No bairro Efapi,
Da cidade de Chapecó,
A prefeitura decidiu inovar,
Acrescentou a rua asfaltada
Um perímetro para uso pessoal
Em que os moradores utilizariam
Para fazer caminhada
E corridas.
Esta pista,
Em certos horários do dia
Ficava lotada de pessoas
Com vista a fazer exercícios físicos.
No entanto,
As avessas do costume,
Benaodoe estacionava
Seu carro neste local,
E o usava para tomar um refrigerante
Ou cervejas.
As dezessete horas
Muitas adolescentes passavam
Por este local,
Não tardou,
Ele chamou uma moça
Para um refrigerante,
Ela aceitou.
Entrou no carro,
E eles conversaram um pouco,
Então, ele lhe passou uma cantada:
- Oi, sou Benaodoe e você?
Ele indagou.
-Lourenta.
Ela respondeu.
Ele pegou seu braço,
E puxou para sobre sua perna.
- como sua pele é bonita
E sedosa.
Ela apertou a perna dele
Com carinho,
Não soube porquê,
Mas quanto mais tomou
O refrigerante
Mais se animava em estar próxima
De Benaodoe.
- obrigada.
Seus olhos castanhos
São crepitar feito o sol.
Ela respondeu.
Se referindo ao olhar
Seguro e dominante
Que ele mantinha
Sem desviar dos olhos dela.
- gostaria de ficar mais a vontade,
Apenas para conversar
Aqui passa muita gente...
E você é tão moça.
Ele disse.
- certo, quero sim.
- então, você pega
O resto do refrigerante
E sai do carro bebendo
Depois eu te alcanço
Suas quadras ali
Para baixo, ok?
Ele respondeu.
- sim. Está certo.
Ela respondeu.
Mesmo não conhecendo
Bem o local,
Já que usavam apenas a pista,
Ela pegou o refrigerante e saiu.
Se dirigiu para duas quadras
Na direção de onde ele
Apontou o dedo.
Algumas pessoas
Estavam cuidando ambos,
Do local da praça pública
Onde havia bancos,
Alguns brinquedos espalhados
E árvores.
Mas, como eles não passaram
Tanto tempo juntos,
O mais passou despercebido.
Benaodoe ligou o carro
E tomou direção contrária
Aquela em que Lorenta tomou.
Chegando três quadras
Acima da praça
Ele se dirigiu para o lado
Esquerdo,
Seguiu três quadras,
E depois desceu rumo
A rua em que Lourenta
Estaria.
Não tardou,
A encontrou parada
Sobre a calçada,
Olhando a rua
E batendo o pé de ansiedade
Devido a demora.
Chegou a achar que ele não viria,
Contudo, logo ele estacionou
Bem na sua frente.
- entra, linda Lourenta.
Ele abriu a porta
Do carro por dentro.
- não tardou para decorar
Meu nome, hein?
Indagou pegando
Na maçaneta da porta
Para abrir.
Ao abrir entrou,
Ele dobrou a direita,
Cinco quadras,
Depois desceu seis,
Dobrou uma e chegou
Perto de um muro alto
De uma casa baixa.
O muro era feito de pedras grandes,
Tinha uns cinco metros.
- que legal. Está é a sua casa?
Ela indagou.
Com o celular em mãos
Tirou uma fotografia
No mesmo instante
E enviou para as amigas
Contando porque não retornaria
Para casa com elas,
Conforme tinham combinado
E onde estava para que não se preocupassem.
Tudo foi rápido, demais.
Ele arrancou o celular
De suas mãos
E pegou no seu pescoço
No mesmo instante.
A sufocou.
Enquanto ela sufocava
Ele se levantou
E veio na sua direção
Lhe colocando o pênis
Na boca
E obrigando-a a foder
Seu pênis .
Ela babava,
E sufocava,
Chupava e gemia de dor,
Depois, seus olhos foram
Fechando-se.
Não tardou
E não abriram mais.
Depois disso,
Ele tirou sua roupa
E fez sexo com ela
Por muitas horas.
Ela não teve tempo
De pedir socorro,
Ou demonstrar medo.
No entanto,
Entre suas amigas
Elas tinham o costume
De quando uma se desviava
Para conhecer alguém
Estranho a elas,
Elas mantinham o celular
Ligado no grupo
Para as demais
Que não estariam
Apenas para mostrar
Como ocorreu o encontro
E analisar se o relacionamento
Merecia se tornar longínquo
Ou se seria melhor terminar
E nem insistir.
Nisto, depois
Que chegava ao local
Escolhido para o encontro
Era enviado uma fotografia
Para o grupo do lugar,
Instante em que as amigas
Formulavam opiniões
E interagiam após
Tudo ter ocorrido.
Nenhuma se importava
Em interferir de maneira
Tão profunda na intimidade
Da outra,
Elas tinham entre doze
E quatorze anos.
Tomavam atitudes
Por si próprias,
E tinham independência
Em suas ações.
No entanto,
Não relatavam nada disso
Aos pais.
Porém, passou três horas
E Lourenta não voltou.
Elas tentaram conversar com ela
Para lhes chamar a atenção
E ninguém respondeu.
Todavia,
Usaram o GPS
E o aplicativo permitiu
Fazer a busca até o local
Onde o aparelho estava.
Chegando ali,
Elas se depararam com um muro
E mais nada.
Porém, desligaram a chamada
E voltaram a ligar,
E o telefone parecia falar
De dentro do muro.
Elas chegaram em frente a residência
Que tinha apenas uma grade
E podiam ouvir o telefone
Falando de dentro da terra.
Nada teria sido estranho.
Lhes pareceu óbvio
Que o estranho com quem
Laurente saiu
A enterrou no gramado,
Por tanto, ela estaria morta.
No outro dia,
Convenceram um grupo
De amigas diferentes a fazer
O percurso que fizeram
E uma delas
Levou bebida com droga
Para que ele bebesse
E elas pudessem encontrar
Ao menos o corpo da amiga.
Tudo ocorreu certo,
Ele não desconfiou de nada,
Foi mais livre
E logo a conduziu
Da mesma forma que fez
Anteriormente para lá.
Chegado lá,
Da mesma maneira
Ele se agarrou ao pescoço
Da garota,
Diferente de Lourenta,
Dirseli se desviou dele,
Lhe desferiu um soco
No rosto,
Abriu a porta e saiu
Para fora do carro.
- eu odiaria que minhas
Amigas chegassem agora.
Ela falou alto,
Sôfrega e amedrontada.
Era o código para as garotas
Correrem e interferirem
Para ajudar.
Logo chegaram dez garotas,
E ela gritou o que ele fez,
O apontando para elas.
Então, todas bateram nele,
Jogaram contra o carro,
Com chutes e socos.
Depois, o pegaram pelo pescoço
E jogaram contra o muro,
Fazendo ela sangrar,
Não tardou
E algumas pedras se moveram
Do muro,
E depois de elas caírem
Saiu de lá uma bandeja
Grande de alumínio
Contendo um corpo
De uma garota entrando
Em decomposição.
As meninas gritaram de medo,
E bateram de maneira
Ainda mais violenta
Contra ele,
Até que ele puxou todas as pedras de lá,
E se deparam com uma espécie
De porão contendo bandejas
Com mulheres mortas e estupradas
Por ele,
Acima das bandejas
Havia um piso cimentado
E sobre o piso um metro de terra,
Onde levaria até a casa dele,
Do lado de dentro do terreno.
Foi aterrorizante
Encontrar tantas garotas mortas
E tão poucas haviam
Sido consideradas perdidas.
Então, Jucenta pegou
Uma pedra e bateu contra
A cabeça dele,
Deixando ele caído no chão,
Sangrando,
Buscou seus documentos
Dentro do carro
E descobriu que ele era
Policial.
Então, quando queria
Se livrar de algum corpo
Ele tinha o ofício para acudi-lo.
Por medo,
Elas pegaram apenas
Amiga delas para levar
Aos pais
E lhes dar um local
No cemitério.
No restante,
Retiraram gasolina
Do próprio carro dele,
O prenderam em duas
Das formas enormes,
O colocaram dentro
Do muro de formas,
Puseram gasolina em todas,
E atearam fogo.
Não o ouviram gritar,
Nem teriam ouvido
Os gritos que os pais
De Laurenta deram
Ao receber a moça morta,
Jamais aquele homem
Sentiria tamanha dor
Ou saberia o que é sentir
Isto por alguém.
No velório,
A polícia interceptou
O carro do policial
Com as garotas,
Indagou quem o roubou
E o que fizeram dele?
Informaram que ele
Era honesto,
Que o queriam,
Exigiram seu paradeiro...
Nayane assumiu ter
Encontrado o carro
E o levado por engano,
Mesmo tendo dezesseis anos
Ela foi presa de imediato.
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