sábado, 4 de janeiro de 2025

Noite de Anônima

Ela não queria ser reconhecida,
Estava cansada de ser perseguida,
Ser toda vez notícia,
Queria um pouco de anonimato,
Chegou a fila de entrada,
Puxou do bolso de um rapaz
Sua carteira,
Retirou o cartão de crédito dele,
E entrou,
Sorrateira.

Música vai e música vem,
Bebidas e curtidas,
Sentou-se no banco
Em frente ao bar,
Bebeu o quanto quis,
Escolheu músicas,
Dançou quais quis.

Beijou um rapaz que se aproximou,
Sentiu-se no colo dele,
Pagou bebida sem importar-se,
Ao final,
Reconheceu o rapaz
De quem pegou o cartão,
Cansou-se de se chamar Josué,
E chegou nele.

- e aí?
Peguei seu cartão de crédito emprestado,
Gostaria de pagar a conta.
Pagou a dinheiro,
Todo seu gasto.

Ele surpreendeu-se
Nem havia se dado conta
Da perda do cartão.
- por uma noite
Me chamei Josué,
Agora é o bastante.

Ele sorriu.
Pegou o dinheiro,
A abraçou e a convidou
Para um lanche.
Fizeram amizade verdadeira,
Uma noite de anonimato,
Uma noite sem ser reconhecida.

Agora bebia milk shake,
No canudinho,
Um pouco ela,
Um pouco ele.
O porre passou,
O efeito da bebida acabou.
E nova amizade.

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