Tirinha,
Entrou no carro,
Triste com o pesar de Antônio,
O namorado de sua mãe.
Já lhe nutria afeto,
Exceto isto,
Era devota a todos
A quem a mãe depositava afeto.
Pegou as chaves do carro,
Abriu a porta,
Encontrou uma caixa lá,
Havia um laço nela,
Pensou que se devesse a mãe,
Olhou,
Havia um bilhete com seu nome.
Abriu-a,
Angustiada,
Era do rapaz do qual ela gostava,
Aquele que ela não disfarçava afeito,
E sempre que pensava em outro,
Via nele todas as suas recaídas.
Abriu-a.
Havia um preservativo masculino
Contendo esperma,
Abaixo disso,
Uma lingerie vermelha,
Estilo cheguei,
Sou a melhor,
A mais gostosa.
Embaixo dela,
Uma carta.
Na carta ele contava
Que lhe nutria amor,
Que após conhecê-la,
Não desejou outra,
Sonhou com ela
E acordou sonolento,
Buscando-a por todos os compartimentos.
Nisto,
Fez uma festa,
Convidou todos da vizinhança,
Mas ela não veio,
Decepcionado,
Ele nem ao menos ficou,
Saiu de lá,
Parou em frente a casa dela,
E admirou-a,
Feito um apaixonado,
Cego de amor
Através da abertura da janela.
Ali,
Admirando-a,
Pensando que nunca a teria,
Lhe surgiu o primeiro desejo
Intenso e poderoso,
Ele não foi forte o bastante para conter,
Gozou com toda malícia
E vontade,
A prova disso
Ele lhe entregava agora,
A camisinha usada.
Pediu a ela se ela
Iria querer encontra-lo,
Em frente a janela,
Neste mesmo dia,
Usando a lingerie que ganhou,
Para um primeiro beijo,
Pediu perdão pela urgência,
Mas ele sentia-se incapaz de esperar.
Queria vê-la de perto,
Conhecê-la melhor.
Ao final, indagação:
- aceita ser minha namorada?
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