domingo, 27 de julho de 2025

Herdeiro Perdido

Liandro acenou para o táxi,
Chegou perto e soube
Que havia uma moça
No carro,
Contudo, ela faria o mesmo
Trajeto e seria uma viagem rápida.
Ele não tinha tempo disponível,
Chovia muito,
E iria se molhar:
- dividiremos o táxi.
Informou a garota
Que já estava no banco de trás,
E informou ao motorista
Que estava em pé
O ouvindo e explicando
Sobre levar a garota.
A moça olhou Leandro entrar
E sentar -se no banco
Com rosto espantado,
Porém, ele era encantadoramente lindo,
E isso a deixou emudecida,
Apenas balbuciou então:
- es... tá cer...to.
Ele sorriu,
Seus dentes eram brancos
E perfeitos,
Seu rosto marrom
Ganhou um brilho de encanto.
Genir estava com uma pasta
Em suas mãos,
Leandro não resistiu e indagou:
- onde você irá?
Ela lhe sorriu calorosamente:
- estou procurando trabalho.
Respondeu afetuosa.
- não sei o que é isto.
Ele respondeu,
Leandro era bilionário,
Dono de próprio negócio,
Com ramo reconhecido mundialmente,
Sempre trabalhou no negócio
Da família e não se via distante:
- deve ser difícil.
Continuou olhando
Para a frente,
Depois olhou para ela.
- sim, é realmente difícil.
Genir respondeu.
Liandro olhou para os seus olhos
E gostou de ver a inocência
E simplicidade neles,
Decidiu usar de seu tempo
Para fazer algumas horas
De sexo,
Precisava disso para relaxar
E Genir lhe pareceu
A mais perfeita garota.
- gostaria de me acompanhar
Para tomar um café?
Ele indagou.
- eu preciso procurar trabalho,
Meu pai está doente,
Precisa de dinheiro
Para realizar exames.
Ela intercedeu.
- eu lhe ajudo,
Tenho prazer em ajudar
No que se refere a saúde.
Ele respondeu categórico.
Bateu no banco do passageiro
E falou ao motorista:
- entre neste hotel.
O homem o olhou seguro.
- sim. Senhor.
Mudou a marcha do carro
E se encaminhou até o estacionamento.
Genir levou um tapa
Contra o ombro de Liandro,
E abriu a boca incrédula
Com relação ao que ele fez.
Liandro a olhou,
Puxou seu rosto
Para ele e a beijou.
Genir demorou alguns segundos
Para responder sôfrega e trêmula,
Mas, logo se viu abraçada
A ele,
Buscando sua boca
E seu carinho.
No estacionamento
Liandro pagou o taxista
E conduziu Genir até
O quarto de hotel,
Pediu café e suco fresco,
Passou ao lado dela
Uma tarde tórrida de amor.
Neste transbordar
Soube de suas necessidades
Por dinheiro para pagar a faculdade
E ajudar os pais nas despesas
Com aluguel e com exames,
Eles se aproximavam de idade
Avançada e as doenças
Começavam a se manifestar,
Ambos, urgiam por exames e
Tratamentos.
Ele considerou que seria
Ajudar Genir
Lhe dar o valor de R$ 500.000,00
Ao invés de oferecer trabalho
No seu empreendimento,
Vez que a localização
Era prejudicial para ela
Em razão do local onde
Ela residia.
Totalmente distante,
E ela não tinha meio de transporte algum
Que a auxiliasse para chegar
No local.
Satisfeita, ela deixou
O número do telefone
De sua casa para ele,
Anotado em sua agenda
Ao lado do seu nome
E uma foto pequena
Que tirou da carteira
E fez uma colagem
Para que ele a reconhecesse.
Deste único dia,
Resultou um filho,
Um lindo menino,
Mediante a ausência de Liandro,
Genir doou a criança,
Sem preocupar-se
Em descobrir pra qual família,
Ou se o bebê ficaria bem.
Ela chorou por algum tempo,
Não poderia negar que sofreu,
Mas o dinheiro foi suficiente
Para ajudar os pais,
A mãe agora fazia fisioterapia
Devido a dores na coluna,
E o pai praticava natação
Em razão de um tratamento
Contra dores nas articulações.
Um ano depois do encontro
Liandro tornou a ligar para ela.
Ela suspirou de seu quarto
Com o telefone puxado
Sobre a cama.
- alô.
- oi, é o Liandro,
Vamos tomar um café?
Ele indagou de ímpeto,
Como se nunca tivesse
Existido o tempo,
E nisto,
Ele a tenha enviado flores,
Notícias suas
E consideração por sua pessoa.
- eu engravidei...
Ela respondeu.
- ah, me desculpe,
Eu não quis incomodar...
- não, Liandro,
Quis dizer que o filho
É seu.
Ela respondeu segura.
- o quê? Eu sou o dono
Das empresas Alexius Construções,
Não posso ter tido um filho
E tê-lo abandonado por tanto tempo...
Ele insistiu trêmulo.
- ah, você pode sim,
E eu pude doa-lo.
Ela respondeu irritado.
Então, ele era o dono
De uma empresa milionária?
E agora, ela entregou o filho
A alguém que passou na rua,
Sem fazer ideia
De que o filho era um herdeiro,
E menos ainda de quem
O levou ou para onde...
Neste momento,
Genir odiou Liandro
Por sua crueldade
Em dispor de tanto dinheiro,
Tê-la usado para instantes
De prazer,
Lhe feito um filho
Sem o mínimo de cuidados,
E depois abandona-la.
- você me deixou grávida,
Eu odiei sua atitude,
Enfrentei toda a gravidez sozinha,
Eu o odeio Liandro.
Genir respondeu
E bateu o telefone
Desligando sem delongas.
Logo em seguida
O telefone voltou a tocar,
Ela atendeu,
Consciente de que
Um milionário não insiste
Em uma relação com uma
Garota pobre,
E ela era pobre e ainda desempregada.
A gravidez a impediu
De trabalhar,
O filho lhe tomou tempo,
Ela sentiu ódio
E o doou, simplesmente.
- alô.
Genir atendeu.
- preciso saber onde você mora,
Quero conversar com você,
Ir te visitar.
Ela reconheceu a voz
De Liandro
Porém, não reconheceu sua
Urgência em querer... vê-la?
Se preocupar com ela?
- tarde demais para isso,
Você, em um ano,
Não tentou saber de mim,
Não quis ouvir minha voz,
Ou saber se eu estava viva...
Olha, eu não sei onde
Seu filho está ou com quem!
Disse com ódio,
Levando o telefone
Para desligar.
Outra vez Liandro ligou:
- alô, preciso te ver,
O assunto é sério,
Pare de desligar.
Ela desligou outra vez,
Chutou o telefone com o pé
Até o chão,
Se jogou sobre o travesseiro
E chorou,
Lhe pareceu que seu coração
Sentiu medo de Liandro.
Ela teve mais segurança
Pelo que fez.
E arrependimento por tê-lo conhecido.
Ele era, definitivamente,
Um arrogante.
Deveria ser casado,
Com certeza tinha família,
Apenas a usou.
No chão,
Em frente a cama,
O telefone tocou outra vez,
Insistente,
Ela continuou a chorar desistente.
O telefone silenciou
Por pouco tempo
Para tocar de novo.

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