domingo, 3 de agosto de 2025

Rainha Vermelha

Em fuga
Eu rezei para que
A ponte do castelo
Estivesse baixada
Conforme eu pedi a Rolinton,
Eu precisa não ser pego.
Nono na sucessão ao trono,
Recebi a informação de que
A sala do trono estaria vazia,
Logo, pedi pão a vovó Rainha,
Ela me cedeu,
Fui a cozinha buscar,
Levei com está fatia
Uma faca,
E com ela destranquei a sala.
Lá, roubei a primeira joia
Que encontrei,
Não me preocupei se era a coroa
Ou o que vinha a ser,
Logo que entrei na sala
Reluzente em amarelo,
Imaginei que seria tudo,
Menos merda,
Embora vovó em seus tempos
Se ócio gostasse
De receber visitas,
Contudo, apesar de todos
Os meus esforços,
Eu nunca foram chamado
Para aquele determinado local.
Amaldiçoo os que entraram,
Ali só fui recebido
Mediante o comparecimento
De toda a família,
Do primeiro ao nono príncipe,
Todos enfileirados
Para ouvi-la falar,
Sentada ao trono,
Que, em evidências mais óbvias
Era esculpido do ouro,
Embebido a pedras preciosas,
Adornado por tudo que houvesse
De valor,
Até mesmo os nomes dos
Sucessores numa bandeja
Ao lado do magnificente.
Bem, dentro da sala de ouro,
Eu esqueci todo o resto,
Quando vislumbrei o enorme
Trono, de espaldar grande,
E quatro pernas,
Uma cadeira normal,
Contudo de pedrarias.
Corri para ele,
Tentei arranca-lo,
Mas parecia grudado,
Tentei retirar algumas
De suas pedras,
Mas, só consegui quebrar
A faca e deixar uns dentes,
Depois ao quebrar a mão,
Optei por pegar um baú
Que estava solto
Logo atrás dele,
E corri.
Corri muito.
Estava mais que
Com a cabeça a prêmio,
Mas, também com meus
Direitos de sucessor em jogo.
Provável rei,
Após a queda de oito,
Eu não poria minhas chances
No lixo por nada.
Fora da sala,
Recordei dos nomes
Sobre aquela bandeja,
Me veio logo o sorriso
De vovó Rainha,
Sem dentes,
Cabelos brancos,
Rosto coberto de rugas
Devido a idade avançada.
Abri a porta que já estava
Puxando para fecha-la
E corri até aquela bandeja,
Risquei o nome de Adriane,
Também, o de Paula,
E fui tomado por um ímpeto de coragem:
Deixei apenas três –
Enrique, Ariane, e Cleiton.
Agora eu era o quarto,
Ok.
Estava tudo melhorando
Bastante.
Risquei de maneira
Que jamais alguém
Poderia ler
O que havia anteriormente
Escrito.
E eu jamais seria testemunha
Contra eu próprio,
Então, o caminho estava a salvo.
Corri, fechei a porta.
Dentro do amplo corredor,
Busquei a porta de saída,
Estava trancada,
Eu não poderia bater
Para que fosse aberta,
Então, busquei minha faca
E lembrei de tê-la quebrado
E abandonado ela
Ao lado do trono.
De maneira estratégica
No estofado de pele
Para que vovó Rainha
Se sentasse sobre ela
E nunca imaginasse
Que foi trabalho de um adulto.
Agora, sem a faca,
Já que quebrou-se toda,
Eu deveria achar outra saída,
Estava com o baú de mão
Em meu poderio,
Tinha dinheiro em propriedade,
Não poderia desistir,
Fui até a janela,
Sem recordar muito
O que havia embaixo
E pulei.
Me larguei de lá
Para o pátio,
Cai sobre arbustos,
Destruí o jardim de vovó Rainha,
Sobre escoriações
Devido aos galhos
E penso que fraturei
Uma perna.
Mesmo assim,
Me levantei e fugi,
No caminho,
Lembrei de Sabine
Docemente a espera
De ser amada em seu quarto,
Sem avisá-la
Sobre minhas intenções
Fui até lá.
Subi pelas janelas,
Vi que o baú de mãos
Estava pesado
E o soltei para o lado
Sobre um dos arbustos,
Então,
Escalei uma,
Escalei a outra
E depois a terceira.
Ela estava na terceira,
Em seu quarto,
Rasguei a cortina
Antes de ela me ver,
Fiz dela uma espécie de touca,
E entrei,
Fingi que era seu esposo.
- Oi amor,
Sou eu Normaro.
No corpo de Sabine
Eu perdi a contagem do tempo,
Quando saí de lá,
Ao descer as janelas
Resvalei na terceira
E cai.
Normaro me pegou
No quintal,
Ainda descendo das janelas,
Normaro me bateu tanto,
Que minha touca sobre o rosto
Ficou irreconhecível de sangue.
Ao ser jogado no rio,
Rolinton me encontrou de barco,
Soube das minhas dores,
E correu para buscar o baú
De mão,
Encontrando o trouxe,
Voltou ao barco
E me acolheu daquela água
Ensanguentada
E fria.
Eu tremia,
E soluçava minhas dores.
Logo ele iniciou a remar,
Levou o barco para o meio
Do rio
E desceu água a baixo.
- por quê não cruzamos a ponte?
Indaguei,
Recostado na beirada
Do barco.
- você está muito ferido,
E não pode andar.
- mas, por quê você não
Me carrega?
Eu sou o príncipe.
- o quê? A que preço?
- a preço pequeno!
- quanto exatamente?
A custo me virei de costas,
Escondi o baú de mão
E verifiquei o que tinha:
Fiquei estarrecido,
Havia ali somente jóias
Que eu já havia levado
Anteriormente e troquei
Por falsas.
- vovó Rainha nos enganou.
Eu disse.
- o quê?
Rolinton gritou
E bateu o remo
Contra o lado do barco.
- não destrua isso
Ou afundaremos.
Estamos com pouco
Dinheiro, apenas isso.
- não entendi.
Ele insistiu.
- olha, a cópia de joias
De valor ainda são
Réplicas perfeitas
Àquelas pertencentes a coroa.
- claro, terei uma réplica perfeita.
Rolinton falou
Concordando
E seguiu remando para longe.
Passamos por três cidades,
Eu não faço ideia
Por quais eram,
Nunca decorei nomes
Ou me importei com territórios,
Mas, precisava fugir:
*Para gastar o valor das réplicas;
*Para ser esquecido do quarto de Sabine;
*Para que o esposo dela
Me esqueça mais que ela.

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