e decidiu molhar-se,


Sentiu o lábio inferior ficar inflamado,

Queria beijá-la e sentir tudo aquilo de novo,

Mas, ao mesmo tempo não tinha certeza,

Havia uma marca sobre o seu queixo,


Não, não pense isso: não era marca de beijo,

Era uma outra coisa, da qual ele não queria falar,

O coração se acelerava junto ao peito,

Mas a chuva permanecia do mesmo jeito,


Fosse como fosse, ela queria contrariá-lo,

Não poderia definir de outra forma,

Mas, sobre o seu rosto apenas ela e mais nada,

Nem uma lágrima enquanto no peito,


Apenas aquele sentimento,

Deus sabe que a chuva não penetra a pele,

Ou penetra? Será que ela poderia encontra-lo,

E lá dentro apagar tudo o que ele sentia,


Ou quem sabe fazer o sentimento transbordar a superfície,

Até e apenas até o ponto em que ele o entendesse,

Se sentimentos são capazes de transbordar,

Por que deveriam usar apenas a face?


Não poderia emergir em outra forma,

Uma carícia ou algum outro jeito?

O suspiro permaneceu preso em sua boca,

Estava estagnado por entre os lábios macios,


Não parece natural amar tanto,

E ainda assim não desejar se aproximar,

Olhou para a chuva, elevou os olhos,

E os pingos dela os molharam, sentiu dor,


Fechou-os depressa,

Existem coisas que não se pode lutar contra,

A chuva brincava por entre os seus dedos,

Escorria e se esvaia por sobre a grama molhada,


A roupa embebida em água,

Cedia alguns botões na blusa e o expunha,

Nada além disso, uma chuva que caía,

E seus pensamentos perturbados,


Se chuvas leem mentes, é difícil acreditar,

Se poderia esquecer, ainda não sabia ao certo.


sexta-feira, 22 de abril de 2022

Lembranças

 

Não sustentava nada que não fossem as promessas,

As promessas não impedem que a solidão nos tome,

E nem que as lembranças façam o amor presente,

Pois o amor é maior e faz os céus tocar a terra,


Na flor que renasce rumo ao alvorecer,

Ou na chuva que cai até sentir-se perder em algum lugar,

Ela contempla no amanhecer o olhar azul celeste,

O sol começa a tocar-lhe com seus primeiros raios,


Feito uma luz de esperança que lhe fala algo,

Algo de que não se foge mas nem por isso,

Procura-se estar mais perto, apenas sente por dentro,

Lindos raios que erram as árvores como se a divagar,


Talvez, também esteja a procurar, quem é que pode dizer,

Avistou através da escuridão que sorrateira se afasta

Um pássaro, ele voa alheio a todo o seu entorno,

Ela sente-se insegura e tremula à brisa fresca,


Conclui que pensar nele só poderia piorar as coisas,

Mas nem por isso, consegue controlar tudo que sente,

E o quanto deseja senti-lo outra vez agarrado a ela,

O pássaro voa com toda a sua graça,


De repente despenca lá do alto e toca a margem do rio,

Depois levita com a mesma segurança de instantes,

Só que agora ele tem na boca um peixe – sua presa,

Faz-se a manhã da mesma forma que vai-se embora a noite,


Sem novidades, indistinta, o sol parece sorrir para a manhã,

Seus rios derramam-se até tocar seus pés,

Embora, tudo ao redor seja belo ela escolhe as lembranças,

Se agarra a cada uma delas como se nada mais importasse,


O calor do céu a invade e o gosto dele lhe vem a boca por herança,

Nenhum outro beijo seria sentido com a mesma graça,

Mesmo que todo o tempo passasse,

Tempo algum seria tempo o bastante para fazê-la esquecer,


Sentiu o sol como quem sente um abraço apertado,

Fecha os olhos como não fez durante a noite,

Com uma calma de quem busca algo distante,

Avistou, através das pálpebras fechadas,


Um beijo que repousa sobre a sua boca sedenta,

Ela aprecia-o, enquanto o sol a toca sorrateiro,

Um lamuriar sai de seus lábios desatento,

Uma frase move-se sobre a sua língua,


Se ela fala tão alto o que diz a si mesma, não sabe-se,

Vagarosamente, ela sente como se pudesse ouvi-lo,

O sol vem com ousadia e a toca ainda mais forte,

Algo nela estremece e chama um nome em tom baixo,


Não é como se seu amor estivesse indeciso,

Apenas teme não ser ouvido,

Que amor é este que enfrenta o tempo

E não deixa de buscar


Mesmo as custas daquela que ama?

Por que o sol insiste em nascer sempre tão devagar?

Por mais que tente o mundo não supre a sua falta,

A jovem que cada vez mais se certifica sobre seu amor,


Abre os olhos com uma observação concreta:

Passe o tempo, os sonhos ou o que for, o amor não se vai,

Não importa como se reaja ele chega e fica.


quarta-feira, 20 de abril de 2022

Uma Flor

 

Soprou a flor com toda a força,

Algumas pétalas caíram a frente,

Outras ficaram ali estagnadas,

Como se a fúria do ar não significasse,


Mas, o que ela sentia não poderia ser definido,

Não tão facilmente com qualquer palavra,

Fúria, por mais que fizesse sentido,

Ainda não era o bastante, ainda não definia,


Pensou em jogar a rosa fora,

Como queria jogar as lembranças do beijo,

Mas beijos não são tão facilmente esquecidos,

Então, soltou a rosa no chão e a deixou,


Quem sabe, com alguns passos adiante esqueceria,

Como se o tempo pudesse apagar de alguma forma,

Em que mais se apegaria se não no tempo?

Em uma oração silenciosa ao firmamento?


Como poderia fazer dessa forma

Se de olhos abertos ou fechados só queria repetir o beijo?

Sentir o gosto entre os seus lábios trêmulos,

Ver o sorriso no rosto que a fez apaixonar-se,


Pudesse fazer um pedido mesmo que silencioso,

Com certeza seria tê-lo de novo,

Fazer com que aquela rosa nunca murchasse,

Que tudo pudesse dar um passo para trás,


Um único momento em que pudesse abraça-lo outra vez,

Ela olhou para o céu calmo e azul do horizonte,

Ele parecia inerte a tudo que se passava dentro dela,

Tentou esquecer toda a história,


Pensar em algo que não a fizesse sonhar com a lua,

Ou esperar uma estrela cadente se desvencilhar por ousadia,

Mas, mesmo todo o seu esforço só terminava por piorar as coisas,

Cada sopro de vento contra o seu rosto,


Cada toque suave e frio sobre os seus cabelos,

Tudo a fazia recordar do beijo apaixonado,

Em que ela amou e sentiu-se única por um segundo,

Ou mais tempo, não saberia precisar,


O tempo é curto demais quando se está beijando,

Este beijo não era nenhum tipo perfeito,

Mas, então porque insistia em lembrar tanto?

Com um virar de cabeça e estreitar de olhos


Viu a rosa no chão ainda inerte a todo o seu redor,

Tirou o cabelo do rosto e tornou a olhar para a frente,

Será que depois de um beijo apaixonado

Aquele a quem se ama consegue ouvir mesmo ao longe?


E de repente um cheiro de outono,

Uma mistura de frutas, flores e árvores verdes,

Ela só teve tempo de suspirar por uma única vez,

Antes que aquele calor chegasse e quase a tocasse,


Irresistível e esperado, um sorriso se fez,

E um abraço a contornou por trás sorrateiro,

Então ela soube: o amor ouve e vem ao encontro.


A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...