A solidão me abraça,
Eu estremeço em dor,
Há um inferno
Que queima,
Ele soluça para fora
As minhas lágrimas,
E elas escorrem
Por meu rosto,
E está dor me fere.
Sinto que se eu permitir
Pensamentos ruim
Irão se apossar de mim,
E estas lágrimas
Precisam escorrer,
Me percorrer
E chegar a algum lugar.
Um fosso,
Não quero ser um abismo
Para a dor,
Onde tudo de ruim
Ganha espaço,
E toda ira ganha forma.
Este fosso
De ideias erradas
Escaldante por dentro
E saltam pra fora,
Me vejo a gritar,
Formar frases terríveis,
Estou insensível
E desejo ferir.
Minhas palavras
Saem deste fosso
De dor e desespero
Feito lava,
Cada palavra queima,
Cada frase chega
E corrói,
Cada ato destrói.
Não quero me banir,
Viver num casulo
Onde só eu própria exista
E me veja como a mais importante,
Há um céu fora da dor,
Preciso me puxar deste desespero,
Abandonar o fosso,
Abrir a dor,
Expor estes medos,
Deixar o que for
Que me faça mal.
Vagar sozinho
Por uma estrada deserta,
Nem sempre é possível,
Há um mundo
No meu redor,
Preciso estar atenta a isso,
Receber o que vier de bom,
Guardar em mim
Só o que seja positivo,
Me vejo a ruir,
Fazer de mim um inferno,
Preciso sair disto.
Em troca,
Entender a minha individualidade,
Me permitir vagar,
Encontrar um lugar,
Ser auto suficiente,
Todo o mundo lhe pertence,
Contanto que o que você queira
Não tenha dono anterior,
Neste caso,
Pode estar a venda ou não,
Há um limite
Em mim mesma
Que esbarra no limite
Do outro,
O cair em abismo
Só serve,
Quando se trata
Para dentro de si próprio,
Os outros abismos
Também já pertencem
A alguém.
E não se faz morada
No que não lhe pertence.
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