Como é bela a sua face
entre as flores,
Principalmente o lado
rosado em que
A rosa se recosta e
parece abrir-se,
E o pescoço onde repousa
a borboleta,
Parece mais um convite,
Um lugar onde desejo
permanecer,
Me vejo aproximar-se até
ele,
Aconchegar-me ao seu
peito,
Roçar meus dedos por
entre a grama,
Sentir cada coisa ao
redor,
Deixo minha perna
estender-se até onde alcança,
A outra eu coloco sobre a
dele,
Dobro meu pé até
abraça-lo nele,
Brinco com meus dedos por
sua perna,
Viro-me o máximo que
posso ao seu lado,
Quase de costas para ele,
Vejo que o mais para de
existir,
Então, retorno bem
depressa e fico.
-Farei para você as mais
belas plantas!
Enquanto você aprecia as
flores,
Os frutos surgem para
adoçar sua boca,
Então, eu quero estar por
entre elas,
E poder provar apenas um
pouco do seu beijo,
Você é tão amado por mim
quanto um pássaro,
Eu vejo ele voar, cuido
dele,
E ele tem penas...
As vezes, ele retorna,
Outras vezes se demora,
Mas, quanto as penas eu
não entendo.
Eu sempre penso que os pássaros
gostam de estar comigo.
Se eu sinto frio eu gosto
do seu abraço,
Se está calor eu ainda
assim o prefiro,
Bem, queria me abrigar
sob suas asas.
Contudo, penso que é
estranho o quanto falo de abrigo,
Não penso que seja eu a
estar em perigo,
Acha que estou projetando
você?
Perigo parece uma palavra
distante
Mesmo aqui sob esta
árvore,
Mesmo se chove forte,
Ou faça ventos ou até
mesmo raios...
No entanto, parece que as
vezes está perto.
Há preparo para isto que
eu digo,
Sabendo que o que digo
não é o que é?
Você meu amado é mais que
um ramalhete de flores,
Como você é lindo, meu
querido, ah como é lindo!
Seus olhos são atentos e
preguiçosos,
Repousam sobre mim e
ficam,
Então, eu tropeço nas
palavras,
Acho até que você gosta
de me ver assim,
Indefesa e disposta nos
seus braços,
No seu abrigo.
Você pensa nesta palavra:
proteção?
Eu encontro isso em seu
abraço,
Mesmo que não tenha antes
sentido medo...
Verdejante é o leito em
que estamos,
Azul o céu que lhe permito,
Mas, se tivermos uma casa
a prefiro com telhado.