Conforme lhe conto
Não houve nada além
De termos ido,
Eu e aquele casal de amigos
Até o rio.
Lá nadamos,
Competimos no mergulho,
Andamos de barco a motor,
Então, ele caiu na água,
Ele estendeu a mão,
Eu disse,
Deixe-o,
Ela não foi capaz.
Mesmo estando de biquíni aberto,
Exposta a queimadura solar,
Ardendo a pele vermelha,
Tendo seus ossos frágeis
E pouco força,
Ela manteve o braço,
Levantou-se até próxima
A beirada do barco,
Mão estendida
Dizendo,
Por favor, pegue
Eu posso ajuda-lo,
Eu irei te salvar.
Ela agarrou-se aquele barco
Como se fosse
A pessoa mais forte,
Ajoelhou-se na beirada,
Mantendo as duas pernas
Contra a lateral
Como se fosse uma pedra,
Depois escorrendo
Sua pele
Pela lateral até o chão,
Puxando-a com toda força,
Gritando para enviar ar.
Eu não duvido
Que seria possível
Usar a força do pulmão para impulsionar
Ar num pulmão que fraqueja,
Eu desliguei o motor,
Fiquei em pé
E achei divertido.
Sua pele grudou na lateral do barco,
Sua mão esquerda se rasgou,
O osso pareceu se estender,
E ela chorou,
Então, ela caiu com ele,
Assim como você agora
Ao me ouvir.
Ele caminhou até o ouvinte,
Pai da moça,
Retirou uma faca do cinto,
E rasgou seu pescoço,
Tombando suor, roupa e um corpo
No chão daquela casa.
Em todo caso,
Anteontem você pôs a venda
Sua residência,
Hoje eu a adquiri
E vocês todos foram embora,
Morar em outra cidade.
Assine aqui com seu polegar.
Você não sabe ler,
Não sabe escrever,
Mas sabe receber um bom amigo.
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