Não sei se poderia chamar a isto destino,
Mas uma voz lhe chamou a atenção a alguns passos,
Com duas passadas largas ele se pôs a sua frente,
Encontrando seu olhar, usando, ainda, seu tom grave,
Ali ela permaneceu, a contempla-lo,
O calor dos seus olhos e o sorriso que iluminava seu rosto
A deixou tonta, sem resposta, sem ação,
Sentiu o ar lhe faltar, seus lábios tremeram,
Então sorriu contagiada por aquela estranha sensação,
Já esperava que fosse belo,
Mas, por Deus, como resistiria ao desejo de toca-lo?
Levantou a mão, sentindo-se insegura,
Quis fugir, mas o sorriso meigo que avistou,
Fez com que desejasse provar o calor do seu corpo,
Sentir-se segura entre seus fortes braços,
Com um sorriso largo, ele dissipou seu medo,
Estendendo a mão em sua direção,
Ela acreditou que não resistiria ao desejo
E a inquietante necessidade de toca-lo,
Ela parecia estar desenvolvendo uma curiosa fraqueza
Por olhos azuis e sorrisos bonitos,
Então o fitou com o olhar tremulo,
Seus lábios ligeiramente abertos,
Denunciaram o desejo de serem tocados,
Como se entendesse o recado,
Ele a tomou para si em um ímpeto
De coragem, encanto e altivez,
Ajeitando uma mexa de seu cabelo,
O cheiro de sua pele ao toca-la,
A inebriou, e ela soube naquele mesmo instante
Que não desejaria ser de mais ninguém,
- Algo me diz que você nasceu para ser minha,
E eu pretendo tê-la.
Ela sentiu-se tonta,
E com um leve rubor na face, lhe permitiu beija-la,
Breve, macio e suave,
E da mesma forma, cheio de promessas,
Sentiu medo de que ao abrir seus olhos,
Ele já não estivesse ao seu alcance,
Então o abraçou como nunca havia feito antes,
Repousando sua cabeça em seu pescoço,
Inebriada naquela sensação que proporcionava o contato,
A segurança que sentiu no calor do peito dele,
Estava certa: nunca poderia descrever!