Pela eternidade ou por uma pulsação? Por tempo suficiente para tocar o coração! (Aline Oliveira Mendes de Medeiros)
terça-feira, 12 de março de 2024
Um Olhar
segunda-feira, 11 de março de 2024
Pecado
Todo pecado é ato de rebelião contra Deus,
Mas meu pecado não poderia ser maior,
Foi contra aquele que mais amei,
Teve por resultado a dor,
Triste angústia de um coração que ama,
E já não sabe se pode recuperar.
O orgulho, nisso, é o mais destrutivo,
Ver o rosto corado e em prantos,
Não por vergonha devido ao erro,
Mas por manter um tapa na cara
Que nunca foi dado,
Nem menos merecido.
Não.
Ele não me bateu.
Mas foi responsável por minha ruína pessoal,
Não sei se ainda tenho coração,
Cai em solidão profunda,
Destruída, abalada e aos pedaços,
Resta pouco, muito pouco.
E este pouco se junta tão rápido
Ao seu sorriso,
Que entendo tudo de que preciso,
Seu abraço e carinho.
Errei por um minuto,
Não fui forte o bastante,
Não pude impedir o fato,
Nem venci a tentação. Errei.
Por quê!
Vejo-me naquilo tudo
E pouco resta do que houve para entender.
Ignorância.
Tolice.
Naquele grande abraço dele
Me coube.
E isto foi tanto
Que não soube me conter.
Naquele porto seguro,
Naquele pequeno moço grande homem.
Eu errei.
Abraçada a ele e desesperada.
Errei.
Saudade você não verá mais neste rosto,
Apenas dor.
Sim. Dor e por quê!
Obsessão por mante-lo comigo,
Doentia numa entrega sem reservas,
Mas houve.
Reservas, mentiras e segredos.
Por pouco tempo, muito pouco.
Mas a olhar para o hoje,
Com o contar das horas percebi
Que nem tão pouco.
Notifico a ponta da língua,
Quem dera nunca mais sentir ou falar,
Não me valem beijos ou promessas,
Há soluços em meus pensamentos,
Um agudo de promissor.
-Adeus foi por você meu amor!
E nisso vi ele soltar minha mão direita e ir,
Guardo o calor, cheiro e dor.
Debaixo do peso desta tristeza
Febril eu ainda sonho muito,
Olhos serrados,
Sonhos despedaçados,
Descalço os pés para sentir o piso frio,
Queira Deus houvesse um descuido,
Um resvalar e
Adeus profundo.
quinta-feira, 7 de março de 2024
Te amo Rahat
Todo abraço é ato de entrega,
Ela não traiu o que sentia.
Saudade, dor e lágrimas,
Mas por poucos segundos se permitia.
Provava o cheiro, sabor e alegria,
Sentidos por muito esquecidos.
Não por proibição ou ousadia,
Apenas porque havia, um dia, perdido.
Resulta disso o desejo e a entrega,
Desejo de mudar ou retornar,
Entrega a dor que mantém distância.
Não se mostra longe de um olhar,
Recusa de seguir a rua distorcida,
Íngreme e perigosa.
O orgulho é força destrutiva.
Mas a dor de perder é pior ainda.
Ela pode levar a ruína e leva.
Ela pode destruir até o porvir da vida
Solidão profunda de uma estrada vazia,
Beco sem saída com muros altos e bem feitos,
Braços cansados não podem subi-los,
Mãos cansadas já não tem mais está força.
Contudo,
Como ele e apenas ele pode ver,
Braços e mãos se curam,
Nisto também o coração que parou lá atrás segue.
É possível vencer,
Sim, ele torna possível o olhar lá adiante,
Sobre seus ombros,
Através do calor de seu abraço,
Por único instante pude olhar para frente,
E perceber.
Conscientizo-me de que há ali uma rua,
E que eu posso dirigir através dela,
Ele diz: - sim, você veio por ela.
Eu embasbaco e sorrio,
-como você sabe disso se eu mesma não sabia?
Ele entende tudo em silêncio.
O silêncio do seu olhar é tumultuado.
Há tanto dentro dele e tão profundo.
Existe nele um homem e eu ainda não havia visto isso.
Acesso a minha vida por completo.
Decisão do coração.
Fuga e disfarce.
Inocência constrangida em ver o que desconhece.
A virtude se permuta na voz,
A glória se evidência num rosto.
Como ele não há outro.
Guardo comigo o que busco.
Traços e características desconhecidas,
O verdadeiro pintor do tempo as demonstra,
Vejo um retrato guardado me abraçar,
Um imaginário de tempos perdidos se manifestar,
Atrás de homens honestos fogem-se os moços,
Um homem moço comigo abraçado.
Vigiado e o suspeito.
Será que ele sabe disso?
Que há de mais lindo que a busca manifesta?
O tempo construindo em outro,
Nada entende,
Nada finge.
Coisa estranha.
Apaixona-se do nada!
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024
Te Amo
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
Te Amo
A tardinha cai livre e triste,
Desejo um alguém em quem me prender,
Sua ligação me desperta,
Saio fora de mim e é você,
Na tela,
Na busca.
O encontro.
Gosto.
O gosto da distância é doce,
Enérgico e viçoso,
Gostaria de ter mais tempo,
Ouvir mais que sua voz,
Provar mais do desejo,
Logo há de haver nevoeiro,
Fico de joelhos para que não parta,
Mesmo que as vistas fiquem turvas,
E a memória se confunda,
Peço e rogo que fique,
De joelhos a implorar ou como queira.
A seu critério,
Por seu esmero.
Preciso de você,
Mesmo sem conhecer,
É diferente e novo,
Recebo o nevoeiro feito furacão,
Em caos toda a emoção.
Grande e tolo nevoeiro,
Ele sabe que sua presença assusta,
E a ligação dura mais tempo,
Eu tenho próximo quem amo
Uma das mais estranhas formas lá fora
É uma árvore,
Aqui dentro é uma aranha,
Que teve e tece e espera.
Está não desiste,
Por tantas vezes jogada na rua,
Resistiu a tudo e permanece,
Volta, ela sempre volta.
Isto incomoda e espanta.
Na noite anterior algumas formas
Perdidas por entre as folhas da árvore
Acharam a aranha.
Ouvi o barulhinho,
O romper de galhos,
Provei do susto.
Ao pé do galho inúmeras flores,
Eu poderia te-las colhido e o presenteado,
Mas ele está distante,
Vejo-o apenas através de uma câmera,
É uma janela que se abre,
E o esconde.
Náufrago por entre formas e medos,
Escondo-me até que me encontre,
Não pense que eu não o busque,
Mas a distância que nós separa também me impede,
Eu chamo o seu nome
Por todas as vezes.
Até que tudo desfaleça e o sono me conduza,
É um fechar de olhos e perder-se,
Venho daí confundir meu nome com o que chamo,
São singulares as solidões da água,
É um tumulto em meio ao silêncio,
O que aí acontece não deixa testemunho,
Mas distante,
Ele sabe meu nome.
Eu posso ouvi-lo sem confundir o que diz,
É está uma utilidade desconhecida,
Uso-a pouco tenho medo do porvir,
Tal é o isolamento de onde estou,
Aturdida,
Em derredor,
A perder de vista,
A noite densa fria e molhada,
Pequenas parcelas de lágrimas,
Suor e desejo.
O imenso tormento de um coração a vagar,
Que antes de partir a procura
Ouve um chamado.
Reconhece-o.
Te amo!
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
Pênis Fraco!
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024
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