Pela eternidade ou por uma pulsação? Por tempo suficiente para tocar o coração! (Aline Oliveira Mendes de Medeiros)
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
Entre dois Silêncios
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
Gosto do Seu Beijo
quarta-feira, 18 de outubro de 2023
Liberta
terça-feira, 17 de outubro de 2023
Nem Seu Olhar Me Sustenta Mais
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Cansei de Suas Formas
Ela chorou de novo,
Implorou meu perdão,
Disse que não sabia sobreviver sozinha?
Eu respondi:
-Querida, por favor, cuida da sua vida!
Faz o que você alega em minha presença
Por você e não outra pessoa.
Não há outro com quem se preocupar?
Você sobrevive de mim,
Ora, por favor, qual é a lógica?
Sua insistência me cansa.
Desculpa, simplesmente cansa.
E, me perdoa: é definitivo agora.
As lágrimas pareciam gritos de dor.
Eu me importaria, sem pudesse.
Mas, não me cansaria do amor,
Como enjoo sua presença,
O que ela fala não se sustenta,
O que faz não convence.
Fraca, eu diria.
E mulheres fracas não são para homens fortes,
Ela alegará outra coisa,
Eu aceito a possibilidade.
Mas, este é o fim.
Indícios de discussão aflorada,
Nem um beijo ou falta,
Apenas o desistir.
Estou a um centímetro de me jogar fora,
Me mudar de toda a forma,
Mas, por mais esforço dispersado,
Eu não sou capaz.
Quando o absurdo atinge,
Eu sinto que já não há o que fazer,
Eu, nem gosto de detalhes,
Não dá certo e simplesmente.
-Me escuta, faz favor, escuta!
Ela põe as mãos nas orelhas,
E trá-lá-lá.
Parece criança – imatura.
Pega a bolsa e sai porta a fora,
Fico a me indagar se a feri tanto,
Não consigo compreender a fuga.
Me sinto jovem e forte,
Mas diante dela não sou o bastante.
É disso que ela gosta,
Me fazer fraco e impotente,
Não alcanço-a,
Eu não consigo alcança-la.
Se alguém for capaz,
Que bom – torço por ela,
Mas, eu já não quero mais,
Cansei de tudo isso,
Discussões e tudo jogado na rua,
Não preciso que todos saibam que houve falhas,
Por Deus, ela não é capaz de conversar comigo,
Se expor,
Precisa sempre espalhar tudo na rua,
Preciso reparar meu respeito própria,
Reconstruir orgulho ferido,
O que ouço de outras bocas,
Eu não sou capaz de suportar,
Por que não sai da boca dela?
Já não consigo viver em linha reta,
Ela distorce meu caminho e o que faço,
Que desabafo!
Até o ponto de estar com ela,
Isso não é capaz de bastar,
Senti-la ao meu lado não é mais suportado.
E isto não é menos importante,
Ela me fere nas bolas.
Não digo como adulto,
Com ela não há esta forma.
Cansei do seu rosto torto,
E de suas formas desajustadas.
domingo, 8 de outubro de 2023
Seu Olhar
Seus olhos brilhavam,
E como estavam intensos!
Lembro de inclinar a cabeça,
E beijá-los sôfrega e apaixonada!
Lembro de desejar cuidá-los,
Parecia que cada parte dele
Me era especial, de alguma forma,
Era insuficiente sentir o amor me preencher,
Não bastava amá-lo tanto e sempre mais,
O que eu sentia além de não se conter,
Aumentava e aumentava.
Desejo, pensei comigo,
Mas não quis pronunciar em voz alta,
Desejar o olhar de alguém,
Eu não compreendia isso,
Também não sabia explicar.
Dentro havia um maremoto de euforia,
Que ganhava intensidade,
Sem precisar de tanto incentivo,
Parecia me empurrar para ele,
Na direção indeterminada dele,
Como se eu quisesse ser uma imagem,
E depois mais que isso,
Eu sei,
Não se ri para um olhar,
Assustada e pensativa,
Também acho que não se beija tão rápido,
Mas não havia motivos para se esquivar,
Com um amor intenso feito dor,
Profundo feito um sangue que jorra,
Quente e palpitante que marca,
Demonstrativo.
Suculento feito uma maçã ao outono,
Ele ressoava feito uma luz frágil,
Mesmo que eu não estivesse ao obscuro,
Ele parecia conter aquele algo mais,
Entre o proteger e ser protegida,
Eu preferi beijar aqueles olhos,
Ser digna ao menos por um instante,
De determinar o ponto a ser olhado,
Ou o modo como se fechariam,
É certo que desejei que sonhassem comigo,
Não havia um muro a separar-nos,
Então, peguei seu braço direito,
Toquei seu casaco,
Senti o calor sobre o tecido,
Apertei-o,
E com isso,
Me aproximei dos seus lábios.
quinta-feira, 21 de setembro de 2023
Entre seus olhos
Os olhos dele estavam fixos,
Não pareciam querer disfarçar,
Olhavam-na com intensidade e vigor,
Não se moviam por nada,
Poderia-se dizer com sinceridade,
Eram olhos de um homem apaixonado,
Ela não escondeu a surpresa da proximidade,
Também não disfarçou os sentimentos,
O quis muito e pretensiosamente,
O desejou como a nenhum outro,
Há coisas de instantes,
Que acontecem de modo tão perfeito,
E de um jeito tão sublime,
Que não há como esquecer,
Quando se conta uma história,
Mesmo com riqueza de detalhes,
Não se alcança o sentir do viver,
E isto acabava de acontecer com ela,
E com ele.
Com certeza.
O olhar entre os dois era intenso.
Quando os olhos de um homem não se movem,
Mesmo que tudo aconteça ao redor,
Há de se ver nisto extrema sinceridade,
Um homem não tenta se omitir ou forçar algo,
Havia nele ousadia, força e potência,
Assim que ele se virou nitidamente para ela,
Nada mais ficou despercebido,
O amor era intenso, notório e nada forjado,
Não havia manipulação alguma,
Ao contrário,
O desejo exalava de ambos.
Não tanto.
Nem um pouco a ponto de ser confundido,
Sexo puro, ardente e predatório.
Não jamais seria confundido com primitividade.
O sentimento emergia profundo.
O bastante para identificar a vida naquele olhar,
O quanto o corpo de ambos vibrava,
E desejavam que nunca tivesse fim,
Os pensamentos pareciam escritos,
Ou gritados naquele olhar silencioso.
Mas, algo inesperado aconteceu.
Ambos simplesmente viraram-se adiante,
E seguiram pelo caminho e sentido anterior,
Nenhum parou,
Nem um passo na direção um do outro,
Simplesmente foram a frente,
Nunca mais houve novo encontro,
Não ocorreu troca de nomes
Ou mesmo qualquer espécie de identificação,
Foi como um filme de ação,
Em que o mocinho encontra o alvo
E sem qualquer explicação expressa
Desiste de ataca-lo,
Como se encontra-lo fosse o bastante,
Porém, nenhum dos dois se conheciam antes,
E foi amor que gritou naquele olhar,
Um amor tão externo e forte
Que não precisou de qualquer proximidade para ser,
Era vibrante e vívido,
Se as nuvens chegassem a calçada
E construíssem uma espécie de escada,
Nem elas seriam eficientes na condução ao céu,
Com certeza aquele olhar foi muito mais capaz,
Mesmo que algodão tocasse as pedras do chão,
Os passos que os levava para frente
Nunca teriam sido os mais macios e felizes,
Não havia margens para quedas,
Tudo parecia absolutamente perfeito.
Foi amor e mais nada.
Foi amor tudo que gritou naqueles olhos claros.
Ninguém iria rir desta história.
É tudo tão simples quanto se conta.
Bem nuvens e algodão não fazem tanto,
Mesmo que muito bem manipulados,
Nunca conteriam a intensidade daquele olhar,
E talvez nem ao menos pudessem abafar o murmúrio,
Como aquele olhar abafou,
Ao dizer tanto sem emitir palavra,
De amor, afeto ou gratidão.
Simplesmente amor, paixão.
Mais nada.
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