Corações que se prometem,
Olhares distantes,
Mas corações não sabem esquecer,
Mesmo que olhos não possam ver.
- eu não respondo por meus instintos,
Sou um assassino.
O menino fala,
Como se estivesse de faca em punho,
Sangue entre os dedos,
Porém, na verdade não havia nada
Além de um segredo a revelar-se.
- você se acha capaz
De cometer atos de crueldade?
Indaga o amigo
Que andava ao seu lado.
- não.
Eu o vi violentar minha irmã.
Ele bateu nela,
Com força, maldade e raiva.
O menino olhava distante
Como se tudo ainda acontecesse.
- entendo que a dor de uma irmã
Fere a todos que se compadecem.
O homem falou sem maldade
Ou tom de censura.
- ela nunca reclamou,
Nunca foi capaz de lhe proferir
Palavra de mal gosto.
Calou-se em sua dor,
Na dor que não fui capaz de suportar.
O menino embora jovem
Não foi capaz de chorar,
Estava consciente
E convicto do que foi capaz.
Obrigado a reagir,
Se proteger de pessoa violenta.
Reconhecer sofrimento alheio,
Se sensibilizar por sua amada irmã.
- eu sinto medo.
Muito medo.
A menina gritou e correu
Se aconchegar a amiga mais velha.
- sinto medo pela forma
Como ele me segue,
Me reprime com seu olhar,
Me corrige e dirige.
Ela disse abraçada a mulher.
Escondida entre seus cabelos,
Sôfrega ao seu ouvido.
- confie em mim,
Irei lhe fazer o melhor,
Posso cuidar de você,
Te guiar até onde for.
Ocorre, que a mulher
Era experiente,
A menina não sabia se conter,
Ela soube manuseá-la,
Provocar ciúmes,
Corromper sua inocência.
Corações prometidos,
Amores distantes.
Ele sentiu sua dor,
Provou do seu medo,
Mas não se satisfez
Com o que a outra mulher
Provocou e fez.
Pediu ao amigo:
-cuida daquela que amo,
Enquanto eu não possa estar perto.
A mulher mais velha não gostou.
Gerou desprezo,
Organizou rancor.
O amigo foi esfaqueado
Frente a frente,
Olhos nos olhos.
- eu sou homem
Mas não sou um fraco.
A outra era mulher
Mas seus sentimentos
Eram lascivos,
Não fui eu quem invadiu o quarto,
Ou fui chamado por amigo...
O homem respondeu
Antes de cair na terra fresca,
Comer pó
E sentir profunda dor.
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