Sucedeu que vendo o povo batalhar pela vida,
Com suas lágrimas a regar a terra árida,
Deus auxiliou na travessia do rio Jordão,
Como um sopro de esperança,
A lhes tocar o coração,
E recordar a promessa de aliança,
Em que o povo viveria em amor,
E teria Deus como protetor,
Por isso escolheu doze homens daquela raça humana,
Que, quando colocaram os pés na água,
Viram a correnteza ser represada e formar uma muralha,
O número condizente com o tamanho de um coração adulto,
Fez terra seca nas águas que desciam para o Mar Salgado,
Mar, cujas águas são tão salgadas quanto lágrimas,
E por isso sofre de escassez de vida.
Então, para guardar na escritura sagrada
E na lembrança de todas as pessoas,
Que o coração é como uma estrela
A iluminar nossos passos pela terra,
Doze pedras foram postas pelos sacerdotes,
No meio do rio, onde ficaram parados,
E lá permanecem até hoje,
Para recordar que o poder de Deus é sagrado,
Ao terminarem a travessia, a água voltou para o seu
lugar,
Porém ali, a cidade era protegida por muros,
E as pessoas condenaram o povo ao pó do deserto,
Negando-lhes o direito à vida,
Então, com facas de pedra e espadas empunhadas,
Ao som da trombeta e do grito pela vida,
O exército do Senhor marchou ao redor da muralha,
E com a ajuda de um espião
Em sete dias condenou a muralha ao chão,
Extinguindo toda a vida humana do lugar,
E por fim, queimaram a cidade inteira,
Salvando apenas a prata, o bronze e o ouro,
Para construir um tesouro ao Senhor,
Por valorizarem a força do seu amor.