terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Moh

Que droga de distância,
Queria proximidade,
Algo em sua fala
Me desperta.
Já não quero estar longe.

Quilômetros nos separam.
Um rio.
Um mar.
Um continente.
E um céu azul.
Que linda a terra que você pisa,
Este marrom bege
Fica mais resplandecente,
Na sua calça,
Realça minha urgência,
De provar este chão duro
E repleto de pedras,
Senti-lo contra minhas costas,
Marcando minhas nádegas,
E seu pênis dentro de mim
E profundo,
Tanto quanto está terra parece segura.

Tê-lo,
Seu braço antebraço
Apoiado no chão sujo,
Eu de camiseta,
Você de calças escuras,
Zíper aberto,
De encontro a minha pele,
Você suado e urgente.
Quando você fala
Meu coração pulsa,
Parece que fica cheio,
Sinto que você entra,
E eu o desejo,
Gosto da terra do seu rosto,
Do suor que escorre em seu peito,
Desta sua camisa colada.

Penso que a distância
É mesmo destrutiva,
Seu pênis pulsante,
Eu desejante,
As coisas podiam se facilitar,
E eu num piscar de olhos
Me encontrar aí deitada,
Com você quente em mim,
Eu gosto como você me esquenta,
Como na sua mão
As coisas parecem ficar mais sensíveis,
Você me faz pensar
Que eu ficaria bem entre seus carinhos,
Recostada nesta pedra dura,
Apoiada nela
Com você por trás
A penetrar minhas expectativas,
Eu não seria forte para retê-lo,
Eu não iria querer modera-lo,
Então, sua mãe direita
Resvalaria no suor da minha clavícula,
Cairia sobre a pedra,
Eu resvalaria na terra de pequenas
Pedras soltas,
Você nos conteria.

Até aí eu entenderia.
Seu pênis em meu íntimo,
Desejo e suor percorrendo,
Um beijo
E um colar de corpos.
Será que seu coração
Ficaria tão cheio
Quanto o meu fica?

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