Sentados, lado a lado,
Ela olhou-o no fundo dos olhos,
E sentiu seu coração bater acelerado,
Morreria de amor,
Mas acreditou não ser capaz de transferir em palavras
Tudo o que sentia no fundo da sua alma,
Ela tinha uma confissão a fazer,
Se é que algum dia conseguiria dizer...
Ela o amava, de forma terna e profunda,
Cada traço seu,
Seus olhos eram os mais lindos já vistos,
Mas tinham o dom de deixa-la confusa,
Amor? A palavra a atingiu como algo reconfortante,
Foi isso que viu em seu rosto, não foi?
Confusa, ela desviou o olhar,
O vento soprava lá fora,
Mas ali dentro tudo parecia estar no devido lugar,
Respondendo ao desejo do seu coração,
Ela o fitou com um sorriso impaciente,
Então, pegou-se a admirá-lo naquele instante,
Disse algo, de um jeito impensado,
Ele lhe respondeu com um sorriso
Que resplandecia seus doces olhos,
Não foi surpresa alguma constatar
Que conhecia cada traço daquele rapaz,
Do brilho dos olhos,
Ao traço fino que contornava seus lábios,
Então, analisou as sardas que cobriam seu rosto,
E desejou beijar cada uma delas,
Seus olhos eram puros,
Ela não saberia defini-los,
Seu jeito era de um homem imponente,
Porém, guardava aquele algo de menino,
Ao fixar os olhos em seus lábios,
Desejou ardentemente beijá-los,
Sentiu um calor que lhe causou arrepios,
Já conhecia seu sabor: suculento e convidativo,
Tinham o formato ideal para um beijo,
Daqueles molhados e demorados,
Do tipo que não se quer acabar,
Ainda podia em si, sentir o gosto,
E seus braços fortes? Eram os ideais para um abraço,
Então desejou recostar-se em seu corpo...
Proximidade? Mas quando foi que ela
Desejou isso com alguém antes?
E por que é que ele a atraia tanto?
Seu colo parecia perfeito para um sono,
Sono? Hum, então isso exigiria um pouco mais de tempo,
Tempo? Ela chacoalhou a cabeça
Tentando livrar-se desses pensamentos,
Parecia estar gostando dele mais do que deveria...
Seus olhos encontraram os dele e ele sorriu,
Sobressaltada diante do que sentiu,
Ela desejou que o faria sorrir para sempre,
O que quer que fosse que existisse nele,
Despertava o desejo de sempre estar perto,
E perto por muito, muito tempo...
Tinha medo de admitir, mas perto o suficiente
Para o tão sonhado para sempre?
Ele era belo, qualquer pessoa admitiria,
Mas, e quanto a sua inteligência?
Cada vez mais a surpreendia.
Não, ela não queria aproximar-se dele,
No entanto, foi o que fez,
Pegou sua mão e a ergueu até que seus lábios a tocassem,
Qualquer coisa para que ele permanecesse
E naquele instante, nunca antes tão forte,
O amor pulsou dentro dela,
Forte e destemido, pegando-a de surpresa,
Distancia nenhuma mais a manteria segura,
Ela o amava, com toda a sua alma.
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