Chegou o sábado,
Dia de encerrar a limpeza,
Juntou um lençol sujo,
Soltou no chão da casa limpa,
Colocou lá toda a roupa,
E por fim, o garoto.
Fez um nó bem fechado,
Juntou a trouxa em frente a barriga
E levou.
Em tempo de seca,
Verão intenso faz a água secar,
E até mesmo o leito do rio
Fugir para dentro do fluxo intenso,
Resta um remanso
E lajes expostas
Onde anteriormente jorrava água.
Ela solta a trouxa de roupa
Na sombra do sarandi florido,
Pega uma tábua e organiza entre as pedras,
Na beira da água,
Separa algumas pedras
E faz uma espécie de piscina
Com água retida,
E nenhuma fundura.
Ali ela coloca o bebê,
Na tábua ao lado
Lava a roupa,
Joga sobre o sarandi e seca,
Nada para lavar o corpo,
Aproveita o leito baixo de água
E lava o bebê.
Na pequena piscina do garoto
Ele balança os pés,
E mãos na água,
Pequenos peixes vem até ele,
Ele sorri e parece naturalmente
Pertencer aquele lugar.
A mãe pega o menino,
E o leva nadar,
Segurando o garoto sobre a água,
E o conduzindo para tirá-lo do lugar.
Abraça-o com amor e carinho,
Ele parece engatinhar sobre a água,
Mexe todo o corpinho,
Solta-se abrindo e fechando os dedinhos e bracinhos e perninhas.
Ela sai da água com ele no colo,
Refaz a trouxa de roupa,
Agora com roupa limpa e seca,
Algumas peças importantes,
Ela joga sobre a pedra grande,
Com outra por cima,
A roupa sai engomadinha,
Sem nenhum amassadinho,
Refaz, por fim, a trouxa,
Junta o sabão e a tábua
E o guarda ali próximo
Na árvore grande do leito,
E retorna para sua casa.
O bebê adormece,
A barriguinha ronca esfomeada,
Ela colhe pitangas e bananas
E lhe dá comida
Parada em baixo da sombra
Da bananeira.
Chega em casa,
Guarda as roupas,
Deixa a criança sobre a cama,
Colhe gravetos e lenha,
E faz o fogo,
Espera o esposo
Com a comida encaminhada.
Ele chega,
Tira a camiseta branca colada,
Deixa o peito nu,
Enlaça ela com a camiseta suada
E a trás para si,
Colada ao seu cheiro,
Beijam-se
E fecham a porta.
Recostam-se na porta fechada,
Amam-se em gemidos roucos,
A calça preta sai sem esforço,
O vestido dela é levantado
E expõe o corpo malhado
De natação no rio,
E esforço doméstico.
- você é a mais perfeita!
Ela ri,
Jogando o cabelo para trás,
Levantando o rosto para ele.
- você é o rei mais esplendoroso!
Enlaça seu pescoço,
E se joga nos seus braços.
O bebê chora na cama,
Ele a carrega até o quarto,
A solta ao lado do filho,
Beija o rosto da criança,
Que sorri malvadinho,
Então, se segura através dos antebraços
E beija o rosto da esposa,
Beija a criança e beija a esposa,
Até seus rostos ficarem vermelhos,
O bebê adormece,
É colocado de lado,
E ele abraça a esposa apertando
Forte seu corpo
Contra o dele.