A mão gelada da morte chega,
Toca a viva alma,
Retira o calor de seu abraço,
Recolhe o frescor de seu sorriso,
E leva o novo
E leva o velho.
Seu sorriso parte para distante,
Já não é visto,
Mas lembrado ternamente,
Sempre com aconchego,
E uma vontade de abraçar
Que não pode ser saciada.
O coração se purifica no amor,
Aquele que fica,
Deseja ter estendido a flor,
Confessado todas as suas juras,
Mas seu tempo acabou,
Porquê o tempo de falar passa
E cessa, também ao que ficou.
Foi para longe o sorriso,
O abraço amigo,
Está pasmo e gélido o rosto,
Não será mais visto
E nem por isso
É menos querido.
Repousa a grama sobre o corpo
Onde lindas vestes foram usadas,
Calor no jazigo,
No corpo é adeus e pronto.
Não importa a intensidade do choro,
O quanto as lembranças cheguem,
Pertencem a Allah a candura agora,
Ao que fica resta a limpeza de uma sepultura.
O pó dos séculos chega,
O gramado verdeja,
Seca, floresce, faz sementes.
A saudade ameniza,
As lembranças se apaziguam
Com o adeus inesperado.
Os raios do sol nunca chegam
Ao fundo,
Nem o abraço jurado
É sentido naquele pó que se acumula.
Sombrio e silencioso adeus,
Fecharam os olhos seus,
Lacrimejam os meus,
Porém, pertence a Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário