Pela eternidade ou por uma pulsação? Por tempo suficiente para tocar o coração! (Aline Oliveira Mendes de Medeiros)
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Cara Desejado
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Saudade
Choravam mil frases,
Mil momentos como estes,
Dor e nada além
Lhe rompia sobre a face,
Em lágrimas que desfiguram
Qualquer olhar
E até desvirtuam sentimentos.
Alguns empurrões,
Ligações não atendidas,
Alianças não buscadas,
Como a ausência podia
Ser evitada?
Que empoderamento lhe ressoa a
Que a fazia ferir tanto?
No lugar de seus beijos,
Neblina de desespero
Lhe cobriam face e seios,
A roupa se ensopava,
O chão começava a escorregar,
Ausência soava a ferimento,
Dor e sangramento.
Apenas, de vez em quando
Um suspiro parecia surgir
De seu peito,
E ali morrer absorto,
Afogado por entre dores e lamentos,
Saudade, ausência e distância.
O rosto se desfez da vergonha
Toda vez que o procurou,
Que quis com toda alma
Notícias suas,
Estava longe demais de seu orgulho,
Trocou-o por uma roupa sexy,
E partiu para seu paradeiro,
Bateu na porta,
E não obteve resposta.
Ausência e silêncio.
Silêncio profundo
Que se prolonga
Dentro de todo o seu vazio.
Aliás, o silêncio,
Que monstro deformados
Ele se mostra,
Diante da menor distância,
Todo o horror desfiguram
Até mesmo melhor amor.
O silêncio é mesmo um lago escuro,
Com ares de luminescência,
Atira-se nele feito idiota,
E não retorna.
O silêncio afoga,
Devora,
Mata!
Mas, neste silêncio,
Pior não há,
Que a maldita distância?!
Se assemelha a uma roda de Pelourinho,
Lhe põe de joelhos,
Incapaz e acorrentada,
Exposta de cara a tapas,
Sem poder esconder nada,
Impedida de sentir muito,
Mas sente-se,
Sabe-se que mesmo na dor do suplício
A distância não fica inerte.
Fere,
Queima,
Amortaça,
Golpeia!
Colaram-se frases absurdas aos beijos,
Ela permitiu que fossem coladas,
Obrigaram ao silêncio,
Ela permitiu ser silenciada,
Impediram ao distanciamento,
Ela permitiu ser distanciada,
Mas, entenda-se:
O não ouvir ou entender,
O calar a voz de uma garganta ferida,
O distanciar de quem se ama,
São coisas que matam.
Morta estava.
Morta sentia-se.
Morta e ninguém duvidava.
Afivelada,
Golpeada e golpeada,
Exposta, domesticada,
Embrutecida.
Saudosa.
Viam-se na sua cara
Correr mil filetes de lágrimas
E não duvidariam: sangue.
Mais que chicote,
Lhe doía a ausência.
Suas lágrimas caiam por sua face,
Caiam por seus ombros,
E atiravam-se contra os que passavam.
Sofrimento amargo e profundo,
Qualquer um que visse se compareceria,
“Ninguém quer a vida dela”
Repetiam entre si.
Até, que então, ela não se mexeu mais.
Permaneceu onde estava,
Com as mãos no peito,
Como se estivesse morta,
Olhos fechados e cabeça caída,
Não havia-lhe único movimento,
Nem ao menos de suas mãos
Para estancar as lágrimas,
Ou de sua voz
A gritar sagrado nome,
O do tal homem
Que tanto amava!
Foram tantos os golpes
Que agora não sabia-se:
Resistia, ou desistia.
Sabia-se: morria!
A multidão parou,
O sinal do tráfego fechou,
A velha com a criança passou,
Ele não voltou,
Ela chorou
De olhos fechados
E chorou,
De luzes apagadas e sofreu,
Com sol escaldante e chorou.
Rosto inchado de dor
E chorou.
Convites de consolo,
Recusou.
Olhares piedosos,
Chorou.
O amor quando abraça afivela,
Ele parte e não solta.
O amor tem garras.
A moça chora.
Estás palavras são uma tentativa
De explicar a dor de quem ama,
Estás situações ocorrem ao mesmo tempo,
Um lado, que tento contar,
Sente dor e quer estar perto,
O outro do qual não tenho notícias,
Fica distante,
E não aparenta querer estar perto,
A primeira parte só sabe lembrar,
E chorar por saudade matadora,
A segunda, talvez esteja em festa,
Ou vivendo qualquer forma de vida,
Uma espera e chora,
A outra passa por está mesma rua,
Para, olha e não comemora.
Ou comemora.
Quem é que pode falar de seu íntimo,
Passar e olhar e admirar,
Mas não se aproxima.
Ambos calados.
Mas há, então, as lágrimas.
De um lado.
Beijo e promessas
domingo, 22 de setembro de 2024
Navegar
Você gosta de mim,
Assim, como eu sou,
Ou gosta de me ver sorrir,
Uma imagem do que você quer?!
Eu sou mulher,
Este estilo basta?
Uh,
O garoto que me faz pensar,
O garoto bonito,
Rosto perfeito,
Jeito gostoso de ser,
Gosta de como eu sou,
Ou me prefere?
Mar,
Um garoto bonito e profundo
Muitas garotas cabem aí cara,
Eu sei,
Eu sou uma delas,
Ou a favorita?!
Ser favorita em você é o bastante,
Eu gosto de estar entre,
Mas, querido,
Me desculpa ser exigente,
E querer ser tanto,
Um abraço seu,
Um sorriso,
Um fica mais um pouco.
Garoto,
Você é tão profundo
Que garotas se afogam,
Ou se sentem tão bem em suas margens,
Que toca-lo é o bastante?
Chegar ao seu doce,
Provar o néctar,
Ser sua é o que basta?
Límpido e transparente,
Ou você é do tipo que esquece,
Marca e não comparece,
Ou prefere o tipo obediente?
Porquê eu ser mulher é o que sou,
Você se importa se me preocupo tanto?
Estar nas suas margens de percorrer,
Mas, as vezes, queria mais que o tocar,
Que um instante
Ou o apenas ter.
As garotas quando te percorrem
Afundam, ficam ou partem?
Qual tipo você prefere?
Hum,
Você me deixa pensativa,
Ah, o cara legal e convincente,
Você sabe que é bem mais
Então, diga:
U-mar.
É o seu gostar
Ou o afogar-se?
Ser submersa até não entender,
Aprofundar e percorrer e percorrer,
E quando se vê
Não tem um quê
Ou voltar-se?
Umar.
É uma vez
E o para sempre?
Raharaharaha...
Estar, navegar ou afundar-se?
Ser
E nunca mais querer-se?
Um estar que de tanto estar,
Simplesmente, fica.
Garoto bonito
De nome simpático.
Me diz como é?
Eu nada bem em remanso,
Mas percorrer águas profundas
Eu nunca tentei antes,
Sinto medo,
Há perigos aí dentro?
Tão profundo que de fora
Parece saber tudo que há,
Adentra-se, adentra-se e adentra-se,
E perde-se em tudo que cabe...
Sete ondas,
Sete rosas brancas
E um pedido?
Umar.
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Penso em Você
terça-feira, 17 de setembro de 2024
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A Calmaria
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