Enquanto Mashy,
O rei galo,
Do terreiro de Chácara
Das Barrancas,
Perdia seu caso de flor,
Sem flor,
Na barranca do rio.
Sua mãe,
Deitada na sua tábua de descanso,
Ganhava um cocôzinho
De pássaro no peito.
Que veio
De um belo sabiá,
Amarelo, de asas escuras,
E coroa de rei pássaro,
Estilo árabe,
De cor escura, também.
O qual, por sua vez,
Voava de canela a canela,
Sobre ela.
Decidida a tomar um banho,
A mãe dele foi até o rio,
Encontrou o vaso e o trouxe.
Pitelmario,
O pato rei,
De coroa vermelha,
Estilo colar grosso,
Que inicia na testa,
Possui uma haste para cima,
E parte para a cabeça,
Até atrás de sua orelha.
Pitel decidiu nadar na poeira
Que se juntou ao lado de casa,
Não sem ter uma ideia
Inédita e inteligente,
Própria do garoto rei pato.
Ele juntou uma folha seca,
Sujou suas lindas asas brancas
Na poeira,
De maneira que a cor das folhas
E a cor das asas se confundiram,
Repousou a folha do seu lado,
E nadou na poeira
Em frente a sua mãe,
Mexendo os dois pés,
Com o peito jogado na terra,
Deslizando.
A mãe foi acometida
De grande susto,
Pensou que Pitel havia
Machucado o pé,
Correu até ele,
Juntou o garoto nos braços,
Os dois riram muito
Sentados na poeira da terra.
Bruce Wayne,
O rei cachorrinho,
Deitado na tábua de descanso
Embaixo da canela,
Apenas contemplou a cena toda.
Rindo em silêncio.