Com a primavera a desabrochar as flores,
O sol se punha no horizonte,
Envolvendo do céu à terra com suas cores,
Nada mais propício para um romance,
O que gerou minha perda da imunidade,
E feito uma carícia um sorriso roçou minha face,
Tão logo seu rosto de anjo abraçou meu pensamento,
Tão vívido quanto um reflexo da minha alma,
Sua imagem linda e única parecia impressa,
Com aquele mesmo sorriso seu que me desarma,
Sua voz de veludo surgiu feito um afago aos meus ouvidos,
Como uma terna lembrança de nossas promessas,
Palavras ditas com a confiança de quem se ama,
E por isso guardam a mesma valia que teriam se estivessem escritas,
O que me fez recordar de seu olhar suave e penetrante,
Que feito uma lâmina rompia minha armadura,
E me despertava para uma loucura suicida,
Em que nosso amor detinha mais validade que a própria vida,
Pois a cada toque de suas carícias,
Me via explodir feito uma granada,
Uma espécie de bomba relógio sob suas coordenadas,
Onde a regra a ser respeitada era amar sem medidas,
E dando voz ao coração,
Que clamava seu nome sem perdão,
Dei um passo para esmorecer o silêncio,
Peguei o celular e digitei seu número,
Tão logo me atendeu, respondeu a sorrir:
- Estava pensando em você, queria você aqui.
- Também senti saudade. – respondi.