Certa mulher
Vivia pelo esposo,
Fazia suas vontades,
Satisfazia seus desejos.
A comida era temperada
Conforme ele gostava,
E ele não gostava de temperos
Ou mesmo chá novos.
Ocorre,
Que um dia ela ficou adoentada,
Sistema imunológico frágil,
Não sabia que doença tinha,
Buscou tratamento,
Tentou encontrar remédio,
Sempre por antigos caminhos.
Não tardou,
Ela morreu,
Encontraram nela muitos vermes,
Ela comeu, algum dia,
Algo contaminado,
E nunca foi descoberto
Ou medicado.
Morreu por ser cega
Em um caminho de seguir os outros,
Não pensar que mudar um tempero,
Conhecer um gosto novo
Leva a uma distinção
E a um conhecimento,
Com isto,
Ela poderia ter reconhecido a doença
E encontrado a cura a tempo.
O homem conhecedor disto,
Se medicou,
Foi desverminado
E está vivo,
Leva flores ao cemitério,
Lembra dela sempre emocionado.
Foi questão de higiene,
Talvez,
Pensamento de mulher fraca,
Seguir e obedecer.
Morreu,
Teve fim comum.
Porém, morreu jovem.
Fim quase incomum.
- Pois é,
As vezes,
Tem a ver o perfume
Com o chorume.
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