terça-feira, 3 de novembro de 2020

Doce Amor

 

Como se houvesse um imã em seus olhos,

Tão logo chegou, eles se encontraram,

Sorte a sua não poder ler seus pensamentos,

Não que acreditasse que aquele sorriso


Que iluminou seu rosto ao curvar sua boca,

Conseguiria negar o que passava em sua alma

Sempre que ele se aproximava,

Seu mundo parou, e claro, seu coração acompanhou,


Fazendo com que lhe faltasse o ar

Apenas para que depois rompesse o silêncio

Com batidas aceleradas,

Denunciando seu nervosismo,


Desfazendo sua imagem de mulher segura,

Que lutou tanto para conseguir,

Em silêncio, murmurou o seu nome,

Apenas para que sua alma pudesse ouvir,


Sentiu como se ela (sua alma) o repetisse em voz baixa,

Talvez por medo de entregar tudo que sentia

Não ousava pronunciar em voz alta,

Seu nome lhe soava feito um amuleto,


Ou algo sagrado demais para ser dito em alta voz,

Ah doce segredo, conseguiria guardar consigo este amor?

Demonstrado apenas em olhares doces e singelos,

Poderia este amor ser abafado em falas controladas,


Que desafiavam os limites de sua alma apaixonada?

Havia uma única certeza: palavra alguma definiria,

Sentiu os dedos trêmulos, soltou um suspiro,

Santo Deus, como se lesse seus lábios trêmulos,


Ele, de modo seguro, ponha-se a caminhar ao seu encontro

E agora, como poderia reagir?

Menos de minutos ao seu lado,

E ela sabia: denunciaria tudo que sentia!


Será que ele conseguiria perceber o quanto o amava?

Deus permitisse que sim!

Mas mesmo assim, sem que palavra alguma fosse dita?

- Ola, ele lhe disse, interrompendo seus pensamentos,


- Olá, ela respondeu de forma suave,

Com a voz trêmula, escondeu as mãos nos bolsos,

Sentia-se estranhamente insegura na sua frente,

Se ele não a tomasse nos braços imediatamente,


Tinha certeza que morreria,

A distância de um braço que os separava,

A fazia sentir-se como nunca imaginara algum dia,

Pareciam que toques eram desnecessários,


Porém, assim que ele levantou a mão,

Onde possuía uma rosa vermelha,

Que lhe entregou com toda a atenção

E um leve sorriso iluminado em seu rosto,


Ela sentiu de corpo e alma,

Que seu corpo ansiava por proximidade,

Ignorando os olhares que encontravam-se a espreita,

Ela não resistiu a intensidade do sentimento,


Colocando-se mais próxima dos seus braços,

Ele, então a puxou para si,

Tomando-lhe nos braços, com beijos sôfregos até deixa-la sem fôlego,

Assim a levantou com um abraço, fazendo-a girar no ar,


- Feliz dia dos namorados, 

Sussurrou ela, abraçando-o com força,

Sentiu-o sorrir,

- Feliz dia dos namorados.

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