terça-feira, 24 de junho de 2025

De Uniforme Acaju

Ela e a amiga
Pegaram carona,
Um policial sem uniforme
Parou o carro
E foi educado.
Elas pediram a identificação
E constaram sua função,
Acreditaram no que dizia.
No caminho ele falou
Das vantagens
De residir em cidade pequena
Onde é conhecido
E respeitado por todos.
As garotas, irmãs,
Acreditaram no que diziam,
Tinham tempo disponível
E aceitaram conhecer
A cidade de cinco mil habitantes,
Já que não era distante
Daquela em que residiam,
E ele no início da tarde
Viria para ela de viatura
E uniforme a trabalho.
Não pareceu haver erro
No que ele dizia,
Ele chegaria lá,
Entraria de serviço,
Colocaria uniforme,
Faria uso da viatura para trabalho
E neste instante as trazia junto
Até a casa de sua mãe.
- Bem, Silvério
Se é permitido você
Fazer isto,
Então, não tem erro!
Respondeu a mais velha.
Silvania.
Silvan, olhou para a irmã
De esguelha,
Deu um toque com o cotovelo
Na sua cintura,
Mas vendo a certeza
Em seu olhar
Não sentiu dúvidas.
Iria ser uma viagem
Para conhecer as proximidades,
No caminho souberam
Que ele era casado
E pai de uma menina,
Isto transmitia segurança
Ao que ele dizia.
No entanto, chegado a cidade,
Ele deixou Silvan dentro
Da delegacia,
Lhe deu consentimento
Para mexer nos documentos,
Vasculhar o que quisesse,
Ela era adolescente,
Tinha dezessete anos
E sonhava em ser delegada.
Então, ele a deixou livre
Para fazer o que bem entendesse,
Contudo, fechou a porta
Por fora
Sob a alegação de que
Os vizinhos não poderiam
Saber que ambas estavam ali
De passeio no espaço público,
Pois alguém poderia
Tirar proveito disso
E tentar ofender suas dignidades
Alegando suposições imorais
Sobre ambas.
Silvan ficou assustada,
Se sentiu retraída,
Porém, Silvania decidiu sair
Para comprar iogurte
Para ambas
E assim, ver o tempo
Passar mais depressa.
Havia computador
Para uso policial
E era desbloqueado,
Poderia ser utilizado
Para o quê desejassem,
Então, ela ficou ali
Entre os documentos
E o acesso irrestrito da internet.
Silvério a levou na viatura,
De uniforme,
Passou pela avenida
E cumprimentou a todos,
No entanto, ele desgostou
De não ganhar ao menos
Um beijo de Silvania.
Olhou para ela
Que estava no banco do carona
E pediu:
- eu lhe trouxe aqui,
Não te cobrei nada,
Agora quero um beijo!
Ele disse sorrindo,
Silvania de dezenove anos,
Não gostou da ideia
Ela tinha namorado,
Ele era casado
E era a autoridade do local,
Não podia lhe exigir isso.
- eu não posso,
Você é policial
Não pode me cobrar favores
Que você mesmo propôs!
Ela disse insegura,
E trêmula.
Contudo, ele lhe sorriu,
Pôs marcha no carro,
Aumentou a velocidade
E parou em frente ao cemitério.
Retirou o cinto de segurança
Rápido e feroz,
Depois abriu a porta dela
Com a indagação:
- então, você quer ficar aqui?
Ela se sentiu ainda pior,
Soltou o próprio cinto
E se jogou no pescoço dele
O beijando com ânsia e medo.
Fizeram sexo no banco
Da viatura,
Na propriedade do cemitério.
Depois voltaram
Para a delegacia,
No entanto, lá estava Silvan
Trancada e sentada na cadeira
Da sala de trabalho dele,
Mexendo em seus arquivos,
Tudo conforme ele mandou.
Ao abrir a porta,
Ele se pôs inteiro
Na entrada bloqueando Silvania
Com sua barriga grande,
O sorriso enorme brilhando
Nos dentes brancos,
Seus olhos azuis radiantes
Feito céu de inverno,
Exigiu:
- fica trancada
Ou me dá!
Sua irmã já me deu!
E pronto.
Soltou está ideia estapafúrdia,
E exigiu prazer.
Silvan olhou pela janela
Que havia na sala,
Uma espécie de abertura
De recepção
Pois não aparentava ter
Janela para fechar,
E o viu desde o início
Devido ao barulho intenso.
Então, se levantou
E foi até a porta da sala,
A sua direita,
Permaneceu atônita
Vendo-o sem entender
O que ele dizia,
Lhe pareceu piada.
Todavia, ele levou
A mão direto para a sua arma
Que estava na perna,
Ela estremeceu se agarrou
A parede da janela aberta,
E ele transou com ela
Ali mesmo
Em frente a irmã
Que permaneceu boquiaberta
Em pena entrada
Vendo tudo.
Terminado o ato,
Silvan exigiu que fossem
Levadas para suas casas,
Ele riu,
Olhou para fora,
E as levou.
Deixando ambas
Na porta de entrada
De sua casa,
Com a mãe esperando
Por ele ter buzinado
E chamado a atenção dela
Para a sua chegada.

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