quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Saudade

Uma suave e doce melodia
Ressoa por entre os cômodos,
Na mais doce música,
Um nome é buscado
E uma lembrança o traz,
Uma pessoa a anos deixada lá atrás.

Está pessoa não parece conhecer seus efeitos,
A música tão linda
Faz recordar,
E traz a memória vívida,
Os olhos que fecham-se,
Parecem cortinas,
Enquanto fecham as janelas,
Permanecem fixos por entre os cômodos,
E nos cômodos as lembranças.

Olhos fecham-se e ouvem,
Lábios estremecem,
Pele arrepia-se,
O que houve a tanto tempo,
Vence os anos e retorna,
O relógio deixa de surtir efeito,
A distância deixa de existir.

Há um alguém para não ser esquecido,
Não enquanto a música toca,
A música que ganha o ambiente,
Envolve a quem ouve,
E chama seu nome,
E mesmo os lábios mais silenciosos,
Os que juraram esquecer,
Mesmo estes,
Parecem querer chamar.

Ele permaneceu intacto no tempo,
Todo o amor,
Todo o sentimento,
De repente se aviva,
Com efeito devastador,
É como se ele estivesse presente,
Se nem os segundos tivessem passado,
Como se a ampulheta do tempo,
Tivesse caído da cômoda,
E ao invés de espalhar -se pelo chão,
Tivesse voado pelo vento,
E percorrido toda distância,
Apagado o tempo,
Trazido todas as lembranças,
Areia contra o rosto que chora,
E os lábios finalmente abrem-se
E chamam: Rarat.

As areias que voam vão distantes,
O tempo percorre todos os lugares,
E areias desenham,
Escrevem,
Buscam e falam:
Rarat.

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