quinta-feira, 26 de junho de 2025

Se Eu Soubesse...

Se eu soubesse
Que seria o último abraço,
Que depois disso,
Eu não teria mais teu carinho,
Eu teria ficado mais tempo.
Se eu soubesse
Que depois de dizer adeus,
Nos restariam apenas lembranças,
Que não contaria com sua presença,
Eu teria aproveitado sua companhia.
Se eu soubesse
Que mesmo as lembranças
Não bastariam para eu ser feliz,
Eu teria aproveitado você,
Ouvido suas histórias,
Tentado sorrir.
Se eu soubesse
Que mesmo tentando reatar,
Não teria como voltar atrás,
Que mesmo que eu viesse a falar,
Você nem iria querer ouvir,
Eu teria evitado o ponto final.
Se eu soubesse
Que você seguiria em frente,
Que eu lhe seria indiferente,
Eu teria tentado fazer diferente,
Ser melhor que antes.
Se eu soubesse
Que tanto tempo sem você
Seria o nosso futuro,
Eu teria te abraçado
Até todos os próximos anos.
Se eu soubesse
Que sem você
Eu acreditaria no primeiro idiota
Que aparecesse
E diante dele apenas me magoaria,
Eu teria evitado que você fosse.
Se eu soubesse
Que você era desde o início
O melhor pra mim,
Eu evitaria o nosso fim,
Não haveria outro senão você.
Se eu soubesse
Tudo que meus olhos veriam,
E meus ouvidos
Seriam capazes de ouvir,
Eu teria fechado os olhos
Para todo o mundo,
E me guiado apenas para o seu rosto,
Sua voz,
A doçura de seus atos,
Eu não confiaria em outro.
Se eu tivesse
Reconhecido meu valor
Desde o início,
Eu me confiaria apenas a você,
Em nenhum instante após
Eu teria tentado ser de outro.
Eu estaria pra sempre
Em seu abraço,
Não creria em miragens,
Não desistiria de nós.

Profissão Estuprador

No bairro Efapi,
Da cidade de Chapecó,
A prefeitura decidiu inovar,
Acrescentou a rua asfaltada
Um perímetro para uso pessoal
Em que os moradores utilizariam
Para fazer caminhada
E corridas.
Esta pista,
Em certos horários do dia
Ficava lotada de pessoas
Com vista a fazer exercícios físicos.
No entanto,
As avessas do costume,
Benaodoe estacionava
Seu carro neste local,
E o usava para tomar um refrigerante
Ou cervejas.
As dezessete horas
Muitas adolescentes passavam
Por este local,
Não tardou,
Ele chamou uma moça
Para um refrigerante,
Ela aceitou.
Entrou no carro,
E eles conversaram um pouco,
Então, ele lhe passou uma cantada:
- Oi, sou Benaodoe e você?
Ele indagou.
-Lourenta.
Ela respondeu.
Ele pegou seu braço,
E puxou para sobre sua perna.
- como sua pele é bonita
E sedosa.
Ela apertou a perna dele
Com carinho,
Não soube porquê,
Mas quanto mais tomou
O refrigerante
Mais se animava em estar próxima
De Benaodoe.
- obrigada.
Seus olhos castanhos
São crepitar feito o sol.
Ela respondeu.
Se referindo ao olhar
Seguro e dominante
Que ele mantinha
Sem desviar dos olhos dela.
- gostaria de ficar mais a vontade,
Apenas para conversar
Aqui passa muita gente...
E você é tão moça.
Ele disse.
- certo, quero sim.
- então, você pega
O resto do refrigerante
E sai do carro bebendo
Depois eu te alcanço
Suas quadras ali
Para baixo, ok?
Ele respondeu.
 - sim. Está certo.
Ela respondeu.
Mesmo não conhecendo
Bem o local,
Já que usavam apenas a pista,
Ela pegou o refrigerante e saiu.
Se dirigiu para duas quadras
Na direção de onde ele
Apontou o dedo.
Algumas pessoas
Estavam cuidando ambos,
Do local da praça pública
Onde havia bancos,
Alguns brinquedos espalhados
E árvores.
Mas, como eles não passaram
Tanto tempo juntos,
O mais passou despercebido.
Benaodoe ligou o carro
E tomou direção contrária
Aquela em que Lorenta tomou.
Chegando três quadras
Acima da praça
Ele se dirigiu para o lado
Esquerdo,
Seguiu três quadras,
E depois desceu rumo
A rua em que Lourenta
Estaria.
Não tardou,
A encontrou parada
Sobre a calçada,
Olhando a rua
E batendo o pé de ansiedade
Devido a demora.
Chegou a achar que ele não viria,
Contudo, logo ele estacionou
Bem na sua frente.
- entra, linda Lourenta.
Ele abriu a porta
Do carro por dentro.
- não tardou para decorar
Meu nome, hein?
Indagou pegando
Na maçaneta da porta
Para abrir.
Ao abrir entrou,
Ele dobrou a direita,
Cinco quadras,
Depois desceu seis,
Dobrou uma e chegou
Perto de um muro alto
De uma casa baixa.
O muro era feito de pedras grandes,
Tinha uns cinco metros.
- que legal. Está é a sua casa?
Ela indagou.
Com o celular em mãos
Tirou uma fotografia
No mesmo instante
E enviou para as amigas
Contando porque não retornaria
Para casa com elas,
Conforme tinham combinado
E onde estava para que não se preocupassem.
Tudo foi rápido, demais.
Ele arrancou o celular
De suas mãos
E pegou no seu pescoço
No mesmo instante.
A sufocou.
Enquanto ela sufocava
Ele se levantou
E veio na sua direção
Lhe colocando o pênis
Na boca
E obrigando-a a foder
Seu pênis .
Ela babava,
E sufocava,
Chupava e gemia de dor,
Depois, seus olhos foram
Fechando-se.
Não tardou
E não abriram mais.
Depois disso,
Ele tirou sua roupa
E fez sexo com ela
Por muitas horas.
Ela não teve tempo
De pedir socorro,
Ou demonstrar medo.
No entanto,
Entre suas amigas
Elas tinham o costume
De quando uma se desviava
Para conhecer alguém
Estranho a elas,
Elas mantinham o celular
Ligado no grupo
Para as demais
Que não estariam
Apenas para mostrar
Como ocorreu o encontro
E analisar se o relacionamento
Merecia se tornar longínquo
Ou se seria melhor terminar
E nem insistir.
Nisto, depois
Que chegava ao local
Escolhido para o encontro
Era enviado uma fotografia
Para o grupo do lugar,
Instante em que as amigas
Formulavam opiniões
E interagiam após
Tudo ter ocorrido.
Nenhuma se importava
Em interferir de maneira
Tão profunda na intimidade
Da outra,
Elas tinham entre doze
E quatorze anos.
Tomavam atitudes
Por si próprias,
E tinham independência
Em suas ações.
No entanto,
Não relatavam nada disso
Aos pais.
Porém, passou três horas
E Lourenta não voltou.
Elas tentaram conversar com ela
Para lhes chamar a atenção
E ninguém respondeu.
Todavia,
Usaram o GPS
E o aplicativo permitiu
Fazer a busca até o local
Onde o aparelho estava.
Chegando ali,
Elas se depararam com um muro
E mais nada.
Porém, desligaram a chamada
E voltaram a ligar,
E o telefone parecia falar
De dentro do muro.
Elas chegaram em frente a residência
Que tinha apenas uma grade
E podiam ouvir o telefone
Falando de dentro da terra.
Nada teria sido estranho.
Lhes pareceu óbvio
Que o estranho com quem
Laurente saiu
A enterrou no gramado,
Por tanto, ela estaria morta.
No outro dia,
Convenceram um grupo
De amigas diferentes a fazer
O percurso que fizeram
E uma delas
Levou bebida com droga
Para que ele bebesse
E elas pudessem encontrar
Ao menos o corpo da amiga.
Tudo ocorreu certo,
Ele não desconfiou de nada,
Foi mais livre
E logo a conduziu
Da mesma forma que fez
Anteriormente para lá.
Chegado lá,
Da mesma maneira
Ele se agarrou ao pescoço
Da garota,
Diferente de Lourenta,
Dirseli se desviou dele,
Lhe desferiu um soco
No rosto,
Abriu a porta e saiu
Para fora do carro.
- eu odiaria que minhas
Amigas chegassem agora.
Ela falou alto,
Sôfrega e amedrontada.
Era o código para as garotas
Correrem e interferirem
Para ajudar.
Logo chegaram dez garotas,
E ela gritou o que ele fez,
O apontando para elas.
Então, todas bateram nele,
Jogaram contra o carro,
Com chutes e socos.
Depois, o pegaram pelo pescoço
E jogaram contra o muro,
Fazendo ela sangrar,
Não tardou
E algumas pedras se moveram
Do muro,
E depois de elas caírem
Saiu de lá uma bandeja
Grande de alumínio
Contendo um corpo
De uma garota entrando
Em decomposição.
As meninas gritaram de medo,
E bateram de maneira
Ainda mais violenta
Contra ele,
Até que ele puxou todas as pedras de lá,
E se deparam com uma espécie
De porão contendo bandejas
Com mulheres mortas e estupradas
Por ele,
Acima das bandejas
Havia um piso cimentado
E sobre o piso um metro de terra,
Onde levaria até a casa dele,
Do lado de dentro do terreno.
Foi aterrorizante
Encontrar tantas garotas mortas
E tão poucas haviam
Sido consideradas perdidas.
Então, Jucenta pegou
Uma pedra e bateu contra
A cabeça dele,
Deixando ele caído no chão,
Sangrando,
Buscou seus documentos
Dentro do carro
E descobriu que ele era
Policial.
Então, quando queria
Se livrar de algum corpo
Ele tinha o ofício para acudi-lo.
Por medo,
Elas pegaram apenas
 Amiga delas para levar
Aos pais
E lhes dar um local
No cemitério.
No restante,
Retiraram gasolina
Do próprio carro dele,
O prenderam em duas
Das formas enormes,
O colocaram dentro
Do muro de formas,
Puseram gasolina em todas,
E atearam fogo.
Não o ouviram gritar,
Nem teriam ouvido
Os gritos que os pais
De Laurenta deram
Ao receber a moça morta,
Jamais aquele homem
Sentiria tamanha dor
Ou saberia o que é sentir
Isto por alguém.
No velório,
A polícia interceptou
O carro do policial
Com as garotas,
Indagou quem o roubou
E o que fizeram dele?
Informaram que ele
Era honesto,
Que o queriam,
Exigiram seu paradeiro...
Nayane assumiu ter
Encontrado o carro
E o levado por engano,
Mesmo tendo dezesseis anos
Ela foi presa de imediato.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Criminoso em Potencial

Oneides acostumou-se
Ao horário de trabalho,
Era novo na cidade,
Se adaptou fácil ao bairro,
Após um quilômetro
Ele alcançava o ônibus,
Depois disso seguia até
A região do centro
Onde trabalhava
Numa loja movimentada.
O salário era bom,
Ele teve dificuldade
Em encontrar outro trabalho,
O salário era baixo,
Não lhe permitia
Residir num dos prédios
Do centro,
Exceto se dividisse o aluguel.
Morar com mais de uma pessoa
Não era lhe era interessante,
Os jovens possuem gostos diferentes,
E os costumes atrapalham
A convivência.
Optou por morar distante,
No entanto, sozinho.
Teve ajuda dos pais
Para comprar os móveis,
Os que precisou pagar,
Fez em suaves parcelas,
Na loja mesmo onde trabalhava,
Isto facilitou aumento
Em seu salário,
Pois ganhava o fixo,
Mais comissão por venda feita.
Todo dia, de segunda
A sábado fazia o mesmo trecho
Nos mesmos horários,
Contudo, ao voltar noite,
(8:30h);
Notou a presença
De um homem diferente,
E isto se alguma forma
Não passou despercebido.
Ele sentiu medo,
A rua era pouco iluminada,
Com exceção de uma prima
Distante,
Não conhecia ninguém
Ali no lugar.
Exceto aquele homem estranho,
O que houve de incomum
Ocorreu na manhã do mesmo dia:
Uma viatura policial
Contendo dois milicos
Passou por ele,
E lhe representou que um deles
Jogou o braço pra fora
Da janela
Instante em que tocou
Na sua nádega.
Ele deu um pulo
Para o lado,
Estava em frente a muitas casas,
Não notou se alguém viu,
Apenas olhou assustado
Para a viatura
E pode ver a velocidade aumentar,
E ela virar a esquina.
O caminho até o transporte
Público era composto
Por uma quadra de casas,
E uma estrada um pouco deserta,
De um lado haviam moradores
E até três empresas,
No outro lado apenas árvores.
Lá lhe pareceu perigoso,
Mas, nada o assustou mais
Que os policiais terem lhe
Feito isto.
Atentar seu pudor,
Ofender sua dignidade masculina,
Nem lhe importou se fossem
Homens ou mulheres,
Isto é mais que errado,
É violência!
Transcorrido o dia de trabalho,
Agora surgia um Palio vermelho,
Dirigido por um homem
De sorriso estranho
Em direção a ele.
Isto o assustou muito.
Três dias depois,
No mesmo horário noturno,
O homem chegou até ele
No carro vermelho,
Parou de frente a ele,
E abriu a porta com força
Contra suas pernas
Para lhe deter a caminhada.
Ele gritou de dor,
Sentiu sangrar a perna
Mas não notou que o motorista
Estaria armado
Com uma faca,
Ou algum objeto cortante,
Porque ele foi mais rápido
E assustador,
Puxou a touca que usava
Para sobre o rosto,
Fechou todo o zíper do casaco
Grosso e saiu para fora
Dizendo:
- entre, vamos dar uma volta!
Ele se sentiu muito assustado,
Sem pensar duas vezes
Correu desesperado
Por está parte do trajeto,
Neste instante,
Pessoas das casas próximas
Saíram para fora de suas residências
E impediram a ocorrência do crime.
No entanto,
Ele decidiu chamar a polícia,
Ligou para o número de emergência,
Contou o ocorrido.
Foi informado que se o indivíduo
Havia fugido
Eles não teriam nada a fazer
A respeito,
Que era aconselhável
Ele se cuidar e pronto.
Sem maiores evidências
Ou meio de agir
Ele se deslocou até sua casa,
Sentindo medo
E dor.
A perna sangrava sobre a calça
Jeans amarela.
Neste instante,
Ao virar a esquina movimentada
De seu bairro
A viatura da manhã retrógrada
Chegou até ele.
O motorista colocou
O braço para fora da janela
De volta,
No entanto, na última vez,
Não foi no lado do motorista
Que houve a ação.
Contudo, isto,
Neste instante
Não alterava os fatos.
A polícia o queria violentar
Sexualmente,
De maneira tão sórdida
Que foram capazes de usar
Um criminoso conhecido
Local atrás dele,
Ele não teria como fugir,
Além de que,
O tal homem que o esfaqueou
Poderia, ser mais que
Um designado para a tarefa,
Poderia ser o próprio policial.
Oneides não era burro,
Estendeu a mão para o policial
E o cumprimentou:
- e aí?
Sou Oneides.
Ele disse
Forçando um sorriso.
- Sou Leocir. Este é o Moisés.
Entra aí
Que te levamos para casa,
Você mora aqui perto,
Não é?
Lhes disseram.
- Sim.
Respondeu,
Com o rosto choroso e inseguro.
Depois disso,
Olhou para a estrada
Que percorreu
O quanto sofreu para correr
E agora se entregaria
Tão facilmente a um policial,
Mas, como poderia ser mais forte?
Abriu a porta
E entrou,
Sentou-se no banco de trás,
Encontrou no chão
Preservativos masculinos
Caídos no assoalho do carro,
Também, duas garrafas de bebida
Alcoólica.
A viatura fez sentido diferente
Para ir até a casa de Oneides,
No caminho havia um matagal
Próximo duas quadras
De onde morava,
Eles pararam a viatura
Naquele local,
Depois piscaram as luzes
Três vezes,
E subiram aquele moro
Onde aparentemente
Não havia estrada,
Entraram ali
E saíram direto num mato
De árvores fechadas e enormes.
Lá, Oneides tirou a roupa,
Chupo pênis,
E se apoiou na viatura,
Lá ele foi estuprado
Por dois homens fardados
Com arma no coldre,
E colete balístico no peito.
Ele relatou sobre o outro
Carro que o seguiu
E o feriu.
Depois do ato,
Os policiais que ouviam
A história e sorriso
Um para o outro,
O levaram para casa.
Logo de manhã,
Quando Oneides saía
Para ir trabalhar,
Seu celular tocou
Ele atendeu e os policiais
Da noite anterior
Informaram que o homem
Do Palio vermelho sofreu
Um acidente e desfaleceu
No local.
Depois disso,
Ele recebeu uma fotografia
Do homem
E o carro esmagado
Contra um caminhão.
Nas fotos seguintes
Que recebeu
Soube que o caminhoneiro
Estava hospitalizado
E corria risco de falecer.
Ele enviou um rostinho
Em resposta de sorriso,
Não quis dizer nada,
Sentiu ainda mais medo,
Agora seu estuprador
Tinha outro rosto,
Trabalhava como policial
Para se proteger,
Conhecia e influenciava
Cada criminoso,
Lhe forçou um favor,
Fez engolir sua dor a porra,
E gostou de sua bunda!

terça-feira, 24 de junho de 2025

De Uniforme Acaju

Ela e a amiga
Pegaram carona,
Um policial sem uniforme
Parou o carro
E foi educado.
Elas pediram a identificação
E constaram sua função,
Acreditaram no que dizia.
No caminho ele falou
Das vantagens
De residir em cidade pequena
Onde é conhecido
E respeitado por todos.
As garotas, irmãs,
Acreditaram no que diziam,
Tinham tempo disponível
E aceitaram conhecer
A cidade de cinco mil habitantes,
Já que não era distante
Daquela em que residiam,
E ele no início da tarde
Viria para ela de viatura
E uniforme a trabalho.
Não pareceu haver erro
No que ele dizia,
Ele chegaria lá,
Entraria de serviço,
Colocaria uniforme,
Faria uso da viatura para trabalho
E neste instante as trazia junto
Até a casa de sua mãe.
- Bem, Silvério
Se é permitido você
Fazer isto,
Então, não tem erro!
Respondeu a mais velha.
Silvania.
Silvan, olhou para a irmã
De esguelha,
Deu um toque com o cotovelo
Na sua cintura,
Mas vendo a certeza
Em seu olhar
Não sentiu dúvidas.
Iria ser uma viagem
Para conhecer as proximidades,
No caminho souberam
Que ele era casado
E pai de uma menina,
Isto transmitia segurança
Ao que ele dizia.
No entanto, chegado a cidade,
Ele deixou Silvan dentro
Da delegacia,
Lhe deu consentimento
Para mexer nos documentos,
Vasculhar o que quisesse,
Ela era adolescente,
Tinha dezessete anos
E sonhava em ser delegada.
Então, ele a deixou livre
Para fazer o que bem entendesse,
Contudo, fechou a porta
Por fora
Sob a alegação de que
Os vizinhos não poderiam
Saber que ambas estavam ali
De passeio no espaço público,
Pois alguém poderia
Tirar proveito disso
E tentar ofender suas dignidades
Alegando suposições imorais
Sobre ambas.
Silvan ficou assustada,
Se sentiu retraída,
Porém, Silvania decidiu sair
Para comprar iogurte
Para ambas
E assim, ver o tempo
Passar mais depressa.
Havia computador
Para uso policial
E era desbloqueado,
Poderia ser utilizado
Para o quê desejassem,
Então, ela ficou ali
Entre os documentos
E o acesso irrestrito da internet.
Silvério a levou na viatura,
De uniforme,
Passou pela avenida
E cumprimentou a todos,
No entanto, ele desgostou
De não ganhar ao menos
Um beijo de Silvania.
Olhou para ela
Que estava no banco do carona
E pediu:
- eu lhe trouxe aqui,
Não te cobrei nada,
Agora quero um beijo!
Ele disse sorrindo,
Silvania de dezenove anos,
Não gostou da ideia
Ela tinha namorado,
Ele era casado
E era a autoridade do local,
Não podia lhe exigir isso.
- eu não posso,
Você é policial
Não pode me cobrar favores
Que você mesmo propôs!
Ela disse insegura,
E trêmula.
Contudo, ele lhe sorriu,
Pôs marcha no carro,
Aumentou a velocidade
E parou em frente ao cemitério.
Retirou o cinto de segurança
Rápido e feroz,
Depois abriu a porta dela
Com a indagação:
- então, você quer ficar aqui?
Ela se sentiu ainda pior,
Soltou o próprio cinto
E se jogou no pescoço dele
O beijando com ânsia e medo.
Fizeram sexo no banco
Da viatura,
Na propriedade do cemitério.
Depois voltaram
Para a delegacia,
No entanto, lá estava Silvan
Trancada e sentada na cadeira
Da sala de trabalho dele,
Mexendo em seus arquivos,
Tudo conforme ele mandou.
Ao abrir a porta,
Ele se pôs inteiro
Na entrada bloqueando Silvania
Com sua barriga grande,
O sorriso enorme brilhando
Nos dentes brancos,
Seus olhos azuis radiantes
Feito céu de inverno,
Exigiu:
- fica trancada
Ou me dá!
Sua irmã já me deu!
E pronto.
Soltou está ideia estapafúrdia,
E exigiu prazer.
Silvan olhou pela janela
Que havia na sala,
Uma espécie de abertura
De recepção
Pois não aparentava ter
Janela para fechar,
E o viu desde o início
Devido ao barulho intenso.
Então, se levantou
E foi até a porta da sala,
A sua direita,
Permaneceu atônita
Vendo-o sem entender
O que ele dizia,
Lhe pareceu piada.
Todavia, ele levou
A mão direto para a sua arma
Que estava na perna,
Ela estremeceu se agarrou
A parede da janela aberta,
E ele transou com ela
Ali mesmo
Em frente a irmã
Que permaneceu boquiaberta
Em pena entrada
Vendo tudo.
Terminado o ato,
Silvan exigiu que fossem
Levadas para suas casas,
Ele riu,
Olhou para fora,
E as levou.
Deixando ambas
Na porta de entrada
De sua casa,
Com a mãe esperando
Por ele ter buzinado
E chamado a atenção dela
Para a sua chegada.

Intimidade Violada

A manhã de 24 de junho
Do ano de 2025
Emergiu conturbada
Na cidade de Chapecó.
A pacata cidade
Sentiu certa espécie
De pânico,
Ao ter casa porta
Das residências
Do centro da cidade
Uma calcinha feminina
Pendurada no trinco.
Isto não ocorreu
Apenas com Otavira,
Mirela ou Melania.
Ocorreu também
Com João,
Carlos e Romeu,
Homens viúvos
E que viviam solitários
Há muito tempo.
Está surpresa inesperada
Separou Natália de Eduardo,
Pois a garota ao ver o objeto
E não reconhece-lo
O esbofeteou e fugiu com o carro.
Quanto a Leandra,
Simplesmente apagou
O número do telefone
De Jandira e a bloqueou.
Jurou nunca mais
Dormir na casa da amiga.
Já Jacira,
Pediu o divórcio,
Acordou chateada
Por ter dormido pouco,
Saiu para fora
Para buscar o jornal
E se deparou com tamanha
Estapafúrdia pendurada
Em sua porta,
Nem mexeu no objeto,
Ficou enojada,
Chutou o jornal para a rua,
E correu até o escritório
Do Doutor Mazorie,
Que foi pego desprevenido
Pela empregada:
Com a calcinha em mãos,
Cheirando e o sinal de um
Bofete no rosto.
Ainda assim,
Ele serviu para redigir
Os papéis que davam adeus
Ao casamento de 35 anos.
O esposo de Jacira,
Gilberto alegou desentendimento,
Porém, ao retornar para a casa,
A calcinha não estava
Mais pendurada no trinco,
Apenas o jornal estava amassado,
Parecia ter sido recolhido
E depois pisoteado e solto
No chão.
O telefone da cidade
Não parou de tocar,
As pessoas ligavam
Uma para as outras,
Falando a respeito
Do ocorrido,
Passou seis horas
Para que alguns passassem
A notar que tal fato
Não ocorreu em único local.
No final da rua,
Próximo a praça pública
Julcineia discutia sério
Com Josinei por tê-lo
Pegou desprevenido
Na garagem do carro
Vendo revistas pornôs
Masculinas
Com homens em todo tipo
De posição nudista,
E usando calcinhas
Para limpar o orgasmo
De sua masturbação:
-desculpa, Julcineia,
Não sou capaz de desejar mulher,
Eu gosto de homem
Para olhar e admirar.
Ele simplesmente respondeu,
Quando ela correu de encontro
A ele,
Juntou uma calcinha
Que não reconheceu
E tomou de suas mãos
Enquanto batia com aquela
E outras contra o rosto dele.
- pervertido,
Maldito!
Você está me traindo!
Ela gritou em pânico.
Ele riu.
Gozou outra vez
Contra a porta do carro
E saiu a passeio,
Ultimamente ele demorava
Mais para voltar
Do que em outras vezes.
O carro parecia ser
Seu objeto de masculinidade,
Seu apoio psicológico
Para sentir-se mais masculino.
Neste instante,
A porta da casa de Nadira
Foi arrombada por ela própria
Quando seu namorado
A jogou contra a porta fechada,
Indignado por ter encontrado
Uma calcinha em sua porta
Ao chegar em casa
Naquela manhã
E ter pedido a ela
Se era algum fetiche
Com relação a ele
E ela negou reconhecer o objeto.
Depois disso,
Ele saiu para fora
Esbofeteou várias vezes seu rosto,
Depois subiu na moto e partiu,
Deixando-a caída na calçada
Escorada na parede do prédio.
Com Josinei rindo da situação,
Que presenciava
Por ser vizinho de porta,
E estar vendo tudo
A partir do vidro de sua garagem.
Ela tinha dezoito anos,
Ele tinha seus cinquenta.
Depois disso,
Ele retirou o carro para fora,
Deixou a porra recém gozada
Na porta a mostra,
Fez pose próximo ao carro
E entrou porta adentro
Depois de claramente
Ser rejeitado.
Ao ver ela entrar amedrontada
Para dentro de casa,
Ele não perdeu tempo,
Invadiu a casa,
E o quarto,
Usou uma calcinha para asfixia-la
E a estuprou de todas as formas,
Antes de sair,
Uma hora e meia depois,
Ele roubou todas as suas calcinhas,
E espalhou-as nas ruas próximas.
Ela acordou zonza,
E amedrontada,
Estava sangrando e dolorida,
Mas sua mente estava enevoada,
Tudo vinha a cabeça
Feito um reflexo,
Seu namorado
Segurando uma calcinha,
Falando de fetiches,
Batendo muito forte nela...
Mas, ela não recordava
De ter transado,
Porém, suas partes íntimas
Denunciavam contato íntimo.
Ele se mudou de toda coragem,
Pegou o telefone e ligou para ele:
- Oi, Jacir. A gente transou?
Ela indagou.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Exploração Infantil

No feriado da sexta-feira
Iniciou a comemoração
Na casa em frente a Rosália.
O som foi ligado
Através de uns caixa
Grande de pen drive
E músicas variadas soaram.
O uso de bebida
Tornou-se livre,
Churrasco fora de casa,
E uso de maconha.
A fumaça invadiu
A casa de Rosália
A afogando.
Ela saiu para fora
Amedrontada e solitária
E pediu aos vizinhos,
Composto por um casal
De adultos e a irmã da moça e
Duas filhas crianças,
Que baixassem a música.
Eles acenderam os cigarros
De maconha e fumaram
Em sua frente
Jogando a fumaça na direção
De Rosália,
Em frente aos próprios rostos
Como se quisessem ficar ocultos.
Rosália retornou
Para dentro amedrontada.
A diversão continuou,
Chegou o domingo e Rosália
Sentia-se exausta.
Com isso,
As duas filhas do casal
Pegaram varas de madeira
E batiam contra o próprio varal
Dizendo que iriam
“matar Rosália.
Bater em Rosália.”
Ela estava iniciando
Um processo de separação
Com o esposo.
Morava longe dos pais.
Sentiu-se insegura.
- não, crianças.
Vocês não irão me bater, não!”
Ela gritou.
Nisto, o pai delas saiu
De dentro da casa ameaçador,
Foi direto a porta de Rosália,
Juntou pedras na estrada
De terra e atirou contra ela.
Rosália correu
Para dentro de casa,
Fechou a porta de vidro,
E escondeu as chaves
Do portão de ferro,
Que possuía simples grades,
E era fácil de ser invadido.
Era noite,
As luzes da cidade
Começavam a acender,
Porém, havia iluminação
Apenas em um lado da rua,
Ou seja, apenas no poste
Da casa de Rosália,
Que assim era vista,
Mas não via.
As pedras arrancaram
Cimento da casa,
Fizeram buracos na parede,
Atingiram as grades
E deixaram sinais.
De repente, no escuro
Da noite,
Aproximadamente sete horas
Do horário de inverno,
Representou para ela
Que viu o vizinho invadir
O muro, pular na área de sua casa,
E tentar abrir a porta,
Que ela simplesmente
Manteve segura e chaveada.
Segurando com suas mãos,
Olhando incerta para fora.
Acometida de medo,
Ela gritou por socorro,
Trancada em sua própria casa,
Sem saber aonde seus vizinhos
Estavam ou o que faziam
Ou fariam.
Gritou de medo.
Gemeu, escondida no sofá,
Olhando incerta por todas
As janelas,
Com medo que eles tivessem
Invadido a casa
De algum modo
Através das janelas,
Do teto ou do que for.
O medo a fez ver
O culto deles e esconder-se.
Então, chorou.
Implorou por socorro.
Neste instante
O vizinho atirou pedras
Contra o vidro de sua porta.
Ela tremeu de medo,
Decidiu buscar ajuda policial.
Ao sair para fora
Para ligar o carro
E buscar uma delegacia
As duas vizinhas invadiram
Correndo a sua área,
Usando uma madeira
Em cada mão.
E agiram contra Rosália,
Batendo nela em duas,
Enquanto o marido
Sentava numa lata de tinta,
De calção largo,
Pernas abertas e ria
Fumando seu cigarro.
Rosália conseguiu
Se defender e fugir
De carro.
Foi a delegacia,
Pediu ajuda.
Os vizinhos foram conduzidos
Em flagrante para a delegacia.
Mas, nada houve contra eles.
Eles alegaram
Que a ameaça partiu dela
Que não tolerou a música ligada
E quis atentar contra as crianças.
Ela ficou aturdida,
Sentiu medo.
Tremia insegura naquele corredor
Fétido e sujo da delegacia.
Na saída,
Depois de três horas de espera
Para ser ouvida,
Ela foi buscar seu carro
Que estava no escuro,
Estacionado em frente
A uma empresa que ela
Não soube o que era
Próximo a delegacia
Uns dez metros.
Lá, o marido de suas vizinhas
A esperou.
Sozinho e de faca em punho.
Assim, que ela abriu a porta
Do carro para entrar,
Trêmula de medo e dor
Por ter levado as bordoadas,
Ele grudou a faca em sua cintura,
E a penetrou,
Depois disso,
Colocou um pano
Contra a sua boca
E a impediu de gritar.
Então, a estuprou ali mesmo,
Na porta do carro,
Apoiada no carro,
Tendo contra seu corpo
As investidas do vizinho
De seu pênis lhe socando
As partes íntimas
De maneira violenta
E batendo seu corpo
Contra o carro
Devido a força que usava
Para se impor nela.
Depois, ele a soltou,
Meia hora depois,
Lhe desferindo um tapa
No rosto,
E indo embora,
Estranhamente, tanto a esposa
Quanto a cunhada
E as crianças estavam ali
Ainda.
Ele não respeitou a nenhum.
Ela pode ver todos eles,
Quando passaram para ir
Para casa dentro do carro
Com as luzes ligadas.
Ela chorou no volante,
Ligou o carro e voltou
Para casa,
Não adiantava fazer denúncia
A polícia.
O órgão estava corrompido
Pela depreciação mental.
O casal tinha no poderio
De suas atitudes duas crianças
Para dar em libertação
De seus delitos,
Além de uma moça jovem
E de vida libertina
Para assumir responsabilidade
Do que, nem haveria.

Efeito Bumerangue

Divanir passeava
Pelo centro da cidade
Vendo as luzes,
Vagando pelas vitrines
As 1:30 horas da madrugada
De sexta-feira,
Quando duas garotas estranhas,
Mas aparentemente legais
Diminuíram a velocidade de
 Uma camionete branca
E passaram a acompanhá-la:
- Olá, garota.
Qual é o seu nome?
Indagou uma gordinha
De cabelos escuros e lisos
Pela janela aberta do carro.
- Divanir.
E o seu?
Indagou em resposta.
- Sou Thieni.
E está é nossa amiga
Jorye. Entra aqui com nós.
Vamos fumar droga
E beber cervejas,
Nós temos muitas
E gostaríamos de companhia
Diferente para conversar
E ver as horas passar.
Convidou Thieni.
Jorye mostrou o rosto
Gordinho e seus cabelos loiros
Lhe caíram na boca.
Ela então sorriu,
E acenou.
- vamos aqui perto.
Só pra se divertir.
Convidou Jorye.
- está certo.
Concordou Divanir.
Ela, então, parou de andar.
E foi até o carro
Abriu a porta de trás
E entrou.
Seguiram mais adiante,
Pararam próximo ao posto
De gasolina retirado
Do centro,
Sentaram-se fora do carro
Nas margens da calçada
E passaram a usar maconha
E beber.
De repente, chegou um rapaz
Estranho a elas,
O que elas não acharam esquisito,
Ele trazia gin,
Ofereceu a elas.
Todas beberam,
Logo depois, sentiram-se zonzas
E adormeceram.
Acordaram cinco horas da manhã.
Estavam nuas,
O seio de Thieni estava
Dentro da boca de Divanir,
Enquanto a bunda de Divanir
Estava na boca de Jorye.
Elas aparentavam estar transando,
O local era público,
Porém, estava escurecido
Desde o início,
E o movimento se localizava
Adiante até a entrada
E arredores do próprio
Posto de combustível.
Elas se desculparam
Amedrontadas.
- não é minha primeira vez!
Disse Jorye.
- sim. Eu e Jorye temos
Relações sexuais
Com mulheres sempre.
Falou Thieni.
Porém, Divanir não era adepta.
- eu nunca havia feito isto...
Aliás, e o garoto que estava
Com nós?
Indagou a todas.
Elas se organizaram,
Se recompuseram.
Jorye e Thieni se beijaram,
E se acariciaram,
Depois ficaram abraçadas
Uma a outra.
- não lembro de rapaz!
Disse Thieni.
- Ai!
Gritou Jorye
Ao ser tocada na vagina.
- está doendo minha vagina!
Respondeu para a amiga.
- engraçado, a minha também!
Responderam as outras duas.
Uma depois da outra.
Com certa dificuldade
Para falar,
Como se estivessem amortecidas.
- nós te levamos para casa!
Se ofereceram as garotas,
Levantaram-se da calçada
E foram.
Logo no outro dia,
As páginas de classificados
Dos jornais da manhã
Continha fotos das garotas
E seus nomes,
E ofereciam sexo por dinheiro.
Fotos de todas nuas,
Fazendo sexo explícito,
Inclusive com introdução
Peniana.
Nas redes sociais
Também surgiu marketing
De venda das três
Para fins sexuais,
Havia fotos de todas
Com porra nos rostos,
Nos seios,
E os dedos delas
Introduzidos entre uma
E outra.
Também, havia um homem,
Ao menos.
Notava-se a foto de seu pênis
Transando com a três
Em posições variadas.
- Oi Divanir,
Você deixou de ser enfermeira
Ou está fazendo bico?
Indagou uma amiga
De trabalho de Divanir
Na rede social.
- por quê?
Indagou em resposta.
Amedrontada.
- porquê você abriu um site erótico
Com fotos e valores!
A outra lhe respondeu.
Então, encaminhou o link.
Divanir desmaiou
Sobre o notebook,
Não pode acreditar no que via.
- Meu Deus,
Quem fez isso?
Ela lembrou de comentar
Em uma de suas próprias fotos.
- O que significa isto?
Indagou em outra
Em que estava com as duas
Recém conhecidas amigas.
O rosto do homem
Que estaria com elas
Não apareceu
Em nenhum instante,
Nem ao menos dado seu,
Ou algo que lhe permitisse
Reconhece-lo.
Tudo que ela tinha
Era dor no corpo,
E porra por seu rosto,
E região íntima.
Nada lhe parecia faltar,
Nem ao menos o brinco,
Ou o relógio.
Apenas a dignidade
Que foi parar no esgoto.
Um estuprador fantasma
A tocou,
Fez dela tudo que quis.
As duas garotas
Postaram fotos delas
Chorando abraçadas
Uma na outra
Em cada uma das fotos
Que havia.
- socorro!
Digitaram.

Querida Mamãe

Amada mamãe, Te agradeço hoje, Pelos meus primeiros dias De vida, Aqueles em que eu era Tão pequena criança, E você me abr...