sábado, 30 de novembro de 2024

Traída

Hoje meu nome
Saiu marcado lá,
Você não estava comigo,
Nem a garota,
Mas logo houve o desenlace,
O nome pertencia a ela.

Foto de você e amigos,
A marcação do nome da garota,
E para eu, 
O aviso,
Não era eu mesma,
Era garota parecida,
Nome igual,
A querida...
Queridinha estúpida sua.

E por motivo estúpido,
Eu fui avisada disso,
Caramba,
Imaginar você me trocar por outra,
Eu, a garota que lhe dá valor,
Que lhe confia,
E se entrega por amor...
Quero que o diabo te coma!

Que droga,
Amor parece palavra de esquina,
Que qualquer uma é capaz de dar,
Mas querido menino de castelo,
Lá na esquina,
Quando eu passei de ônibus,
Ouvi falar,
Que as garotas de lá
Não se atribuem ao dar,
E você achou que me viu em outra,
Ou que minimamente,
Ela poderia ser uma versão
Mesmo que insignificante
Minha?

Não garoto de castelo,
Não seja um iludido,
Eu acordei e sangrei aos meados,
Me doeu até a morte,
Um sangue vermelho e intenso
Escorreu por minhas pernas,
Sem forças,
Eu não queria levantar da cama,
Não queria me limpar,
Nem me importar em manchar
A coberta,
(Aquela que me senti feliz
Em adquirir em pequenas parcelas
Para te aquecer
A noite).

Eu fui empapada
E sem forças,
Me sentindo gorda
Feito uma paca,
Empoçada em dores,
Sofrendo desamor,
Mas bem,
Exceto a sinceridade do meu interior,
Eu não chorei uma lágrima,
Eu só lhe desejei
Um soco na cara,
Quis juntar aquele sangue todo
E lhe jogar contra o rosto,
Mas iria sujar minhas paredes,
Estragar meus livros,
Foi-se a fossa minha feminilidade,
Eu falei,
Eu ainda sinto as dores,
Sangue quente,
Com seu cheiro,
Vigoroso e vermelho intenso,
É você me meteu hoje!

Decepção

Decepcionante,
Reconhecer alguém,
Atrair-se,
Crer,
E tão de repente,
Nada houve.
Amor platônico,
Aquele por quem dedica-se
Profundo afeto,
E no instante mais cruel,
Acaba-se.

Talvez,
O não chegar a haver
Seja pior do que aquele
Que existiu e fracassou.
Te amo.
Existe dentro de mim,
Existe dentro de você.

O amor.
Não quero te perder,
Meus sentimentos são confusos,
São muitas más influências
E elas me convencem,
Você acha que sou louca?
Até ontem estava tudo bem,
Hoje,
Se você me deixar,
Eu escorro por meus meios
E morro.

Há formas de uma mulher
Escorrer a si própria
Num momento profundo de perda,
Então, você pensou que não é importante?
Que eu acordaria
Sobre a ameaça de não tê-lo,
E conseguiria me conter?

Me desculpa,
Já sofri demais sozinha.
Eu verto em sangue.
Mas, nenhuma lágrima.
A minha expressão se desfez,
Queria não ter sonhado,
Não ter contado com seu amor,
Não ter visto em você ciúmes,
Ou outra coisa
Que considerei por demonstração,
Assim, então,
Eu não teria acreditado,
Não teria dado vasão a tanto afeto,
Não o acrescentaria em meus planos.

Mas você não tardou a me desenganar,
Disse um simples
“Eu não a amo”.
E isto basta,
Eu o quis por amor,
Por outra coisa não será o bastante,
Entregar-me por prazer,
Apenas para o transcorrer de horas,
Não será o suficiente,
Eu aceito o seu desamor,
Obrigada pela sinceridade,
Me desculpa o teor.

É vexatório ama-lo tanto,
Ter acreditado que haveria meios,
Ter buscado encontra-lo,
Ter colocado em nós dois
Todos os esforços,
Porquê eu tentei te conquistar,
Eu fiz esforço por este sentimento,
E você vira e diz “não sinto nada”,
Eu preciso aceitar seu desafeto,
Acatar sua recusa,
Buscar outro em sentimento.

Me sinto decepcionada.
Profundamente aturdida,
Estou vencida,
Em uma batalha sem brigas,
Apenas o não houve,
Expectativas destruídas,
Não cai-se em ruínas
O que não chegou a ser construído,
Mas, acho que precisa
Ao menos duas pessoas
Para segurar um teto,
Ou então, dois alicerces
No mínimo,
O amor que nos unia ruiu
E você nunca o sentiu.
É isso.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Garota Vulgar

Minha irmã
Discute por tudo,
Ela compete comigo,
Somos distantes uma da outra,
Eu sinto muito.

Minha mãe cobra
Que eu lhe seja próxima,
Mas sinto
Que ela não é cobrada
Da mesma forma.

Há sempre um quê
De querer ser superior,
Ora superioridade é momentânea,
Me parece que sua vida
É tão rápida
Que ela acaba por não ver
Quem está do seu lado
E lhe quer bem.

Sendo grosseira,
Porquê não vim aqui fazer gracejos,
Ela parece ver diante de si
Somente os homens,
E ainda pensa
Que ser assim é ser feliz.

Será que ela é realmente tão perfeita,
E diante dela
Eu não seja capaz de ver outra,
E construí está ideia
De quê ela só quer
Passar por sobre eu mesma?

Rejeitar meus sonhos,
Subestimar minhas conquistas,
Achar que o cara que eu desejo
É o bom da hora,
E que ela precisa ter ele
Para se sentir capaz?

Ora,
Sinônimo de beleza
Para ela,
Tornou-se estar mais bonita que eu,
Que graça
Há na desgraça?

Qual é o riso
De roubar de um alguém o sorriso?
Será que sou medíocre
Por ver nela tanto ciúmes?
Não quero competir com irmã,
É horrível não se reconhecer em família,
Há sempre opiniões distorcidas,
Mas está difícil nosso envolvimento,
Prefiro não ferir,
Mas por quê ela não se afasta de mim?

Ela deu em cima
Do carinha com quem eu estava,
Feriu meus sentimentos,
Maculou a honra dele,
Ela foi capaz de me fazer chorar,
Pensou que ele iria deseja-la,
Por quê ele faria isso
Se me escolheu desde o princípio?

Ele não o fez,
Passou-se o tempo,
E ele está comigo,
Mas eu sofri por isso,
Por quê ela faz essas coisas?
Será que buceta baba
Porquê vê lágrimas?

Eu fui baixa agora,
Me sinto assim sempre
Que falo mal dela,
Rejeição é uma porra,
Mas que porrada é ela?

Um soco no estômago
De deixar sem ar,
Uma puta
Que não sabe seu lugar.
Que droga isso
De brigas em família,
Mas o motivo não é bobo,
Não é legal
Garota que seduz o cara que você gosta
E isto também serve para a sua irmã,
Que porra de ideia,
A minha por dar bola,
A dela de ser porrada na cara!

Essa porra de “gozei
Com ela pensando em você”
É ideia que satisfaz
Apenas garotas vulgares.
Garotas solitárias 
É que vão em busca
De caras que não querem
Absolutamente nada com elas.

Saudade com Gosto de Infância

O quanto é difícil separar-se,
Por horas, minutos e instantes,
Deixar o colo da avó,
Porquê seus ossos estão frágeis,
Ela já não suporta que você cresceu.

Sim,
Você não nota,
Mas suas brincadeiras
Não são as mesmas,
Até os amiguinhos
Estão mudados.

Antes fazendo bolo de barro,
Agora esfrega os pés na terra,
Não se agacha tanto,
Olhos para a distância.
A oração da noite
Sente medo,
Os pedidos são diferentes,
São distintos os agradecimentos.

O colo do pai e da mãe,
É substituído por um abraço,
Mais tarde,
No beijo ao final da oração noturna.

Entre as mãos que fechadas
Souberam falar com Deus
De maneira tão próxima,
Verdadeira e fiel,
Agora repousa o beijo
Que é endereçado aos pais,
Ao avô, a avó.

Ossos frágeis,
Pele flácida,
Já não suportam
Abraços apertados,
E eu te amo gritados
Ao ouvido tão altos.

Beija-se os bracinhos
Que tanto abraçaram
Quem amam,
Como pedidos emudecidos
Pela chegada do sono.

Até a fala com Deus
Se torna mais silenciosa,
É como se houvesse
O demonstrado,
E o amor escondido,
Nem por isso diminuído,
Apenas deixa de ser público,
Por algum motivo.

Anos posteriores,
Imagina que foi a primeira paixão,
O primeiro menino,
Mas a verdade é que o amor
Silencia-se conforme chega a altura,
O amadurecimento das ideias,
Traz maturação de sentimento.

Mas amor não envelhece,
Por quê amor não possui círculo de vida,
Amor não morre,
Ele subsiste.

Mas a mão fechada
Diante do medo
Permanece instinto,
Pensa-se é para defesa,
O que na verdade
É apenas o manter próximo
Daquele que,
Já não sabe-se por quê,
Foi posto a distância.

A mão que abraçou tanto,
Soube manter perto,
Mesmo que apenas o coração
Ainda entenda os motivos,
Mesmo que o cérebro
Já não rememore tão rápido,
Mesmo que aquele
A quem tanto dera-se amor,
Hoje resida em lugar
Onde não se possa alcançar.

Resta o sentimento.
Persiste o carinho.
O tempo não apaga isso.
Aquele gosto de infância,
Aquele coração sempre quentinho,
-saudade eu sinto da vózinha,
Saudade eu sinto do vôzinho.

Não pode ficar,
Eu não fui visitar,
Paterno não posso alcançar,
Materno preciso ir lá!
Fica comigo a lembrança
E a saudade que sente falta.

Sem Energia Elétrica

Não há energia na casa,
Não há energia próximo a casa,
A tempestade chegou,
E algum poste não suportou,
Talvez, alguma árvore auxiliou,
O que sabe-se?
Faltou energia elétrica.

Não se lava a roupa,
O banho é frio,
Não se houve músicas,
Mas as vozes permanecem,
E a alguns metros
As miragens.

Confesso que me causa espanto,
Chego a porta,
E há música,
Ligo o interruptor
Não há mais nada,
Era apenas barulho,
Sons para me deixar louca.

A quanto isto me obriga?
Meu estremecer de medo
Ganha figurino,
Penso se é devido a bateria
Do celular
Que eles ainda estão aqui,
Fosse tão simples,
Fosse tão simples.

Não sinto que é.
Sorte tenho de poder contar com amigos,
Dividir histórias,
Ser ouvido.
Fora isso,
Passam nuvens neste céu azul,
Rápidas e riscadas,
Brancas escurecidas,
Penso que vem chuva.

Rezo a Allah
Para que venha,
Plantei bananeiras,
Sementes de uva,
Plantei sementes de maçãs,
Que Allah abençoe está plantação
Com chuva calma
E derramada.

No fogão faço a comida,
O horário do almoço se aproxima,
Espero a chuva chegar
Com calma e positividade,
O que há de mal
Que Allah distancie,
O que for de Sua bondade
Que Allah nos abençoe.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

A Pescaria

Caiu a tardinha,
O sol baixou atrás do morro,
Bruce, sua mãe e seu pai,
Pegaram o caico,
Uma embarcação simples,
Feita em madeira,
E foram para o meio do rio.

O pai de Bruce remava,
E a mãe dele
Ia puxando a rede de dentro da água,
Bruce sentado no final do caico,
Mal pode acreditar
No número enorme de peixes
Que viu nadar na água.

Quando sua mãe
Retirou a rede da água,
Puxando-a aos poucos
Para dentro do caico,
Brucinho deu pulos de alegria,
Latiu tão alto
Que fez eco
Em todos os lados do rio.

- au, au, au.
(Au au auuu).
Fez o eco dele,
Três vezes.
Ele sorriu,
Jogou-se no chão do caico
Entusiasmado,
Remexendo-se,
E sorrindo
O seu sorriso
Mais lindo.

Na rede haviam
Um peixe,
O Bruh contou,
Dois peixes,
Três peixes,
Ele pulava de um lado
A outro contando,
Haviam tantos
Que ele quase esquecia
Em qual número estava,
Quatro peixes,
Cinco peixes...
Dez peixes...
Vinte peixes...
Trinta peixes.

- au, au, au.
Allah, são muitos peixes.
Realmente, a pescaria foi boa.
Rendeu dois baldes cheios de peixes,
E um cesto de vime.
Bruce e seus pais
Pescaram muita comida!

De repente,
Uma cobra aproximou-se do caico,
Ela nadava sobre a água,
Rápida e atrevida.
Logo foi morta.
Bruce não corria mais perigo!

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Imensidão

Riscado o céu de branco,
Céu negro e inexpressivo,
Luzes transcendem o firmamento,
As sombras de imagens
Vão se afirmando.

Vê-se mais e pouco.
O sol foi-se,
Não tem muito tempo.
As nuvens ganharam o espaço,
Conquistaram o tempo,
Agora decidem o dia da noite,
Hoje o sol descansa tranquilo.

Um painel de negro
Diante dos meus olhos,
Mais estranho que isso
É quando a energia de casa,
Pisca e apaga,
Eu olho lá fora
E tudo está escuro.

Nenhum relâmpago aqui dentro,
Como haveria de chegar?
Nenhuma estrela se acende,
Apenas o escuro enegrecido,
Onde não há nada,
Há tanto.
Barulhos vagam neste negro,
Busca-se nele
E não há nada.

Relâmpagos se acendem,
É como um riscar de lâmina afiada,
Mas o escuro fica,
Se acende e permanece,
Um tracejar por sua superfície,
Um riscar de sua pele,
Um toque,
Um som que se acende
Para apagar-se.

Se olho a olhos vagos,
Não há nada,
Mas, então o traço expande-se,
E nuvens ficam a mostra,
Cinzas esbranquiçadas,
E atrás delas,
Há o escuro imponente,
Retoma seu lugar,
E o risco se apaga,
Escuro e imenso.

Daqui até onde o infinito se escurece,
Apenas o negro,
Chuva cai,
E eu contemplo a distância,
Que nunca mostrou-se tão próxima,
Tão atraente,
E tão grande.
Imensa.
Apaga-se a luz daqui de dentro,
E apaga-se lá fora.

Um Segundo Olhar

- Me perdoe, senhora.
Sei que não sou digno de sua filha!
Ela recordava a tarde
Em que o rapaz amigo da família,
Foi considerado por ela
Incompatível com a filha
Para namora-la.

Foi uma atitude importante,
Embora,
Ele fosse de família rica,
Não trabalhava,
Não tinha horário para acordar,
Saía todas as noites,
Não sabia poupar gastos.

É certo,
Isto foi a anos passados,
Naquela época
Ela contava que ficaria viúva,
E o esposo partindo
Tão cedo,
Não soube guardar valores
Suficientes para uma vida sem ele.

Ele era contador de um banco,
Profissão masculina,
Cuja qual,
A filha não soube acompanhar,
Não poderia fazer nada a respeito.

A herança ficou a encargo
Do filho anterior ao casamento,
O suficiente para que vivam
De forma plena,
Por dois anos.
Insatisfatório.
Agora as duas,
Sozinhas em cidade nova,
Teriam que sair,
A filha ao teor de seus
20 anos,
Já era moça adulta,
Mas não seria relegada.

A mulher com tais pensamentos,
Rumou-se, aturdida,
Para fora de casa,
Ao pisar no 09 degrau da escada,
Bateu de frente com um homem.
- Olá.
O que é?
Algum problema?
Ela indagou,
Amedrontada.

Sem reconhecer a pessoa.
- boa tarde.
Eu sou o dono do imóvel.
Soube que você assinou o contrato.
Vim pessoalmente ver
Como você se sente.
Ela retornou um degrau,
Ficou pasma
Olhando seriamente para ele,
“Será que ele queria mais dinheiro?”
Foi incapaz de fazer mais que olhar.

Ele colou um sorriso feliz no rosto,
O tempo passou,
O sol ficou mais forte,
E ela ainda emudecida.
O tempo passou mais ainda.
O sol queimava a pele,
Prenúncio de tempestade.
Lá ao longe
Uma nuvem solitária e negra
Se aproximava,
Única e imponente.

A pele ardia,
Ela sentia que sua sandália
De plataforma e tiras
Que seguravam a panturrilha
Iria derreter,
Ou grudar naquele chão de mármore.
Pensou em levantar os pés,
Ou mexer-se,
Mas preferiu ficar ali estagnada.
- posso entrar,
Saber como você está?

Ele indagou
Levando uma mão para frente,
Em gesto de querer caminhar.
- é certo que não.
A casa foi alugada.
É da minha privacidade
Não convidar nenhum estranho
Para entrar neste ambiente.
Embora sua voz
Gaguejou,
Evidenciando seu medo,
Ele obedeceu.

- me perdoe.
Não quis ofender.
Me perdoe.
Eu sou o dono.
Mandei meu sobrinho,
Advogado,
Lhe trazer o contrato.
Houve um contratempo e
Não pude acompanha-lo.
Ele desceu os degraus.

- está certo.
Eu assinei e paguei.
Não pretendo atrasar
Ou acarretar transtornos.
É da minha privacidade
Não receber estranhos.
Eu manterei o padrão de qualidade da casa.
A voz dela
Não pareceu mais segura.

Era assustador demais
Receber a visita de um estranho
Em suas dependências,
Ela não era acostumada
A não ser dona,
Muito menos a ter de evitar
A visita da pessoa
A quem a casa pertencia.
A ideia era assustadora.

A casa foi alugada em perfeitas condições,
E seria assim mantida.
Era como se ele quisesse
Manter uma relação de domínio,
Contudo,
Parecesse um bom sujeito,
Dar as boas-vindas?
Não.

Isto beirava mais a territorialismo.
Não suspirou aliviada
Ao vê-lo distante,
Mas nem ficou tão insegura
Quanto antes.
Precisava deste distanciamento.

A Bananeira Caída

De cima da cama
Bruce pulava sem parar,
Pulava para frente,
Pulava para trás,
Pulava para a direita,
Pulava para a esquerda.

Parecia que estava
Em um show de metal.
Pulava sem parar.

A mamãe dele notou,
Viu que a atenção dele
Estava direcionada
Para as bananeiras.

- se este garoto
Estivesse tocando guitarra,
Querido marido,
Não pulava tanto.
A mãe comentou com o pai.

Pegou uma enxada,
O pai pegou um facão,
Foram até às bananeiras.
Havia uma caída
Com o cacho em desenvolvimento,
A mãe exclamou:
- amado marido,
A última chuva
Derrubou o pé de banana!

O marido sorriu.
- é verdade esposa!
Ele disse repousando
Um beijo no rosto da esposa.
A esposa ajuntou a bananeira
O marido pegou a cavadeira,
E iniciando com a enxada,
Terminou cavando um grande buraco,
Ao retirar toda a terra de dentro,
A esposa com a ajuda do marido
Colocou a bananeira dentro,
E juntos,
Tocando suas mãos uma na outra,
Encheram o buraco de terra.

A bananeira coube bem certinho,
Assim o coruja concordou:
- bem certinho.
A esposa foi até a torneira
Encheu um balde de água,
Molhou a bananeira,
Beijou o rosto do esposo,
Concordando com a coruja Corajah:
- bem certinho.
Ela disse.

Então, um barulho
Os assustou.
A esposa levou a mão ao peito,
O esposo juntou o facão,
E um bicho estranho,
Cor marrom acinzentada,
Subiu a bananeira muito rápido.

- Allah! Uma cobra!
Não é um esquilo!
A esposa gritou assustada.
Bruce que enxergava
Através da janela aberta,
Parou de pular,
Ficou estagnado,
Apenas olhando
O que seria?
O marido, disse:
- não, amada esposa!

É a gatinha.
Rahgatinha havia se sujado
Na terra,
E fazendo o barulho
Ela mostrou que viu
O instante em que a bananeira caiu,
E chamou atenção para
Que ela fosse replantada.

Marido e mulher se abraçaram,
Ele pegou a gata no colo,
E voltaram os três abraçados,
Trazendo as ferramentas de trabalho
Para guardar.
A bananeira nem murchou.

Ficou perfeita.
Rahgatinha continua subindo a bananeira,
E as vezes, algumas outras árvores,
Ela gosta de brincar,
Treinar as garras,
E comer frutinhas.

Bruh sorriu faceiro,
Rolando na cama.

Pombaia

A chácara estava linda,
Vinham pássaros de muitas cores,
Espécies diferentes,
Se sentiam bem e ficavam.

Mas Bruce
Quis mais encanto,
Decidiu plantar flores
Para atrair borboletas,
Escolheu as íris roxas.

Convidou a mamãe,
Chamou o papai,
Pegaram a enxada e foram.
Rodear a área de terra com íris roxas.

Depois de 30 íris plantadas,
Ao fazer o 31 buraco,
Saiu do chão,
De debaixo de uma bergamoteira,
Uma pequena pomba,
Com poucas penas,
Frágil,
Com pouca força,
Ela havia se sentido segura
Para sair do ninho,
Mas suas asas não lhe permitiam o vôo.

As penas estavam pouco desenvolvidas.
Sorte teve que Bruh foi rápido,
E latiu alto em atenção,
- au, au, au, uma pombinha bebê.

Então, o pai parou de fazer o buraco,
E a mãe agachou-se,
Juntou a pombinha,
E trouxeram para perto
Para poder ser alimentada.

A pomba saleira Pombaia,
Cresceu forte,
Fez asas de água,
Voa para os céus,
E traz frutos lá do alto
Para o Bruh,
Lá da copa da Espinheira Santa.

Logo depois de o Bruh
Tê-la encontrado,
Choveu muito forte,
Fez enxurrada intensa,
Escorrendo lama por todo lado.

Sorte teve a Pombaia
Pois não foi soterrada,
Também, não desfaleceu
De frio e fome.

Bruce Wayne e Titilico

Bruce Wayne,
O Shitzu que aparou o pelinho,
Ficou com o pelo curtinho,
Cheirosinho,
Agora o calor não parece
Tão intenso,
Mas ele continua tomando
Muita água,
Para não sofrer desidratação
Durando os três meses de verão.

Contudo é final de primavera,
Mas não importa,
O calor só aumenta.
Feliz por ter muitos amigos,
Quis mais e mais amiguinhos.

Então, foi com mamãe e papai
Ao supermercado,
Entrou na sacolinha de passeio,
E ficou comportadinho
Lá dentro,
Na feira,
Escolheu o mamão mais lindo,
Disse:
- mamãe, au au.
Vamos comprar este
E plantar as sementes?

A mãe sorriu para seu pai,
Ambos compraram o lindo mamão,
Fizeram dele um gostoso suco,
E ao final da tarde,
Quando o calor diminuía,
Foram todos plantar as sementinhas.

Pitelmario,
Correu com muito agito,
Erguendo as asinhas ao alto,
Sorrindo a contento,
Atrás dele Masharey,
De asas para o alto,
A bicadas atrás do garoto.

Todos juntos fizeram os buracos,
Os pais plantavam,
Bruce abria e fechava
Os buracos,
Deixando em casa cova plantada,
A marca de sua patinha,
Para averiguar de perto
O trabalho feito.

Os mamoeiros cresceram fortes,
Frutificaram diversos frutos
Em casa árvore,
E os pássaros vieram comer os mamões,
Chegaram cada vez mais perto,
Até vir um lindo beija-flor,
Bruce fez amizade com todos.

O beija-flor Titilico,
Beijava todas as flores,
Depois comia o fruto,
Fazendo um pequeno buraco
E escondendo-se dentro.

A pomba ativa,
Viu a cena,
E em um ato de descuido
Na brincadeira dos dois amigos,
Ele voou na direção de Titilico,
Titilico, muito mais rápido escondeu-se.

Bruce Wayne não viu Titilico voar,
E ficou preocupado com Tilic,
Se jogou no chão na área,
Jogou as patinhas para cima,
Fazendo seu charme de menino,
Pitel e Masha ficaram boquiabertos
Com a cena.

Titilico saiu de dentro do mamão,
E voou cantarolando e rindo,
Veio até o Bruce,
Beijou seu narizinho.

Bruce riu muito.
Bruce é muito feliz,
Ele tem muitos amigos.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Eu o Encontro

Sim.
Combinado.
Eu o encontro.
Guarde nossas lembranças,
Transfira todas para um arquivo,
Onde possa recorda-las,
Num futuro próximo.

Dentre isso.
Eu estarei contigo.
Eu te encontro,
Esteja onde for.
Eu serei capaz de buscá-lo.
Lhe darei abrigo.
Estarei ao seu lado.

Eu te encontro no meio do caminho,
Se o caminho que você seguir,
Você deseje estar comigo,
Caso tenha mudado conceitos,
Eu serei capaz de recorda-lo,
Eu fiz para nós arquivos,
As fotos estão arruinadas,
Mas as memórias estão vívidas,
Você será capaz de lembrar.

Eu lhe trouxe auxílio
Para realizar seus sonhos,
Espero não precisar reconstruir nada,
Eu odiaria te ver em ruínas,
O mal feito não lhe combina.
Mas serei capaz de te fazer recordar,
E onde quer que você esteja
Eu irei te buscar.

Não dificulte o caminho.
Não procure lugares tão perigosos,
Eu odeio sentir medo,
E não há medo maior
Que te ver em perigo.
Esteja num bom caminho.

Hoje eu já posso chegar
Através dos céus,
Antes não fiz mais
Que plantar uma flor,
Depositar nela um beijo
E pedir ao vento.

Hoje eu posso chegar de carro,
Eu dirijo bem,
Serei capaz de te conduzir,
Eu passei desde o primeiro teste,
Sou consideravelmente boa nisso.
Contudo não saiba dirigir navio,
Eu posso ainda assim
Te buscar com um.

A vida já me permite isso.
Eu te buscarei no meio do caminho.
Eu coloco todas as minhas emoções
Nestas linhas,
Eu não vivi só de amor,
Encontrei o ódio mais perverso,
Sofri por muito tempo,
Mas lembrei de suas palavras
E elas me sustentaram,
Eu o encontro no meio do caminho.

Badala o Som da Sky

Badala o som da sky,
Baby, eu penso em você queimando
E isto dói.
Se eu pudesse faria a banda tocar,
Passar por você na praia,
Te acalentar,
Mas pensar em você
Sempre a esperar,
Isto também dói.

Eu tentei ir a frente,
Tentei fazer melhor,
Talvez, até mostrar,
Mas, sair sozinha na rua,
Foi terrível,
Eu teria desistido,
Mas segui igual,
Porém, fui impedida.

Querido,
Quis andar por você,
Te ensinar os passos,
Mas isto me custou muito,
Cada raio de sol no seu rosto,
Que queimou sua pele,
Me feriu dentro de casa,
Sem sair do lugar,
E quando saí
Foi ainda pior.

Eu saí muito com seu rosto
Para lembrança,
Eu não tinha para onde ir,
Ou mesmo o que fazer,
Aí pensei em você
E aprendi muito.
Você parecia estar em meu caminho.
Eu te busquei,
Tentei falar,
Conseguir contato.

Eu deitei naquela areia fria,
Vi o sol ir
E a noite se aproximar.
Eu nem vi quando todos fugiram,
Eu ainda não sei o por quê,
Mas, de repente,
Um cara,
Acho que nada parecido com você,
Me pegou nos braços
E me tirou de lá,
Ele disse:
- garota, a praia inunda!

Eu disse:
- mentira, você quer me seduzir!
Eu soube que não.
Eu não faço o tipo seduzivel,
Então, sem nenhum aviso
E muito rápido
Tudo foi ao fundo,
Questão de metros e metros,
Muitos metros,
Mesmo a parte de calçada
Onde estávamos
Foi ao fundo,
Tivemos que correr,
O mar veio ao meu encontro.

Eu joguei um beijo
Para você lá do alto,
Gritei e corri.
Cara,
Por questão de minutos
De descuido
Eu quase morri.

Havia muita gente,
Eu não identifiquei o que diziam,
Sorte eu ter uma bunda grande,
E um estranho louco
E disposto a uma atitude heróica,
Salvar uma bunda em perigo.

No mais,
Eu queimei até perder a pele,
Fui queimada por algas marinhas,
O sol estava imperdoável,
Vi tubarões andar em casais,
E eu sozinha.
Esperei você.
Eu nunca deixei de te procurar,
E cara isto não me fere.

A Rãzinha Amiga de Bruh

Caiu a tardinha,
Bruce corria pelo gramado,
Brincava com a roseira vermelha,
Puxando a rosa até o chão,
E morde do ele de leve.

Suado e com mil lambidas
No seu pelinho,
Decidiu tomar banho,
Puxou a toalha do varal de corda,
Levou ela até o banheiro.

Quando puxava a porta
Com a mãozinha para trancar,
Levou um baita susto,
Uma pequena rã
Amarela com listras marrons
Estava lá.

Trepada na parede,
Gorda e comendo pernilongos,
A danada deu um pulo
Em sua direção,
Parando no seu ladinho
Na parede
Logo acima de suas orelhinhas.

Bruce com um rompante
Abriu a porta do banheiro,
E alçou vôo em disparada,
Içando o rabinho para o alto,
De longe não se distinguia:
“ um avião ou um navio
Em direção ao rio”
Tamanha velocidade do menino.

- auauau.
Uma rãaaaaa.
Ele latia.
Então, descobriu-se tudo,
Era apenas Brucinho
Correndo aos pulos,
Da área ao gramado,
Do gramado para o rio.

O safado sabe nadar muito bem.
Mas antes de se colocar na água,
E fugir feito um desesperado,
A mãe dele o alcançou,
Enlaçando o danado
Através da barriguinha,
E o impediu de desespero maior.

Carregou-o até o banheiro,
E o explicou que tudo que
A rãzinha queria
Era o pernilongo
Que estava próximo do menino.

Aí, na verdade
Ele foi protegido por ela,
Que impediu o pernilongo de morder,
E talvez, transmitir uma doença nele.

Porquê pernilongos transmitem
Doenças relacionadas ao pulmão,
E coração.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Cobrança de Aluguel

Quinze dias na casa nova.
Cidade nova.
Saudades do pai.
Não haveriam novas notícias.
Ele estava distante,
Estava onde não há retorno.
Alguém bate a porta,
Ela calça os chinelos
E vai até a porta.

Um rapaz,
Parece advogado.
- assunto de negócios.
Ela pasmou-se.
Sentiu medo e pigarreou.
- de quê se trata?
Ele sorriu polido.
Meticuloso,
E maquinal.

- um contrato para que assinem.
Entregou a ela um envelope.
- tá bom. Eu posso ler antes?
Trêmula ela pegou o envelope,
Virou as costas,
E dirigiu-se ao sofá.
- leia com atenção,
Não há nada em desacordo.
Ele manteve-se a porta.
A mãe saiu do quarto assustada,
Cabelos molhados,
Presos na toalha de banho.

- o que é isto?
Indagou trêmula,
Suas pernas tropeçaram
E ela caiu ao lado.
- mamãe, mamãe.
Parece apenas um contrato de aluguel.
A filha disse,
Massageando os ombros da mãe.

- tem que pagar algo?
A mãe pediu entre soluços.
Queria ser forte,
Por Allah,
Pela filha,
Pelo marido que foi embora.
Mas não se conteve.
Sentia dor intensa.
- mãe, por favor.
Não infarte.
Precisamos ser fortes.

A mãe correu até o quarto,
Com papel na mão,
Assinou e o entregou,
Com lágrimas a borrar as letras,
E assinatura torta.
- pronto.
Vai embora!
Ela disse a ele,
Ao correr devolvendo o documento.

- preciso do envelope.
Ele exigiu
Estendendo a mão para a moça.
Ela estremeceu
E estendeu o envelope.
- agora o pagamento senhora!
Está em atraso há 15 dias,
Outros 15 e seja despejada!

Ele falou
Sem retirar o sorriso
Que pareceu congelar
Naquele rosto impassível.
- sim.
Me desculpa,
Só um instante.
A mãe correu até o quarto,
Tateou na carteira,
Juntou o valor
E o entregou.

Nota sobre nota.
Não eram muitas.
O valor não parecia significativo.
Mas era um valor gasto mensalmente,
Retirado de outros afazeres,
Comida, energia elétrica, água,
Roupas.
Ela não era mais dona.
Pagava para poder estar.

O valor era exigido,
Devido e passível
De reprimenda.
Ela olhou para a rua,
Agora tão grande,
Parecia caber tantas pessoas,
Ela não queria ser mais uma.

Fazia calor,
O sol queimava o chão,
Todos pareciam ver sua situação,
Era triste.
Mas se esforçaria e iria pagar.
Nunca esquecer.
Nunca negar.
Estar ao relento.
Recebendo sereno,
Chuva, frio e calor no rosto,
Isto era o de mais terrível.

A filha levantou-se,
A abraçou e sorriu,
Terna e amorosa.
O rapaz pareceu assustar-se
Diante de tamanha beleza,
A mãe não importou-se,
Bateu a porta contra a sua cara
Sem despedida.
Sentiu medo,
Sentiu pavor,
Mas abraçada a filha,
Sentia profundo conforto,
Um calor que lhe tocava,
E uma esperança de futuro bom.

Não iria medir roupa,
Maquiagem,
Ou apostar em seduções,
A vida é um ato de quitar
Suas dividas.
- ao menos ele foi polido.
Não tentou se sobressair
Através de seu trabalho
Para se aproveitar de nossa situação
Financeira e te seduzir.

Ela falou
Enquanto puxava a roupa da filha
Para baixo,
Como se num ato de desespero,
A camiseta sobre a calça,
Fosse inapropriada,
E se aproximasse do vulgar,
De alguma forma,
Diante de um coração aflito.

- ele tem o endereço da casa,
Sabe a forma de entrar em contato.
Tem tudo que precisa.
Talvez, ele estivesse se preparando.
Disse a filha,
Olhando firme os olhos da mãe,
Marejada em lágrimas.
- não seja tola.
Eu estarei preparada.
Ambas abraçaram-se,
Fortes e seguras
Uma na outra.

Reforço Vitamínico Lá da Roça

Wolverine é um rottweiler esperto,
Ele estava com sede,
Mas queria algo diferente,
Água fresca era ótimo,
Mas, não para aquele instante.

Então, Bruce Wayne,
O Shitzu mais esperto,
Olhou para ele do início da área
E deitada no chão fresco,
Pôs a mão direita nos lábios
E riu, riu sem parar do garoto.

Esperto,
Wolvy deu um puxão forte
Na corrente
Que o sustentava
E separando sua coleira dela
Correu, correu e correu.

Retornou até o gramado,
E continuou,
Encontrou uma vaca no pasto,
Baixou o pasto e a olhou,
Mantendo o pasto no chão
Com sua para direita.

Se sentiu corajoso
E a fome roncou na sua barriga,
Ele, em um ato de esperteza,
Correu até a vaca
E tomou leite direto do teto.

Mamou feito um bebê.
Voltou para casa satisfeito.
Bruce Wayne,
Tomou conhecimento da atitude,
Correu até lá,
Mas não teve forças de baixar o pasto,
Menos ainda de ver a vaca.

Bruce pulou,
Estufou o peito gordo e fofo
E pulou.
Até que encontrou uma fresta
E se colocou nela,
Seus olhos escuros de bebê
Brilharam de longe,
Vendo a vaca animada no pasto.

E sua coragem arfou
Ainda mais o peito fofo dele.
Mas ao chegar próximo,
Sentiu medo de ser pisoteado,
Conversou com ela,
E pediu leite.

A vaca fugiu
E espirrou leite no chão.
Bruce tomou leite sem parar.
Wolvy espantado com a demora
Voltou até ali para olhar,
Encontrou Bruh barrigudinho,
De barriga cheia,
Incapaz de se mover de tanto que bebia.

Wolvy pegou Bruh pelo pelinho,
Fez como a mãe de Bruh,
O trouxe pendurado pelo pescocinho,
Como se fosse uma trouxinha,
Soltou na área.

Sensível com o estado
Do garoto,
 Wolverine voltou até a vaca,
E mamou de trago a trago,
De gole a gole
Ele trouxe o leite até em casa.
Soltou numa vasilha,
Foi até a bananeira,
Balançou com a mãozinha,
E deixou ela tortinha,
Pulou até o coração do cacho,
Derrubou o cacho no chão.

Colheu o cacho,
Trouxe na área,
Colheu um dedo da penca
Que estava madura,
Descascou com a mão,
Pegou o dedo e misturou ao leite,
Tomou o reforço vitamínico,
E deu ao Bruce também.

Fazendo carrinho
Na barriguinha saliente do
Pequeno garoto.
Agora eles são dois garotos incandiocados.


domingo, 24 de novembro de 2024

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara,
De repente,
Todos os bichinhos
Correram assustados.

Masharey subiu na pedra
Mais alta,
Que há ao lado da bergamoteira
E cantarolou alto:
- tô no terreiro!

Todos olharam
Na sua direção
E buscaram esconder-se,
Era algo perigoso.

Wolverine colocou a cabeça
Acima do piso da área,
E olhou atento,
Nada viu.

Bruce Wayne correu
Feito um cão abandonado,
Cheirou e cheirou
Por todos os lados,
Nada viu.

Os pássaros revogaram
E buscaram,
Havia algo.
Mas o que era?

Na busca desregrada
Por proteger
Si mesmo
E a família,
Um pequeno pintinho sedoso,
Correu cantando assustado:
- Piu, Piu, piuuuu.

Foi seu último piu.
Ele encontrou o que assustava
E isto foi seu fim.
Uma cobra rosa
E grande.

Ele pulou nela
Com suas garras afiadas.
Enfiou todas as garrinhas nela.
Masharey correu, e ajudou.
Penetrando sua pua
Toda dentro dela
E colando ela no chão
De terra.

Os pais deles correram
E a mãe pisoteou nela
Com seus pés fortes,
Sua bota de borracha
A esmagou.

Mas era tarde,
O pintinho chegou antes,
Foi forte para proteger o terreiro,
Salvou todos os seus 22 irmãos
Patos e galinhos,
Mas não aguentou os ferimentos.

A cobra que veio alimentar-se
Deles,
O feriu de morte,
Ainda assim,
Ele foi forte,
O mais corajoso,
Lutou contra a dor
Por três dias.

Contudo,
Ontem quando o sol
Caiu na noite,
Levou ele.

Pitel está feliz e seguro,
Ele sobrevoa a área
Com mais empenho,
Mas a cobra estava escondida,
Nem os pássaros a viram.
Nem nenhum outro.

sábado, 23 de novembro de 2024

Eu Sou Uma Danada

Sem o troféu
“A melhor”
Nem a miss mundo,
Ou a garota modinha,
Simplesmente,
Datada “a perfeita”
Intitulada
“A grande garota”.

Tudo corria bem,
Se temperamento
Fosse algo relacionado a mente,
Se as influências fossem
Sempre benéficas,
Se casa vez que eu seguisse rótulos,
Eu não fizesse o tipo estereótipo.

Danada.
Ferrada.
Satisfazendo vontades,
Esquecendo quem sou,
Minhas responsabilidades,
A educação que recebi.

Ocorre que pessoas datadas
Possuem dia exato,
Precisam estar medidas,
Seguir exatamente a bula,
E não há remédio,
É ideia apregoada,
Na qual se acredita e segue,
Cega,
Emudecida,
Danada e burra.

A perfeita intitulada,
Títulos não substituem textos,
Apenas simplificam,
Representam
Mas não são o contexto,
Títulos são esquecidos,
E até mesmo textos
São abandonados.

A tal garota miss mundo,
Porém, troféu é coisa
De acontecimento,
Possuem números de garotas,
E constituem
A satisfação de alguns presentes.

A perfeita danada.
Um título,
Que remete a algo,
A datada,
Garota com dias exatos,
A troféu,
Simplesmente na mão de todos,
Guardada em algum canto,
Feito móvel,
Que por si própria tem pouco valor,
Troféu vale pela competição
Que representou.

Danada.
Intitulada.
Rotulada.
Datada.
Troféu de acontecimento.

Talvez algum dia
Eu encontre lugar
Para ser eu própria,
Satisfazer meus conceitos,
Possuir mente sã,
Viver ao invés de buscar satisfazer.

A danada que segue tendências,
Tendência?
A ser vazia,
Modelada para satisfazer,
Prazer para deleite de outrem,
Esquecida por si própria,
Sem uma única palavra de valia,
Já não sabe se defender,
Nasceu para satisfazer,
Perdeu-se,
Já possui no preço da roupa
Uma data de validade.
Nas jóias que busca
Tenta ocultar o que é.
Uma danada.

A colina

Sentadas.
Lado a lado.
Mãe e filha.
O sol partia na coluna
Em frente aonde
Estavam sentadas,
Ambas abraçadas.

Pensativas.
A pouco tempo sofreram
A perda do ente querido,
Pai – marido.
Agora restariam lembranças,
Nunca se pensa
Que dias não voltam atrás,
Que o sorriso de hoje da filha,
Não se repetiria no amanhã,
Nenhum é igual ao outro.

Mas perder alguém
Para sempre,
É tanto tempo
Se imaginar
Que se tem muito para viver
E algum tempo
Se você pensar
Que não conhece
O seu destino.

Ela olhou no rosto da filha,
Viu o sorriso cativante do pai,
Viu o olhar de menina,
Viu seus sonhos de adolescência.
Enxergou seus primeiros passos,
O abraço satisfeito do marido,
Ao vê-la linda e forte
A caminhar ao seu encontro.

Se viu indo até ele,
Lhe depositando um beijo
Leve e demorando
Sobre seus lábios,
Abrigando marido e filha
Em único abraço,
Apertado e demorado.

Naquele dia imaginou
Que o amor dura para sempre,
Que nada separa família,
Então, veio a morte.
Cruel desengano.

Desatino de um fim inesperado.
A penumbra foi chegando,
Ela lembrou de tantas vezes
Que o marido a protegeu do escuro,
Não havia mais ele,
Apenas a filha grande,
Adulta, forte e deslumbrante.

Enchia o coração de alegria
Ver nela
Detalhes tão nítidos do pai.
Seu marido não partiu,
Nem partiria.
Havia uma linda parte dele
Ao seu lado.
A lhe abraçar,
Fazer companhia.

A primeira estrela brilhou num infinito
Tão alto
Que parecia próximo.
Do alto da estrada,
Sentia-se que
Num estender de mãos,
Se poderia tocar a estrela,
Mas o que o alcançar de uma estrela
Poderia trazer de tão bonito?
Estrelas são para o infinito.

Infinitas delas brilharam.
As árvores foram se tornando sombras,
Cigarras cantavam alto,
Alguns pássaros ainda voavam.
Uma coruja chegou perto,
Parecia ter um ninho
Num buraco próximo a elas.

Ela acariciou o rosto da filha,
Correu a mão por seu braço,
E apertou forte sua mão.
Chorou em silêncio.
A filha escorregou para seu ombro.
“Assim, são os filhos desmoronam”.
Ela pensou.

Mas as mães não tem este direito,
As viúvas solitárias,
Muito menos.
Carros passaram,
Ligaram pisca alerta,
Buzinaram para elas,
Ela não teve interesse,
Não quis saber quem era,
Não tirou o olhar da filha.

Linda e educada.
Não fez por menos.
Permaneceu íntegra.
Não retirou o olhar da colina.
Lembrava muito a integridade de seu pai,
Ele foi um homem único,
Gentil, cortes e lutador.

Soube trabalhar longas horas
Para lhes dar a melhor vida,
Soube educar, amar
E estar sempre próximo,
Mesmo se não estivesse.
A morte dele não era vista como morte,
Parecia uma distância
De horas,
Seu coração sempre
Esperava por sua volta.

Ela teve que retirar o relógio do pulso
Para parar de contar horas e minutos,
Mas coração de esposa
Sofre calado,
E não desiste por nada,
Ela aprendeu a contar as horas
Por outras formas,
O olhar choroso da filha,
O instante de entregar
O casaco para ele ir ao trabalho,
O horário do almoço,
Horário do banho,
O sol a mover-se,
A saudade a chama-lo,
A busca incessante da filha.
A saudade.

Maldito destino

Dias e dias de tormentas,
E logo após,
Um sol escaldante.
Representava que nunca
Houve chuva,
E nem mais haveria.

Havia reportagens jornalísticas
Que o sol se aproximava da terra,
Em questão de poucos anos
No mais tardar décadas
Iria consumi-la,
“Plantem árvores,
Reguem as flores,
Tenham vida sustentável”.

Ela se empertigou,
Pegou o controle,
Desligou a televisão.
Sentia-se sem saída,
Presa aquela casa.
Pegou as chaves do carro
E foi até a praça pública do bairro
Onde residia,
Pagou um passeio a cavalo,
Cavalgou ao redor do lado,
Colheu uma flor de agapanto,
Tirou fotografias de si própria,
Montada, com o agapanto no peito,
Depois no rosto,
Então, solto sobre a montaria.

Um rapaz bonito aproximou-se,
Mas ela era mãe de família,
Enviuvada,
Não tinha idade para amores passageiros,
Outros homens vieram,
É difícil ter de olhar
Para sujeitos masculinos
Sentindo-se na obrigação
De escolher um dentre eles.

O marido partiu para o além,
Deixou poucos recursos,
As propriedades eram geridas pelo
Filho homem,
(Havido de um primeiro casamento).

Ela e a filha ficaram a deriva.
Precisavam pagar o aluguel,
Comprar comida, água enfim,
Quitar despesas.
A última coisa que queria na vida
Era ver a filha sofrer,
Ou pior,
Coloca-la em seu lugar
Para escolher marido...

Os homens neste viés de olhar:
“Necessidade de relacionar-se seriamente,
E ter um alguém para dividir a vida
E as despesas,
Ficavam cada vez mais feios.”
Dava arrepios de pensar,
 Ódio de si própria,
É muito mais fácil quando
Se é jovem e cheia de sonhos,
Ela não queria roubar os sonhos da filha.

Precisava, ao menos,
Beijar alguém.
Um vento forte soprou contra
Seus cabelos,
Brincando com a crina do cavalo,
Ela sorriu,
Mesmo ante tanta dor,
Ela encontrava forças para sorrir.

Jogou o agapanto na água,
Vou peixes pularem alto
Por curiosidade e vê-la.
Desceu do cavalo,
Pagou cada centavo,
E não teve coragem de beijar nenhum.

Juntou as chaves do carro,
Saiu calma e entristecida.
Depois de tanto tempo
Não é apenas a mocidade
Que fica para trás,
É também a coragem.

Beijar,
Marcar encontro
Com quem não se gosta,
Transar.
Por dinheiro...
Sim.
Mediante as circunstâncias,
Não era mais que dinheiro
Que a movia.

Ela sentia pena de sua filha,
Rancor por não ter feito diferente,
Mas nunca houve o que fazer,
Ela nasceu mulher,
O outro homem,
A lei estava entre todos.

“Será que fechar os olhos
Diminui o tormento?
Imaginar outro rosto,
Encontrar um apelido?
Existe alguma posição sexual
Que auxilie com isso?
Fingir orgasmo,
Alimentar sentimento
Sem sentir nada,
Por anos e anos,
Ou ao menos até que a filha
Encontrei alguém que a mãe.

Depois disso,
Resta a ela ser o encargo
Que a filha será obrigada a levar consigo?”
Oh. Maldito destino!

Piquenique no Quintal

Restava pouca comida
No quintal,
A grama estava escassa,
E as frutas estavam verdes.

Os bichinhos andavam
Em alvoroço,
Iam até o rio,
Mergulharam e voltavam,
Buscavam nas bananeiras,
Ciscavam a terra,
Mas a comida estava difícil
De ser encontrada.

Mas Pitel decidiu
Fazer um piquenique,
Juntou peixes frescos,
Com poucos mergulhos
Até o fundo do rio.

Um único mergulho
E muitos peixes eram pescados.
Efruziva ajudou.
Hartman ajudou.
E logo uma bacia
De metal estava cheia
De peixes,
Que pulavam dentro dela.

Feliz,
PrinssosRah correu com Namaduna
E foi até a horta de verduras e leguminosas,
Ele cavou um buraquinho
Visto que a porta estava fechada,
E lá colheu muita salada verdinha,
Tomates vermelhos suculentos e cenouras grandes frescas.

Também colheram couve.
Masharey correu com Namadinha,
A Vaso Egípcio e a Pintadinha,
E colheram abóbora na roça
Que ficava ao lado do quintal,
Abóboras lindas e rosadas,
Enormes,
Eles precisaram unir esforços
Para trazer elas,
Arrancando um pouco de baraço
E puxando um na frente do outro.

Animados colheram flores de abóboras,
E abóboras verdes bem pequenas,
Trouxeram e colocaram em uma bacia rosa
Ao lado da bacia de peixes.

Bruce Wayne correu para
Dentro de casa,
E pediu para seus pais,
E ganhou pão fresquinho,
Ainda quentinho,
Recém saído do forno.

Pão de manteiga.
Correu contente
Depositando o pão
Em uma grande toalha,
Que ele animadamente,
Desdobrou e estendeu
Junto das bacias.

Wolverine não ficou para trás,
Correu até a horta
E usou seu tamanho
E artimanha,
Pulou até o pilar da cerca,
E de lá,
Ficou em pé
Escorado no pé de mamão,
E colheu mamões maduros.

Pulou de lá,
Depositando seus mamões
Na toalha.

Com isso,
Todos chamaram os bebês patinhos
E pintinhos,
E os pais de dentro de casa
Para comer,
A mamão se uniu a eles,
Mas não foi de mãos vazias,
Levou leite morno,
E o papai geleia de jabuticaba.

A comilança durou horas,
Todos encheram muito a barriga,
E não houve falta,
Muito menos enjoo de comida.
Abraçados eles tiraram fotos,
E jogaram pão para os pássaros
E lagartos que passavam próximo.

Lá no quintal do Pitel
Sempre tem fartura de comida,
Os pais deles gostam de variar
E eles adoram os diferentes gostos.

E o amigo dos pais dele,
Chegou logo após
E levou ração deliciosa,
Feita de milho, legumes
E tinha até milho inteiro dentro!
Que delícia esta comida!!!

Hum.
Só de lembrar minha barriga
Faz ronquinho,
Acho que estou com fome,
Vou pedir ao Pitel um pouquinho!

Comida do Leito do Rio

E,
Houve fome no rio,
Os peixes
Que nasceram aos montes,
Sentiam fome.

Masharey o galo
Sofria em ver os peixes sofrerem,
Vinha do rio
A água que ele bebia,
E era a mais pura,
Os peixinhos sempre
Deixavam ela limpinha.

Ele sofria em ver
Os peixes sofrerem.
Os peixinhos
Pulavam nas barrancas,
Procurando nas margens
A comida,
Mas a linda amoreira
Que estava próxima
Cedeu todas as suas amoras
E não teve outras.

Não ainda.
E assim,
Ocorreu com as tamareiras,
E a amora verde que havia.
Os peixes pulavam
cada vez mais longe
Em direção as margens,
E devido ao calor escaldante,
Não tinham forças
Para pular e pular
Até voltar.

Desta maneira,
Ficavam presos
Por entre a grama,
E a água de seus corpos
Ia secando,
E o ar de seus pulmões
Acabando.
Ocorrendo isto,
Masharey empurrava-os
Usando seu biquinho
E seus pezinhos,
Até que eles alcançassem
A água
E pudessem nadar.
E pudessem viver.

Entristecido Pitelmario
Voou sobre o pé de milho,
E o pé baixou até o rio,
Mas os peixinhos eram frágeis,
Não tinham forças
Para retirar a palha,
E comerem o milho que havia.
🌽

Corajoso,
Bruce Wayne correu
Num só fôlego
E nadou, nadou
Até alcançar a espiga de milho
Presa ao pé.

Então, com suas garras
Fortes, lindas e pretinhas
E seus dentes afiados
Ele conseguiu soltar a espiga.

Mas ela não se abriu,
Foi ao fundo da água
E nada houve.
Os peixinhos
Eram frágeis
E mesmo os grandes
Não tinham tanta força
Nos dentes,
E suas asinhas
Não ajudavam
Em nada,
Exceto nadar.

Foi incrédulo
Que Wolverine
Correu,
Fazendo dobras no pelo negro,
Soltando espuma branca
De sua boca aberta,
E língua jogada no rosto,
Chegando aí rio,
Ele mergulhou,
Pegou a espiga do fundo
E trouxe para a margem.

E ávido
Ele abriu a espiga,
Segurando com uma pata,
E arrancando a palha com os dentes,
Depois ele mordeu,
Mordeu a espiga,
E retirou dela os grãos de milho,
E jogou todos na água.

Pitel, Efru, Harth, Masharey e as garotas,
Todos pularam nos pés de milho
Baixando todos até a terra
Para que Wolvy
Os abrisse e conseguisse dar comida
Aos peixinhos,
Bruce segurava o pé no chão,
Com o corpinho gordinho,
E Masharey e Pitel
Conseguiram remover as palhas
E retirar o milho também,
Usando suas garras afiadas.

Foi um trabalho que durou horas,
E depois durou dias,
Mas não tardou
E as árvores do leito
Recuperaram suas frutas,
E cederam comida a todos.

E os peixinhos nadavam felizes,
Pulavam felizes,
E Pitel, Bruce Wayne,
Harth, Efruh,
Masharey e as garotas,
Nadaram e mergulharam
Ao lado deles.

Já, o Wolvy
Uniu-se a PrinssosRah e
Namaduna e foram replantar
As espigas
Para que passasse o sol
E com ele a época das frutas,
E não faltasse comida nos leitos.

Prinssos, especialista em fazer buracos,
Namaduna sabia tudo de tirar
O milho da espiga,
Pois era seu alimento favorito,
E Wolvy ajudou para que não
Terminasse em algazarra.

Após, juntaram milho,
Tâmaras, amoras e peixes
E fizeram um delicioso
Lanchinho.
Todos juntos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Busca aos Peixes

Masharey acordou,
Subiu na alta cadeira
Feita de pneu usados,
E cantou alto:
- estou no terreiroooo!
Em forma de canto.

Após isso,
Bateu suas asinhas
E colocou-se no gramado,
Entristecido,
Asas baixas
E cabeça inclinada.

A água do rio estava secando.
Harthinha saiu do rio,
Desistindo do seu mergulho:
- não há mais nenhum peixe.

PrinssosRah, o coelhinho
Branco de olhos negros
E contorno escuro,
Correu de levantar os pelos
Para o alto,
Se colocou no barranco
E começou a cavar.

Namaduna,
A coelha gordinha
Cinza e amarela,
De olhos cor do sol,
Também o ajudou
Com passadas largas
E gordinhas,
E rápidas braçadas para cavar.

- também não há nenhum peixe
Nós barrancos presos ou escondidos.
- por Allah, sumiram todos!
Gritou a sedosinha Namadinha.

Todos ficaram tristes.
Então, Pitelmario teve uma linda ideia,
Convidou Efruziva sua esposa,
Para irem além das lages
Onde o rio de dividia,
Para ver o que haveria lá
Tão distante.

Chegando na demorada viagem
Encontraram peixes,
Mergulharam incansavelmente
E colocaram no pico
03 de cada vez
E o trouxeram para o leito
Do seu rio.

Juntaram depois de várias viagens
Muitos peixes
De muitas espécies.
Enquanto isso Masharey e
Namadinha juntaram milho
Nos seus biquinhos
E plantaram na covinha
Onde os coelhinhos cavaram.

Juntos fizeram muitos buracos
E plantaram muitos pés de milho,
Cansados plantaram flores,
Abóboras, melancia e melões,
E também várias tamareiras.

Agora cresceu comida para todos,
E os cachos de tâmara
Caem no chão carregados
De frutas
E todos comem.
Os peixes,
Os patos,
Os coelhos,
E as galinhas.

Os peixes cresceram muito,
E procriaram suas espécies,
E o rio nunca secou,
E seu peito nunca baixou.

Contudo,
Bruce Wayne e Wolverine 
Por serem mais fortes
E habilidosos,
Foram pelas margens
E um pouco a nado
Junto com Efru e Pitel.

E com isso,
Conseguiram trazer
Os casais de peixes maiores,
E por ser adultos,
Foram eles, principalmente,
Que procriaram todo o rio,
De maneira rápida 
E eficiente.

Bruce e Wolvy
Nadam muito bem
E até mergulham.

A Plantação de Pêra e Maracujá

Os pais de Pitelmario
Fizeram uma linda plantação,
Araram o campo,
Jogaram adubo,
Molharam a terra,
Então, plantaram pêras.

As mais lindas pêras foram plantadas,
E também, maracujá,
Mas o verão chegou forte,
O sol gargalhou lá do alto,
Tão forte que dissipou toda nuvem.
Nada restou no céu,
Apenas o sol,
A lua correu para longe,
As estrelas nem piscavam,
Os planetas,
Mesmo os mais distantes
Não permaneceram no lugar.

Ficou muito, muito quente.
Então, a terra secou,
E os pais de Pitel precisavam
De muita água,
Caso contrário,
Iriam perder toda a plantação.

A turma toda se mobilizou,
Masharey, as sedosas,
Namadinha, Namaduna,
PrinssosRah, e até os pequeninos,
Todos foram até o rio
E enchiam o biquinho
Para trazer água para a terra seca.

Mas mesmo com a ajuda
De galo, galinha, coelho
Coelhinha e pintinhos,
Patos e patinhos,
Não foi o bastante.

Os pais de Pitel sofriam muito
Puxando água aos poucos,
Soltavam a água no chão,
A terra sugava toda a água
E horas depois parecia
Que nunca ganhou água.

As plantas começaram a murchar,
E depois perder as folhas.
Então, Pitel juntou Efruziva e
Hartman as duas patinhas adultas,
E os três um ao lado do outro,
Chegaram na beira do rio,
E bateram suas asas
Em frente a água
Com força sobrenatural,
Então a água do rio
Voou para o céu,
Em milhares de gotas.

Aí Pitel voou atrás da água,
E enquanto Efruh e Harth
Batiam suas asinhas sem parar,
Ele voando bateu forte suas asas,
E as milhares de gotas voaram
Para molhar a terra.

E toda planta se fortaleceu,
Suas cores vibraram fortes,
Suas folhas foram se abrindo
E nenhuma outra folha caiu.

Então, veio da plantação
Um cheiro bom,
E eram as flores se abrindo.
Nunca mais houve cede naquela terra.

Pitelmario - o Asas de Vento

Pitelmario - O Asas de Vento
Pitelmario é um pato,
Patrono de uma família
Constituída de 13 patos,
E outros amigos.
Pitelmario cuida da chácara onde mora,
Todo dia ele vai até o rio,
Onde se banha na água
E pesca seu alimento,
Pitel nada por horas e horas,
Ele adora exercícios.

Um dia um falcão,
Negro, de olhos negros,
Grande e forte
E com listras vermelhas
Estava sobrevoando próximo.

Então, este falcão
Olhava muito para o quintal,
Como se estivesse caçando,
Pitel pai de 11 patinhos pequeninos
Se preocupou muito.
E buscou ajuda de seus amigos.

O galo Masharey,
E o lindo rottweiler Wolverine.
Também o Shitzu Bruce Wayne.
E todos uniram forças.
Bruce Wayne é o mais rápido.

Wolverine possui garras
E dentes de aço.
Masharey tem o bico
E as unhas de ferro.

Mas o falcão não temeu por muito tempo,
Voou e sobrevoou os arredores,
Então, criou coragem
E caçou uma cobra viva,
E ao invés de se alimentar dela,
Ele a jogou no quintal
Atacando ferozmente
Aquela família constituída
De ainda 05 galinhas
E 12 pintinhos pequenos.

E outros 04 grandinhos.
A cobra veio rápida
E venenosa ao encontro deles,
Bruce Wayne correu
E latiu muito forte,
Wolverine latiu tão forte
Que fez economizar no outro lado
Do rio.

Porém, Masharey foi inteligente
E matou-a utilizando seu bico
E suas unhas,
Cravando sua pua nela
E ferindo ela de morte.

Que agonizou de dor,
Tentou fugir,
Mas foi fraca e morreu
Ali mesmo.

Mas o falcão não desistiu,
Içou vôo e desceu
Atacando a galinha pequenina,
Que gorda e frágil
Correu e correu,
Perdendo penas,
E ele a teria pego
Não fosse Pitel
Que chegou perto
Voando rápido e forte
E bateu suas asas contra o falcão
Fazendo terríveis ventos,
Efeito tempestade,
Levantando mato,
Penas perdidas
E galhos secos contra
O terrível falcão
E o Bruce correu
Pulou nas costas do falcão
Que já estava baixo no chão
E mordeu as costas dele,
Arrancando penas e se jogando
No peito de Pitel que o abraçou
E deu pulinhos de felicidade,
E o falcão foi levado
Pelos fortes ventos,
Com sujeira contra seu rosto,
Chorando amedrontado
E terrivelmente arrependido
De ter se envolvido
Com a linda família.

As penas do falcão nunca foram
Removidas do local
Para que ele,
Mesmo ao longe
Possa ver
Que ali ele não é forte o bastante.
E que não se aproxime.

O falcão perdeu todas as suas penas,
Ficou nu e escondeu-se.
O vento foi muito forte
Encontrou o ninho dele ali perto 
Na mata,
E o destruiu,
Agora o falcão vive em outro lugar,
Bem longe.

Ela Foi

Novos rumos,
Nova vida,
Com a perda do esposo,
Adeus a casa querida.
Com lágrimas de despedida,
Andanças por cada um de seus lados.
Um último beijo a roseira querida,
Um único abraço a árvore de sombra,
Um sentar no balanço,
Um último sentir de ar puro e cheiroso,
Não retornaria.

Abriu-se a partilha,
Adeus casa querida.
Por mais amada que fosse
Não lhe pertencia.
Direito antigo,
Tudo pertence ao filho homem.

Ela acariciou o musgo
Que subia o lindo louro,
Pediu permissão a ele
Para retirar as mudas que pudesse,
E assim, seguiu,
Com migalhas de tudo
Que um dia possuiu.

Sentou na terra,
Sujou a saia comprida,
Quis levar todo tipo de lembrança,
Talvez, nunca mais retornasse.
Lágrimas e último adeus,
Pegou suas malas,
Alguns poucos pertences
E seguiu para cidade distante,
Pagaria aluguel.

Seguiria sua vida
Com uma pequena mesada mensal
De última disposição,
Teria uma vida simples
Em lugar desconhecido,
Com o pai quase todo o palpável
Havia partido,
A cidade que sempre morou,
A casa que nunca imaginou deixar,
A comodidade da vivência,
O amado pai que tão inesperadamente se foi.

A somar a mazela,
Distanciava-se do cemitério,
Seria difícil visitar seu túmulo
Todos os dias,
Limpar com as próprias mãos,
Sua nova morada,
Deixar-lhes flores,
Contar sua vida sem ele.

A dor.
A despedida de tudo que conhecia.
Uma nova vida...
Olhou para trás uma única vez,
Passou no cemitério despedir-se,
Abraçou casa coisa de lá,
E disse adeus jurando voltar.

Ela poderia visitar-lhe,
Talvez, não com muita frequência,
Mas ele já não podia mover-se.
O final chegou a ele.
E a ela novo começo.

Saiu,
Fechou o portão do cemitério,
Ergueu-lhe um aceno de partida,
Jogou um beijo e foi.
Levou consigo tudo que tinha,
Pouca coisa,
Deixava a infância e adolescência,
Mulher adulta e decidida
Não baixa a cabeça,
Nem desmorona.
Ela foi.

Éramos Dois

Quais dos benefícios De Allah renegados, Tu homem? Eu enganei, Menti para mim mesmo Quando jurei que amei, Fiz um aceno ...