Divanir passeava
Pelo centro da cidade
Vendo as luzes,
Vagando pelas vitrines
As 1:30 horas da madrugada
De sexta-feira,
Quando duas garotas estranhas,
Mas aparentemente legais
Diminuíram a velocidade de
Uma camionete branca
E passaram a acompanhá-la:
- Olá, garota.
Qual é o seu nome?
Indagou uma gordinha
De cabelos escuros e lisos
Pela janela aberta do carro.
- Divanir.
E o seu?
Indagou em resposta.
- Sou Thieni.
E está é nossa amiga
Jorye. Entra aqui com nós.
Vamos fumar droga
E beber cervejas,
Nós temos muitas
E gostaríamos de companhia
Diferente para conversar
E ver as horas passar.
Convidou Thieni.
Jorye mostrou o rosto
Gordinho e seus cabelos loiros
Lhe caíram na boca.
Ela então sorriu,
E acenou.
- vamos aqui perto.
Só pra se divertir.
Convidou Jorye.
- está certo.
Concordou Divanir.
Ela, então, parou de andar.
E foi até o carro
Abriu a porta de trás
E entrou.
Seguiram mais adiante,
Pararam próximo ao posto
De gasolina retirado
Do centro,
Sentaram-se fora do carro
Nas margens da calçada
E passaram a usar maconha
E beber.
De repente, chegou um rapaz
Estranho a elas,
O que elas não acharam esquisito,
Ele trazia gin,
Ofereceu a elas.
Todas beberam,
Logo depois, sentiram-se zonzas
E adormeceram.
Acordaram cinco horas da manhã.
Estavam nuas,
O seio de Thieni estava
Dentro da boca de Divanir,
Enquanto a bunda de Divanir
Estava na boca de Jorye.
Elas aparentavam estar transando,
O local era público,
Porém, estava escurecido
Desde o início,
E o movimento se localizava
Adiante até a entrada
E arredores do próprio
Posto de combustível.
Elas se desculparam
Amedrontadas.
- não é minha primeira vez!
Disse Jorye.
- sim. Eu e Jorye temos
Relações sexuais
Com mulheres sempre.
Falou Thieni.
Porém, Divanir não era adepta.
- eu nunca havia feito isto...
Aliás, e o garoto que estava
Com nós?
Indagou a todas.
Elas se organizaram,
Se recompuseram.
Jorye e Thieni se beijaram,
E se acariciaram,
Depois ficaram abraçadas
Uma a outra.
- não lembro de rapaz!
Disse Thieni.
- Ai!
Gritou Jorye
Ao ser tocada na vagina.
- está doendo minha vagina!
Respondeu para a amiga.
- engraçado, a minha também!
Responderam as outras duas.
Uma depois da outra.
Com certa dificuldade
Para falar,
Como se estivessem amortecidas.
- nós te levamos para casa!
Se ofereceram as garotas,
Levantaram-se da calçada
E foram.
Logo no outro dia,
As páginas de classificados
Dos jornais da manhã
Continha fotos das garotas
E seus nomes,
E ofereciam sexo por dinheiro.
Fotos de todas nuas,
Fazendo sexo explícito,
Inclusive com introdução
Peniana.
Nas redes sociais
Também surgiu marketing
De venda das três
Para fins sexuais,
Havia fotos de todas
Com porra nos rostos,
Nos seios,
E os dedos delas
Introduzidos entre uma
E outra.
Também, havia um homem,
Ao menos.
Notava-se a foto de seu pênis
Transando com a três
Em posições variadas.
- Oi Divanir,
Você deixou de ser enfermeira
Ou está fazendo bico?
Indagou uma amiga
De trabalho de Divanir
Na rede social.
- por quê?
Indagou em resposta.
Amedrontada.
- porquê você abriu um site erótico
Com fotos e valores!
A outra lhe respondeu.
Então, encaminhou o link.
Divanir desmaiou
Sobre o notebook,
Não pode acreditar no que via.
- Meu Deus,
Quem fez isso?
Ela lembrou de comentar
Em uma de suas próprias fotos.
- O que significa isto?
Indagou em outra
Em que estava com as duas
Recém conhecidas amigas.
O rosto do homem
Que estaria com elas
Não apareceu
Em nenhum instante,
Nem ao menos dado seu,
Ou algo que lhe permitisse
Reconhece-lo.
Tudo que ela tinha
Era dor no corpo,
E porra por seu rosto,
E região íntima.
Nada lhe parecia faltar,
Nem ao menos o brinco,
Ou o relógio.
Apenas a dignidade
Que foi parar no esgoto.
Um estuprador fantasma
A tocou,
Fez dela tudo que quis.
As duas garotas
Postaram fotos delas
Chorando abraçadas
Uma na outra
Em cada uma das fotos
Que havia.
- socorro!
Digitaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário