domingo, 8 de dezembro de 2024

Garota Frágil

Sentada em frente a televisão,
A janela estava aberta,
Ela puxou a almofada sobre as pernas,
De repente,
Algo entra rápido pela janela
E lhe atinge em cheio a cara.
- Allah?!

Ela gritou assustada,
Jogou-se no chão
Próxima ao sofá,
Ao procurar o que havia
Encontrou um preservativo masculino utilizado,
Cheio de orgasmo.
- porra!

Alguém gritou alto lá fora,
Ela continuou agachada
Sem conseguir proferir palavras
Por imensa vergonha.
Alguém se masturbou para ela,
Sentiu-se atraído por sua beleza,
Gozou sozinho
E esfregou na cara dela
O desinteresse e falta de atração que ela sentia.
- que horrível.
Ela disse.

Recolhendo as pernas
Pôs-se a chorar.
Retraiu-se inibida.
Parecia que queriam retirar
Sua feminilidade,
Seu teor de moça sonhadora,
Afasta-la de seu bom caráter.

Contou o fato para sua mãe,
As duas choraram juntas,
Porém, sua bondade
Foi maior que o ato de maldade,
Ela não revidou,
Apenas engoliu sua dor.

Não tardou muito,
Ao pôr os pés no primeiro
Degrau da escada,
Foi atingida por uma cueca,
Outra vez,
Sua de esperma masculino.
- porra!

O homem gritou outra vez,
No entanto,
Ela vislumbrou seu rosto,
E mesmo distante,
Pode por instinto identifica-lo.
Sua cara ficou suja,
Grudenta,
Ela teria caído
Caso não tivesse se agarrado
A tempo.

Um estúpido a atingia.
Sentia-se ferida em sua feminilidade
Outra vez,
Era como se estivesse
De mãos amarradas,
Um vizinho próximo,
Capaz de atos tão devastadores
E sórdidos.

A mente deste homem
Desprezava qualquer ato de bondade,
Nenhuma mulher
Quer ter seu corpo
Para objetivo de prazer,
Beleza não se identifica com isto.
Isso beira a desprezo,
Ato de homem sórdido.

Sujeito corrompido.
Agora ela não estava segura,
Para estar em casa,
Mesmo a portas fechadas.
Para sair sozinha,
Andar na rua,
Ou poder escolher suas roupas.

Cada vez que fosse comprar algo
Estaria amarada a aquela espécie
De demônio,
Tentando descobrir
O que o aguentaria
Ou seria capaz
De retira-la de sua mente suja.

Sujeito medíocre.
Desgraça de homem.
Ajoelhada no primeiro degrau,
Ela chorou,
Com a cara ferida,
Ela chorou,
Vermelha de dor e vergonha,
Ela chorou,
Trêmula de medo,
Ela chorou,
Fechou-se em si mesma,
“Não entregar-se a ninguém,”
Ela jurou,
Não seria convencida
Por promessas,
Não despertaria desejos,
Não criaria cobiças,
Estaria escusa de alvos,
Distanciada do amor.
Porquê amor não é sexualismo.

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