terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Mamões de Corda

Chegou o verão na chácara,
O sol acordou por entre as nuvens,
Não tardou,
Abriu seus raios
Como se fossem braços
E afastou-as.

Chegou até a terra claro,
Mais claro que dias árabes,
Muito mais claro que o sol das cidades,
Ameno e quase sereno,
Clareou em toda parte.

Clareou as roseiras,
Abriu suas pétalas,
Clareou as buganvilles,
Deixou o verão colorido,
Os pássaros brincaram
E alimentaram-se do néctar
Das mais variadas flores.

As borboletas preferiram
As zínias coloridas,
Milhões de borboletas
Coloriram o ar,
As abelhas foram se alimentar
Só néctar dos chás,
Gostaram muito do manjericão.

Pitelmario juntou os pintinhos,
Que estavam grandinhos,
Mas não sabem voar.

Ele os colocou em suas costas,
E voou até o mamão de corda,
Lá os meninos e as meninas
Pularam nos mamões
E bicaram de um ao outro
Numa brincadeira de alimentar-se
No ar,
Por entre flores.

Pitelmario conseguiu
Se estabelecer no mamoeiro
E ficou ali
Entre voos
E bicadas cuidando
Dos pintinhos.

O gramado passou de florido
Para criar bilhões de sementes,
E os pássaros desceram do céu
Para alimentar-se delas,
Eles levam elas para seus filhotes
Nos ninhos altos,
E as replantam onde ainda não tem.

Obrigada passarinhos
E pintinhos,
E também a Pitelmario
Fala o sol lá do alto
Sorrindo e se divertindo
Fugindo das nuvens no céu azul profundo.

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