“Seus filhos são os mais perfeitos.”
Disse a mãe,
Olhando ambos os bebês
Serem trocados as fraldas,
Enquanto Saionara amamentava
Um por vez.
“Obrigada mãe,
Guardam seu sorriso “.
Saionara respondeu.
“Eu discordo tanto
De você ter sido mãe solteira.”
Esmeralda falou.
Saionara ergueu o olhar
Para a irmã que estava
Parada olhando em frente ao roupeiro,
E sentou-se sobre a cama
Para amamentar
Com mais calma.
“Você sabe Esmeralda
Que não tive escolha”.
Saionara respondeu,
Voltando o olhar para os filhos.
“Teve sim,
Deveriam ter se protegido,
Tentado evitar...”
Esmeralda continuou
E logo se viu calada pois
Marieb pegou o bebê
Que estava sobre a cama
No colo e o levou até
Os braços de Esmeralda
Lhe alcançando a criança.
“Logo Cristal chega
Com Eric.”
Os olhos de Saionara
Lacrimejaram
E instintivamente
Ela puxou o bebê para o colo
Quase o apertando
Enquanto ele amamentava.
Ela ficou triste ao perder
Eric,
Foi seu momento mais horrível,
Estar grávida lhe deu forças
Para encarar o erro
De tê-lo amado.
Logo ele iniciou o namoro
Com sua própria irmã
Sidineia.
Nunca quis saber dela,
Nem percebeu a gravidez
Ou prestou qualquer auxílio.
“Eu preferiria que ela
Não visse os filhos,
Mãe, você sabe da minha dor...”
“Por quê?”
Uma voz masculina
E reconhecida indagou
Da porta do quarto.
Eric estava ali,
Parado e já fazia algum tempo,
Saionara sentiu sua presença,
Ela jamais deixaria
Que ele chegasse despercebido,
Antes por ama-la,
Depois pelo ódio que sentiu
Ao vê-lo com a própria irmã.
Saionara caiu da escada,
Sofreu sangramento
E a gravidez não foi nada fácil,
Passou muito tempo no hospital,
Teve que se afastar do trabalho,
Ficou enclausurada
Sem poder sair,
Espairecer ou vê-lo.
A verdade é que durante
A gravidez sentiu extrema saudade,
Sentiu como se os filhos
Buscassem o pai,
Desejassem ouvir sua voz,
Soubessem que ele
Não estava perto
E precisassem dele
Mesmo dentro no útero,
Iniciando sua formação.
“por quê?”
Ela indagou com a voz rouca,
Olhando incrédula
Para a porta.
“Sua mãe ligou para Sidineia
E me falou da gravidez.”
Eric entrou no quarto
Com um pacote de presente
Em mãos,
Então, viu ambos os meninos
E sobressaltou o coração,
Seus olhos denunciaram carinho,
E algo de reconhecimento.
“São meus”.
Ele disse, imediatamente.
Ela manteve o contato visual,
Seus lábios tremeram,
O choro correu pela face,
E o bebê olhou para Eric
Levantando a mão
Enquanto sugava o peito
Da mãe.
“Ele... O chamou”.
Ela disse, incrédula.
Ambos os filhos eram muito
Calmos e quietos
Nunca buscaram contato,
Pareceram realmente reconhecer ele.
Naturalmente, Sidineia
Chegou até a porta,
Buscou o braço de Eric
E o beijou no rosto
Em representação de carinho.
“Amor o que há?”
Ela indagou
Então olhou para as crianças
Se eriçou e deu um passo
Para trás
Como se tivesse sido agredida.
“São... Crianças!”
Sidineia concluiu boquiaberta.
“São meus filhos,
Nasceram está manhã.”
Respondeu Saionara.
“Oh, sem pai?”
Ela alfinetou.
Saionara simplesmente
A olhou com raiva e medo
E calou-se a olhar o filho,
Que sorriu.
Eric ajoelhou-se
E beijou o bebê no rosto,
Rapidamente ele dormiu,
Saionara o soltou no berço
E Esmeralda lhe entregou
O outro para o aleitamento.
“São tão lindos,
Parecem tanto comigo”.
Eric disse.
Saionara voltou a sentar
Sobre a cama.
Ficando muito próxima a ele.
“Eu a perdoaria
Se fossem meus
E você tivesse ocultado.”
Ele continuou
Ainda ajoelhado
Ao lado da cama.
Depois ele estendeu
Os braços para sobre
Os lençóis baixou a cabeça
Sobre as mãos e chorou.
“Você me deixou por minha irmã,
Você preferiu a juventude
E lascívia dela,
Não teria como serem
Seus filhos “.
Saionara defendeu-se.
Neste instante,
Ela nutria ódio
Por Eric,
Uma espécie de ciúmes
Incontrolável e remorso
Por toda a dor que passou
Sozinha.
“Ora, você não é mulher
Para ter filhos sem pai.”
Ele disse.
“E então todo homem
Que não presta
Precisa ser você?”
“De quem seria
Se não seu, Eric?”
Interveio Marieb.
“Mamãe?”
Gritaram Esmeralda e Sidineia
Em uníssono.
Saionara simplesmente
Se retraiu.
“Saiam todos do quarto,
As crianças estão dormindo.”
Ela respondeu rígida.
Eric secou as lágrimas,
Olhou profundamente
Para o rosto de Saionara
E pegou no braço de Sidineia
Se afastando
Com ela para fora do quarto.
Saionara se sentiu em paz,
Esmeralda permaneceu
Com ela,
Pegou sua mão
E ajoelhou-se ao lado
Da cama.
Olhando firme para ela.
“Eu não vi você com outro,
Minha irmã.”
Respondeu Esmeralda.
“Foram um ano e três meses,
Eu lembro,
Você marcou no calendário
Do roupeiro,
E rabiscou cada dia que o viu
Por ser especial...
Não merecia ter ganhado
Este fim tão triste.
Ela disse,
Com os olhos chorosos.
“Quando se é mãe
Nenhum fim é triste.”
Saionara respondeu.
“Ele dormiu com nós três,
Somos irmãs,
Penso agora que foi um erro.”
Saionara abraçou
A irmã com uma mão,
O bebê fechou os olhos
Para dormir.
“Isso ocorreu no passado
Esmeralda, hoje ele está
Namorando com nossa irmã
Mais nova,
Ela é imatura,
Mas eles estão felizes”.
Saionara continuou.
“Você não entende Saionara,
Nestes sete meses
Em que estão juntos
Sidineia abortou muitas vezes,
Eric a odeia,
Contudo, mamãe o impediu
De deixá-la.”
Esmeralda suspirou,
Depois continuou:
“Você sabe como ela é,
Traiu ele com muitos homens
E nunca soube
Nem quem seria o pai
Dos abortos.”
“Oh, Esmeralda,
Que situação horrível,
Não quero saber disso.”
Saionara soltou
O bebê sobre a cama
E deitou ao seu lado
Para vê-lo dormir.
Realmente, se Eric
Tomou conhecimento dos abortos,
Ele deve ter nutrido muito ódio
Pois ele sempre foi categórico
Quanto a rejeitar a ideia.
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