Na companhia da solidão,
Que ardia em seu coração,
De uma forma palpável,
Nada lhe parecia ajustável,
Nem mesmo sua casa,
Lhe trazia a paz de que precisava,
E o silêncio de tão audaz,
Trazia consigo uma insídia mordaz,
Lhe anuviando a percepção,
Para transbordar em lágrimas sua visão,
Mesmo as paredes do seu entorno,
Não lhe ofereciam resguardo,
Lhe deixando tão vulnerável,
Que beiravam ao impalpável,
E seus espaços vazios só lhe traziam calafrios,
Mesmo seu celular limpo e organizado,
Não lhe parecia um aliado,
Pois lhe fazia prever uma ligação que não iria acontecer,
Sentia que seu chão iria se abrir para lhe consumir,
A sós e de olhos fechados,
Nem ousava amenizar o silêncio de sua sofrença, que de tão gritante,
Agia como uma doença na busca por consumir sua mente,
Seu corpo padecia em agonia,
E ao deitar sobre sua cama vazia,
Com, somente, seus pensamentos por companhia,
Um lindo rosto lhe surgia,
E um nome ficava suspenso no ar,
Como um segredo que não se quer revelar,
Ou um momento que não se quer recordar,
E o céu que era perfeito agora está rasgado.