A moça entregou seu coração ao rapaz,
Que o guardou entre suas mãos e foi embora,
“Que ele possa responder por este amor como mereço,
Quiça, encontre em mim tudo que precisa para ser feliz,”
Seria mesmo um ilícito se ele desperdiçasse seu amor,
Jogasse fora a oportunidade de permitir-se sentir,
Enquanto ela se inclinava para remover a sujeira do jardim,
Ele a abordou por trás, acariciando seus seios com desejo,
Repousou um beijo entre seus cabelos até tocar o pescoço,
Apertou-a contra si, como se ela fosse tudo de mais importante,
Colados um ao outro, o calor do sol soava feito carícia
entre eles,
Ele a pegou no colo, levou até a escada, virou-a de frente,
Sorveu um pouco de sua doçura com um sorriso encantador,
Tocou seu queixo e a trouxe para os seus lábios ávidos,
Desabotoou os três primeiros botões do seu vestido,
Deixando seus seios à mostra, desceu até eles, sugando-os –
faminto -,
Ficou pensando se havia maneira de sentir amor maior,
Enquanto a sentia acariciar os seus cabelos com um sorriso,
Devolvendo com ardor cada afago, puxando-o para sua boca,
É de se admirar que alguns desacreditem de seus sonhos,
Quando o sentia em seus braços era como se tudo fosse
próximo,
Não há equivoco maior que desacreditar do seu destino,
Procurava-o em suas carícias e o sentia mais seguro que
nunca,
Aprendia através de suas mãos a delícia de provar o que Deus
reserva,
Queria entregar-se ali mesmo, até que a luz das estrelas
Pudesse se distinguir da luz da aurora, com os céus para
testemunha,
Pois tudo que mais desejava em sua vida, estava ali agora
- com ela - ,
Beijaram-se, até que a noite os tocou através da sua
neblina,
Embora, seus corpos não sentissem o frio que tocava a pele,
Ele previu o estremecer e a levou nos braços para dentro de
casa,
Sem deixar de beijá-la, conhecia o caminho, do seu corpo, da
casa,
Da sua alma, com seu coração em suas mãos tinha tudo que
precisava,
Aos beijos tentava remover as marcas das carícias e seus
segredos,
Se algum dia, algo os pudesse distanciar, nunca saberia –
amava-a - ,
Suspirou e entregou-se ao ato de amor como se nada mais
importasse,
Seus beijos eram piedosos removiam toda a dor que sentiu no
passado,
Deitou-se com ela, delineando limites com a ponta dos seus
dedos,
Traçou cada linha do corpo dela, desenhando o seu próprio
caminho,
Transcendia o desenhar da sua devoção, interrogava-se: seriam
os sonhos,
Tão intensos quanto as fases da lua, que se transformam a
cada noite,
E mesmo quando não se faz visível ainda assim se faz
presente?
Respondia-se: são os passos em uma mulher que fazem de um rapaz
um homem!
Não cabem equívocos em entrar na casa de uma moça pelos
fundos,
Com as botas sujas de lama e os seus braços carregados com
ela,
A moça abre os belos olhos em seus braços e você entende o
motivo,
De você ser você mesmo, e não desejar ser outro ou ser mais
que isso,
Sentir o controle dos seus atos se descontrolar sob suas
formas bonitas,
Vagar meio ao acaso por entre os cômodos por só ter olhos e
boca nela,
Sentia-se como se estivesse sido dividido ao meio, um algo a
ser definido,
- O antes de tê-la conhecido - e o depois de tê-la fremente em seus braços,
A névoa da noite o distanciava do seu passado e as carícias
dela o traziam para ela,
Começava a se indagar, como diabos, demorou tanto para conhece-la?
Os beijos e afagos dela surtiam um efeito devastador sobre
ele, - atônitos de amor -,
Seus carinhos lhe proporcionaram deliciosas duas horas de um
sono povoado de sonhos,
Entrou em sua vida através do seu coração, e agora o tinha
junto ao seu,
Ela não oferecia resistência, numa prova de como a alma
ajuda a si mesma,
Ele enxergava seu rosto adormecido como um aconchego para o
seu peito,
Mantinha ela firme, tudo o mais que ferisse-a lhe soaria de
todo injusto,
Lembrou-se do quanto sonhou em ter alguém por quem viver ou
morrer,
Uma pessoa que valesse a pena sua força de vontade, seu
desejo de ser,
O primeiro acordar dela, foi seguro e consolador, estava
suada em seus braços,
Moveu suas mãos para senti-lo mais um pouco, queria-o de
volta,
Ele entendeu o recado, ainda modorro, estava disposto a ser
dela por inteiro,
Ela acomodou-se sorrindo em seus sonhos, dormira segura do
que sentia,
Era como se seus corpos tivessem vida própria, procuravam-se
obstinados,
Um alívio ganhava suas almas atuando de forma generosa sobre
suas carícias,
Eles deixavam para trás, alguns desentendimentos de
discórdia forçada,
Um beijo da pessoa que se ama é capaz de qualquer coisa!
Amavam-se, sem se ater aos erros, pois a estes pertencem a
matança,
Dessa vez, deixavam que suas almas percorressem o caminho do
amor,
Esquecessem tudo o mais até encontrarem o que estavam
procurando,
Mais que a satisfação dos seus desejos, o contento de duas
vidas unidas...
Ele acordara pela terceira vez, e ela ainda estava lá, da
mesma forma,
Abriu os olhos lento, acariciou seu rosto, sem resistir buscou
sua boca,
O amanhecer a trouxe de volta pela segunda vez, estava em
suas carícias,
Ele sorria com ela nos braços como se tudo de mais
importante estivesse ali,
Ela respondia com a mesma intensidade correspondia ao que
ele sentia,
Seus olhos piscavam tentando aclarar a visão, aquilo tudo só
podia ser sonho,
Mas as mãos que acariciavam seus seios cheinhos, garantiam que não sonhava,
O que tinham feito da mulher que chorava sozinha pelos
cantos?
Dela, não queria nem ao menos notícias, esta era amada,
feliz e acolhida,
Seu corpo encolhia-se cabendo dentro dele, na segurança do
seu abraço,
Tentou se jogar sobre o seu corpo, mas tudo que conseguiu
foi apertá-lo,
Remexendo-se nele, para cair de volta, nunca ficar imóvel foi
tão bom!