Sabor Ácido da Traição

Eu te amava com todo o amor do mundo,

Mas você traiu meu sentimento,

E ainda chegou em casa sujo,

Mesmo após seu banho,

Ainda senti o cheiro, o gosto dela,

E isto ficará para sempre entre nós,

Me condenou a prová-la,

Amargou o doce dos seus lábios,

Rasgou nossos sonhos,

Assim que vi vocês dois juntos,

Não sei se houve amor,

Mas percebi que não te sustentou,

Porque era vazio o sentimento

Que naquele instante te consumiu,

Então voltou e me abraçou,

Só faltou fazer juras de amor,

Alegou que se sentia violado

E me pediu que suprimisse

A lacuna para a qual você se entregou,

Em lágrimas me pediu que perdoasse,

Nem com mil voltas ao passado,

Poderia recuperar o que foi quebrado,

Senti meu coração apertar a garganta,

E naquela hora só tive o calor das minhas lágrimas,

Que deslizou por minha pele feito ácido,

Consumindo meu corpo e definhando meu cérebro,

Confesso que vi tudo com meus próprios olhos,

E te juro preferiria tê-los arrancado,

Minhas lágrimas molhadas em sua traição,

Consumiu em ácido meu coração,

Foi como provar o gosto da morte,

Sentir meus olhos acobrear-se na cor sangue,

Percebi apenas que não nasci para matar,

Porque o inferno terá que esperar,

Meu Deus, o nunca mais,

Ainda parece pouco demais.

Traidor

Cai a chuva na cidade

E lágrimas molham minha face,

És tão triste a realidade,

Que estilhaça meu coração em mil partes,

Eu amei com tanta intensidade

Mas não pude contar com a sorte,

Me traístes de forma tão sórdida,

Que me vejo agora sem saída,

Pelo menos confessou a traição,

Mas a dor apenas ameniza o coração,

Não vi nada nela que eu não tivesse de melhor,

Foi, também, o que ele me alegou impiedoso,

Talvez fosse o dinheiro,

Ou a idade de menina,

A inocência do primeiro beijo,

Porque o mais eu tinha,

Então, não se tratava de corpo ou alma,

Mas preferiu se perder nos braços de outra,

Preferiu o mistério que acobertava a aventura,

Mentiu para mim,

Sinto que não consigo restaurar a confiança,

Porque agiu assim?

Pensas que agora poderá recuperar?

Me feristes a alma,

Foi como se ferisse a pele,

Com um punhal ruiu minha vida,

Senti como se bebesse meu sangue,

Talvez eu lhe tenha dado uma importância que não merecia,

Mas lhe dediquei minha vida,

Agora chora e diz que me ama,

Acho que não supri sua carência,

De amor e respeito por si mesmo,

Se apegou ao falso,
E me perdeu por um segundo de aventura,

Tudo bem a vida continua,

Deixe apenas a saudade e a nossa música que cantou com ela,

Porque seu coração não soube me amar,

Nada mais lhe peço além de sua ausência,

Acabou até que o tempo possa nos perdoar,

Desculpa é que doeu muito,

Eu preciso me respeitar,

Não mereço aceitar seu desvalor.

A Carta

Esta não é mais uma carta escrita

Para servir de alimento as chamas

De um fogo que nem ao menos aproveitará suas palavras,

Por isso escolherei bem como declarar minha alma

E apresentar o amor que sinto sem medidas,

Fazendo de mim seu admirador,

Escravo de sonhos apaixonados,

Prisioneiro em seus encantos,

Sei que é de pouca importância ao fogo

As palavras das quais se alimenta,

Mas sendo você minha estrela querida,

Luz que ilumina minha vida,

É crucial que eu consiga alcançá-la

E quem sabe tocá-la ao apresentar um amor,

Tão único quanto à última astronave,

Com destino ao paraíso,

E para mostrar que as palavras tem poder,

Vou expor em poucas linhas todo o amor do mundo,

Peço apenas que deixe esta carta lhe fazer sonhar,

E me conceda a oportunidade de lhe fazer voar,

Apenas eu e você

Na imensidão do azul celeste,

Farei do meu coração seu abrigo,

Com toda a emoção, eu lhe prometo,

Para todo o sempre, ser seu melhor amigo,

Um companheiro com quem possa dividir seus sonhos,

Um alguém que sempre estará ao seu lado por inteiro,

Disposto a enfrentar qualquer perigo,

Pelo fascínio do seu sorriso,

Por acreditar em seus valores,

Que me dão força para viver,

Por valorar o caminho que construiu

De um jeito único e digno,

Que principia para um novo tempo,

Em que valores antigos como o amor,

Sejam reconstruídos,

E por isso me esforçarei com toda a alma,

Para fazê-la profundamente amada,

Pois não haverá honra maior

Do que ter a oportunidade de te descobrir,

E apresentar-lhe todo o meu amor,

Mantendo-a segura em meu sentir,

Confesso que me senti inseguro,

Então olhei minha imagem no espelho

E com um gesto impensado,

Encostei os lábios em sua superfície

Em formato de beijo,

Senti como se acariciasse sua face,

Assim recostei a cabeça e o nariz,

Procurando alguma diretriz,

Então meu hálito quente cobriu o desenho,

E quando lentamente se dissipou,

Seu vapor se esvaiu formando corações,

Em cada local em que encostei,

Então retornei a carta escrita com afeição,

E lhe enderecei com o beijo que sonhei.

Antecipar o Paraíso

São quatro horas da manhã,

Ai de mim que ante sua ausência,

Contemplo as horas arrastarem-se tristes,

Quem dera se até mesmo o dia fosse noite,

Assim me abraçaria a solidão,

Que aperta o coração,

E pede por sua volta,

Pede que ao menos por um minuto,

Por favor entenda,

Que mesmo todos os seus beijos,

Seriam pouco para o quanto te amo,

Então lhe pediria apenas mais um segundo,

Pois assim ultrapassaríamos o eterno,

Mas me parece que ainda seria pouco,

Diante do paraíso que encontro em você,

Sentimento este difícil de descrever,

Talvez seja porque eu prefira viver

O inexplicável que há em você,

Há uma lágrima de distância,

Talvez você não escute minha voz,

Mas possa ouvir o eco dela,

E assim entender meu sentimento,

Até que todas as palavras se calem,

E reste apenas nós até o amanhecer,

Para que aquela que se apressou a ir embora,

Não tenha pressa de acabar

O amor de mil e uma noites

Destinado ao para todo o sempre,

E as horas que agora se apresentam más,

Apenas possam consumir nossas forças,

Para que adormeças em meu corpo,

E o dia possa me encontrar acordado,

Cuidando de você,
Com todo o amor do mundo,

Até que você acorde,

E me olhe com seus lindos olhos iluminados,

E me dê aquele seu beijo doce e demorado,

Então continuaríamos a partir de onde paramos,

Até que se possa antecipar o paraíso,

Por um segundo além do eterno.

Estrela Iluminada

Dois homens com personalidade forte,

Duas famílias discutindo seus valores,

Ao seguir as rédeas de seu coração,

Sangue civil mancham as mãos,

Quis o destino trair o amor,

Ao colocá-la nas mãos de um sujeito atroz,

Desde menina ele a amava,

A via como uma estrela iluminada,

Mas não imaginava que fosse se apaixonar,

Por um sujeito indisposto a amar,

O tempo passou mantendo calado seu sentimento,

E quando chegou o momento inesperado

Lágrimas mancharam o convite de casamento,

Mas o sofrimento calou sua voz,

E nada fez para impedir a união,

Que se cristalizou sem paixão,

Seu desventurado gesto,

Trouxe um gosto amargo,

Pois ao vê-la maltratada no âmbito conjugal

O sangue tomou seu olhar,

Fazendo-o descrer da alegria de viver,

Pois cada vez que o sol caia no horizonte,

Lágrimas cobriam-lhe a face,

Tristes por mais uma noite insone,

A qual passaria longe do seu bem-querer,

Sentenciando seu amor a deslealdade

De ser condenado a morte

Sem nunca ter tido a chance

De ser confessado,

Tão puro quanto imaculado,

Porém, um dia a viu sair ao jardim,

Triste a afagar-se com um jasmim,

Entregando suas pétalas ao vento,

Como se assim se desprendesse de seu martírio,

Com suas lágrimas acalorando o sereno,

E seus profundos suspiros acrescentando nuvens ao firmamento,

Talvez fosse aos seus olhos apaixonados,

Mas diante dela nem o luar mais parecia gelado,

Porém cada vez que o sol que a tudo alegra,

Ameaçava nascer no horizonte,

Descobrindo o leito da aurora,

Ambos silenciosos fugiam da luminosidade,

E aprisionavam-se sozinhos em seus quartos,

Fechados em si mesmos

Apegados a uma noite artificial,

Privando-se de suas vidas,

Com o passar do tempo,

Ele decidiu se aproximar

E confessar seu amor,

Pedindo-lhe uma chance de amá-la,

De afastar seus medos

E aconchega-la no calor do seu peito,

Assim desenvolveu-se o romance

Dos dois jovens amantes,

Dois rebeldes apaixonados,

Dois rejeitantes ao sofrimento,

Decididos a enfrentar o desdém da sociedade

E a truculência do cônjuge pungente,

Porém a fúria aqueceu suas veias,

Ao deparar-se com o sujeito que a desprezava,

Que indiferente ao amor do casal,

Quis sentenciá-los a tortura

De matá-la com a arma que empunhava,

Covardemente, apenas quis quebrar sua paz,

E condená-lo a uma vida vazia,

Negando-o ao amor que ele mesmo descria,

Então ele pegou sua lâmina e brandiu-a no ar,

Ferindo-o de morte com um golpe fatal,

Deixando suas mãos ensanguentadas

Em nome do amor com que protegia sua amada.

Felicidade

Feito um recorte da página de um livro,

Acordei e vi seu sorriso,

Sorri diante da lembrança

Que abraçou meu corpo feito uma carícia,

Me fazendo estremecer,

Diante da vontade de te ver,

Eu preciso amar você,

Nem parece que nos vimos ontem,

E nos amamos por longas horas,

Que em seu corpo pareceram segundos,

Não resisto à urgência,

De saciar minha sede do doce dos seus beijos,

Não aguento esta distância,

Que me separa do seu amor,

Porque nada mais importa,

Quando meu corpo anseia por seu retorno,

Desejando desesperado ouvir sua fala metálica aveludada

Carinhosa em promessas sussurradas ao ouvido,

Falando sobre a chama que ascende para a vida,

Dos presságios sobre alcançar o eterno,

Enquanto me entregava o paraíso

Entre os seus afagos e beijos,

Eu quero te ver,

Para construirmos juntos

Um amor destinado ao para sempre,

Que feito uma estrela no infinito,

Me faz te desejar em minha vida,

Para elucidar meu caminho

E, alcançar a felicidade prometida,

Na doçura dos seus carinhos,

Pensando bem,

Você é luz em minha alma,

Logo, vou agora te ver,

Porque não tenho forças para suportar sua ausência,

Vou derramar meu amor a você,

Falar das promessas do para sempre,

Então peguei minha moto e pilotei pela cidade,

Com destino a felicidade.

Te Conquistar

O sol acordou lá fora,

Reavivando suas palavras em minha memória,

Elucidando os momentos que vivemos,

Mantendo você aqui dentro do meu peito,

Regulando cada pulsação,

Pela lembrança dos seus beijos,

Coordenando meu coração,

Pela vontade de te acomodar no calor dos meus braços,

Esta saudade que me abraça,

Aquece e acolhe a alma,

Uma fagulha do amor que tenho para te entregar,

Uma chama que impulsiona minha vida,

Será que minha saudade não poderia chegar até você

Para recordar-te sobre nossas promessas do para sempre,

Fecho meus olhos e sinto você aqui,

Estremeço ante a lembrança de te sentir,

Eu preciso te ver

Provar ao menos mais uma vez o gosto da sua pele,

Sem medos ou segredos,

Sonhar em seus lábios pelo tempo do infinito,

Te acomodar em meu corpo,

Apenas até que alcancemos o paraíso,

Seria pedir demais se ainda desejasse um segundo a mais,

Emudecidos pelo calor do nosso amor,

Entregues a sentidos ainda despertos,

Tão intensos quanto o suor que percorre a pele,

Aproveitar sensações até então desconhecidas

E com o sentimento da primeira vez

Provar o amor destinado a mil e uma vidas,

Porque se o para sempre lhe assusta

Tenho mais de mil formas para lhe falar,

Sobre o imenso amor que guardo para te dar,

Que se escuda em carinho e confiança,

Suficiente para moldar uma aliança

Com o aço do para sempre

E mesmo depois de chegarmos ao altar,

Garantir-lhe um caminho de flores,

A tardinha chegou no horizonte,

O infinito se coloriu no céu poente,

E quando a noite me alcançou

Eu ainda não tinha o meu amor,

Não consigo entender esta saudade

Corpórea o suficiente para acariciar minha face,

Mas insuficiente para te alcançar?

Ou será que por orgulho ou vaidade se omitiu de me procurar

Amor se ainda acredita no para sempre,

Ouça o sentimento que grita em minha voz,

Não condene ao passado um amor de verdade,

Sou um ser humano e preciso ser amado,

Mas amor é algo que só encontrei ao seu lado,

Forte o suficiente para pedir uma oportunidade para nós dois,

Porque, amor se o para sempre lhe incomoda,

Tenho outras mil e uma formas para te conquistar.