Mesmo para quem observa de longe,
O amor é grande,
Pois esteja entre a multidão, resplandece,
Estando sozinho, não desaparece,
Chego a observar as estrelas cair do céu,
De mãos juntas com um pedido a Deus,
-Querido, amor, seja meu,
Seu olhar brilhante foi guia meu,
Mesmo sem conhece-lo,
Acredite amor no que falo,
O procurava; ter outro alguém não bastava,
Desenhei os traços seus,
Desde os mais singelos até os elaborados,
Veja-se em minha fala,
Sinta-se em meus atos,
Querido amor não haveria outro,
Tivesse de antemão a certeza de que o veria,
De que, da forma como estava em meus sonhos,
Estaria, algum dia em meu destino!
Em noite de lua o procurava,
Em noite fria seu olhar me surgia,
Diria você meu amor: querida meus olhos são escuros,
Se a noite era de lua como me veria?
Ora, querido amor, em noite escura mergulhei noite e dia,
De forma clara e serena o responderia,
Seja a noite escura ou branda um sonho me surgia,
A passos mansos, ora apressados,
Eu partia, sempre em busca de algo,
Não porque o que tinha não bastava,
Mas porque, em meu peito outro me surgia!
Veja amor, se contemple em meus versos,
Procure por entre as falas dos meus amigos,
Quando qualquer deles lhes diz algo,
Que nome lhe vem ao pensamento?
Ora querido amor, não sejas tolo,
Seu rosto é desenhado até por desconhecidos!
Me sentisse perdida ou até vazia,
De ti nunca esqueci um único dia!
Então, diga-me querido amor,
Estando agora juntos não foi porque parti ao seu encontro?