Homens condenados às margens da sociedade,
Sobreviventes do submundo,
Sem direito às suas mentes,
Ou de serem donos de seus destinos,
Mero fragmento de ser humano,
Sentenciado a dispensar o coração,
Será verdade ou mito,
A trivialidade que cerca o uso da afeição?
Como um tapete de estrelas,
Ruas se acendem e outras se apagam,
Então é assim que julgam a vida,
Como se as pessoas fossem módicas?
Então, há preço que pague o corpo,
Sabendo que condenará a alma?
Em que as pessoas vendem a honra,
É como se o meu caráter
Fosse algo do homem do futuro,
Que se escuda na dignidade,
Se veste de negro,
Para poder se camuflar nas sombras,
E com pés de chumbo e mãos de aço,
Se municia de esperança,
Por acreditar na vida
E sentir respeito pela raça humana,
Sempre que consulto meus valores
Sinto um campo minado sob meus pés,
Prestes a explodir a um passo
Que julguem em falso,
Aliás, é errado contestar o sistema?
Sou obrigado a aceitar o ar contaminado
Desta usina nuclear?
Seguir regras de pessoas que vendem suas vidas
Para se afundar em seu próprio lixo industrial?
Devo aceitar ser excluído por me recusar a contracenar?
Não, não devo, porque a razão não assiste a esta tirania,
Sou uma pessoa humana e quero que a vida seja respeitada.