terça-feira, 24 de outubro de 2017

Beijo Guardado

Como se o amor tivesse mãos,
Sentiu-se deslizar para o som de seu coração,
Como se lesse o amor em seus olhos,
Com um sorriso iluminando o rosto,

Ele envolveu sua cintura com um abraço,
Enquanto a outra mão lhe afagava a face,
Envolvendo docemente seus lábios em um beijo,
Tão meigo que estremeceu sua pele,

Clamando o amor de seu exílio,
Rompendo seu laço com o inseguro,
Com um golpe a machado de ouro,
Sob o brilho da luz estelar dos seus olhos,

Seus dedos percorriam seu corpo com afagos,
Entregando-se a longos beijos adocicados,
Lhe acordava a alma e puxava para a vida,
Sem promessas de amor,
Ou palavras impensadas,

Pois se fosse para encantar seus ouvidos,
Que fossem com gemidos e suspiros de amor,
Apenas pediu que mantivesse os olhos fechados,
Para que não houvesse óbice em seus beijos,

Feito um sábio apaixonado,
Preferia ser banido pelo amor,
Do que pecar por sua ausência,
Sem se esconder de sua chama,

Que queimava ante a urgência da carícia,
Sentia seu calor ultrapassar a roupa,
Embriagado pela troca de ternura,
Que naquele beijo se rompia,

Tão intenso e glorioso,
Que parecia invadir a alma,
Como se dele dependesse para continuar vivo,
Para atenuar o calor que percorria suas veias,

Um mero escravo sujeito aos seus caprichos,
Que na busca pela plenitude,
Recebe com juros os sonhos apaixonados,
Que sacudidos e esvaziados da miragem,

Se alicerçam no mais seguro e puro amor,
Sabendo que já lhe pertencia,
Com um sorriso ela colocou um dedo nos lábios,
Um minuto após sua ausência,

Pois ali permaneceriam guardados os seus beijos,
Não para simples lembrança,
Mas para garantia de quanto o amor verdadeiro significa,
Mais do que se possa explicar,

Maior que a lentidão das horas,
Muito mais do que suficiente,
Para manter sua boca aquecida,
Revivendo seu beijo até que retorne.

Amor sem Medida

Com o coração batendo acelerado,
E os olhos ofuscados pelo brilho do amor,
Sua voz não conseguia alcançar as palavras
Que derramavam o amor do coração,
Pois antes de repousar em sua boca,
Embargava na garganta tamanha a emoção,

Que feito de intensidade e profundidade,
Iluminava o caminho ao paraíso,
Porém, feito de fragilidade e simplicidade,
Personificava o divino dentro do humano,

Guardando no doce da alma,
O alimento que sacia a vida,
Que no som da voz ou no gosto do beijo,
Consegue restaurar o muro sagrado,

Que se perfaz em um escudo impermeável,
Irradiando do peito para os braços dos apaixonados,
Do coração trono de sentimentos puros,
Onde o mal sente vergonha de se instalar,
Por não encontrar respaldo,
Em um sujeito que se abrigue no véu da honra,

Para os braços por ser símbolo de força,
Por ser meio de materializar o carinho,
Por guardar espaço para expressar ternura,
Onde será coroada a pessoa de seu agrado,

Reconstruindo de sonhos quebrados,
Escondido no entulho de suas feridas,
Um céu infinito de triunfos,
Mesmo que banhado em lágrimas,

Pois se tua dor te fizeste de pedra,
No fogo do amor seu sofrimento eu derreteria,
Para reconstruir seu caminho em safiras,
E na força do meu amor,
Levaria suas lágrimas como prisioneiras para despojo,

Para que antes de tocarem seu rosto,
Recuem enfraquecidas por pertencerem ao infortúnio,
Que em um cruel desengano,
Teimou em colocar-se em seus olhos,

Em uma tentativa inútil de afugentar seu brilho lunar,
Que tão forte quanto a vida reflete a luz solar,
A um afagar das minhas mãos,
Vibrante no pulsar do coração,

Feito uma brecha por onde foge a vida,
Teimosa em refletir sua alma bondosa,
Deixando-me em guarda dia e noite,
Atacado por seu amor de todos os lados,
Armado com toda força do meu bem-querer,
Entregue a este desejo tão intenso

Que alcança o insensato,
Embevecido pelo sublime momento,
Em que possa acariciar-te com uma das mãos,
E com outra simplesmente segurar sua cintura,
Para que sinta o afago que exala, 
Inclusive, do meu coração,

Fazer do seu corpo meu templo,
Meu abrigo contra o desalento,
Um lugar onde eu possa guardar meu sentimento,
Unir nossas almas e nos sentir completos,

Para que assim que chegue o alvorecer,
Este brilho sincero dos seus doces olhos,
Possa contar por onde quer que passe,
Que encontrou o amor verdadeiro,

Aquele cuja intensidade marca a pele,
Aquele que mesmo que lhe entregue por inteiro,
Ainda assim não demonstraria nem metade,
Por ser mais grande que o para sempre,

Aquele no qual eu me sirvo sem medida,
E em confiança se restaura de tal forma,
Que transborda no instante da entrega,
E se agiganta a cada carícia.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Orvalho de Amor

Em nome de tudo que sinto,
Eu vou reinventar o amor,
Reconstruir o brilho das estrelas,
Apenas para aguçar a luz do seu olhar,

Reforçar o brilho do sol,
Para evidenciar sua aura de amor,
Farei dos meus braços abertos,
Portas para sua entrada no meu paraíso,

Para que quando eu te abraçar com toda minha paixão,
Os sinta como muros de proteção,
Um escudo da mais profunda emoção,
Que no ritmo do pulsar do coração,

Será capaz de levantá-la até o azul celeste,
E banhá-la no orvalho das nuvens,
Logo, passando um braço por sua cintura,
Ele a colou em seu corpo e a fez levitar,

Não lhe prometo um amor perfeito,
Porque o vejo como algo a ser reinventado,
Reparado a cada sonho a ser alcançado,
Sou apenas um ser humano,

Que ama com toda alma,
De uma forma que vai além da vida,
Por isso eu juro me esforçar,
Para lhe fazer a pessoa mais amada,

Aquela que possui o amor ao seu serviço,
Feito um servo, em guarda para te proteger,
Sagaz para realizar seus sonhos,
Armado pelo escudo da cumplicidade,

Com um amor que inicia na terra que gera a vida,
Pois foi onde te conheci e te fiz minha amada,
E vai muito além das estrelas,
Pois nem todo o amor do mundo alcançaria,

O sentimento que nutro com todo carinho,
Disse ele, olhando-a diretamente nos olhos,
Com um brilho de amor arrebatador,
Então, ainda sob as nuvens,
O vento soprou sereno,
Como se afagasse sua pele,

Fazendo o cabelo dela roçar por seu rosto,
Com um sorriso nos lábios,
Ele afastou o cabelo com um afago,
E tomado pelo calor que irradiava de seu amor,

Guardou o sorriso e a beijou no colo,
Marcando seu peito com seu ardor,
Em busca de extravasar o amor incontido,
Pousou a boca em seus lábios,

Com beijos profundamente molhados,
Dispersos entre afagos exigentes,
Dando voz a urgência de seus corpos,
Guiados pelo amor que rasgava a pele,

Até sentirem-se penetrar um no outro,
No ritmo incontrolado que guiava seus afagos,
Sorte teve o orvalho das nuvens,

Que acalentou um amor destinado ao para sempre.

domingo, 22 de outubro de 2017

Por Toda a Existência

Eis que o amor se instalou com toda força,
Naquele abraço terno a luz do luar,
Foi como se ele pudesse ver através dela,
Como se o néctar de seus lábios pudessem adoçar a alma,
E saciá-la, lhe despertando para a vida,

Nunca antes provou de algo tão intenso,
Que com um simples beijo lhe roubasse o fôlego,
Com certeza este êxtase proveio do coração,
Que em seu pulsar sublime guiou o toque das mãos,

Não sentiu medo quando, olhando no fundo dos seus olhos,
Fez o juramento silencioso de amor eterno,
Com um sorriso encantador que iluminou o rosto,
Apenas selou sua promessa com um novo beijo,

A felicidade se refletiu por cada um de seus poros,
Vendo a tão temível solidão ser sepultada,
Pelo amor, que por muitos, era apenas sonhado,
Mas que a eles era tão real, quanto o calor que os envolvia,

E que derretia sua insegurança ao pó de ruínas,
Tomando o cuidado de trancar suas portas,
E jogar as chaves fora,
Apagando aquele terrível caminho de seu coração,
Pois toda a dor que assombrou sua emoção,

Agora era condenada a lacuna do esquecimento,
Pois nada mais merecia que o vazio indistinto,
De ser sepultada em um passado mórbido,
Perdida por entre os escombros do obscuro,

Sentindo sua amada mão passear por suas curvas,
Com um afago no lado esquerdo do seu rosto,
Ela afastou-se um pouco e parou em seu olhar,
E sorrindo lhe fez um pedido do fundo do peito,

Pediu apenas que sempre estivesse ao seu lado,
Que aceitasse construir um futuro de sonhos,
Sob a sinfonia de seu coração,
Ele respondeu com toda paixão,

Com um doce afago sobre sua mão,
Sim, vamos recomeçar a reconstrução,
Pois agora os sonhos em que ela alicerçou seu destino,
Seriam apoiados e um a um realizados,

Então, desejando dissipar qualquer medo
Que pudesse pairar entre eles,
Ele roçou o céu com os dedos,
Roubando uma infinidade de estrelas da noite,

Deixando um espaço escuro por onde passou,
Unindo-as em sua mão esquerda,
Como se fossem um planeta,
Depois estilhaçou-as em um milhão de fagulhas,
Colorindo o céu com uma nova infinidade de estrelas,

Demonstrando a força do amor que os unia,
Feito uma promessa de que agora,
A solidão nunca mais lhes faria companhia,
Pois o amor que os envolvia,
Os unia não apenas como uma só alma,

Mas também por toda a existência.

sábado, 21 de outubro de 2017

Viver a Vida

Quisera eu te amar o suficiente,
Para com mil estrelas iluminar sua noite,
Lhe despertar sonhos a luz do luar,
E torná-los reais sob a luz do dia,

Enfeitar seus dias de chuva,
Com o arco-íris da aliança,
Para que em meus braços sempre encontre a calma,
E a coragem para alcançar seus dias de vitória,

Preciso apenas libertar minha alma deste cativeiro,
Cuja solidão me ganhou por prisioneiro,
Me curar do medo de sonhos quebrados,
Porém, antes que minha lágrima percorresse meu rosto,

Me deparei com a luz dos seus olhos,
Iluminados e puros feito diamantes,
Sagrados feito uma chave para minhas algemas de bronze,
Então meu amor jorrou derramado,

Feito um presságio de quem acorda para a vida,
Assim meu muro de sofrimento foi quebrado,
E suas portas foram destruídas pelo fogo,
Límpido e purificador que avistei em sua alma,
Neste instante toda a dúvida se consumiu em cinzas,

Não restando uma única brasa de incerteza,
De que seu amor chegou para me salvar,
Me despertando para um amor tão intenso,
Que uniu todo o amor do mundo

E o pousou suave em meu coração,
Senti tudo se desfragmentar diante dos meus olhos,
Como se eu pudesse reconstruir o mundo em sonhos de paixão,
Não me pareceu sensato provar um amor tão intenso,

E condená-la a conhecer a ruína de ventos tão contrários,
Com lágrimas de amor correndo em meu rosto,
Desejei que todo o mal fosse banido,
Para que nada ferisse este sentimento sagrado,
Que nutro com toda a força do amor,

Ah, coração fervoroso em carinho,
Confesso que serei seu servo,
E abandono o pecado de viver em contradição,
Negando-me a dádiva de me entregar a esta afeição,

Pelo capricho de sentir medo do desconhecido,
Pois a todos os seus sonhos estarei atento,
E ao seu grande amor estarei aberto,
Pois, que toquem as trombetas e anunciem o juízo final,
Se eu ganhá-la por um átimo de segundo em minha vida,

Pois o mínimo instante em que eu alcançasse sua alma,
Seria suficiente para reerguer mesmo as ruínas esquecidas
Das cidades perdidas pelo fogo da discórdia,

Apenas para provar ao mundo que é em amor que se vive a vida.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Jogo do Desejo

Mil palavras de amor eram ditas no silencio do olhar,
De olhos escuros feito a noite, cuja pupila dilatada
Iluminava mais que o véu do luar,
Com um brilho estelar afiado e fatal,

Seus olhos misteriosos feito a sombra,
Eram um convite para a conquista,
Com um sorriso afastou-me da solidão,
Com um piscar de olhos conquistou meu coração,

Mais quente que sua língua,
Seu abraço desarmou minhas defesas
Um erro da minha paixão,
Me fez submisso a doce emoção,

Vindo a dar termo naquilo que a vida
Decidiu sobre nossas almas,
Não houve delito, mas recaiu condenação,
Com um doce beijo, me tornei alvo da sedução,

Um prisioneiro submisso as carícias de suas mãos,
Mesmo meu pulsar descontrolado conseguiu traduzir a sensação,
De sentir cada linha de seu corpo,
Ao entregar meu amor derramado,

Assim, se me tornar seu servo for a punição,
Me nego ao direito de recorrer a condenação,
Sem lágrimas ou preces, simplesmente, percebi que lhe pertencia,
Sem súplicas ou porquês, unicamente, lhe desejo em minha vida,

Pois a cada afago mais intenso,
Sinto nossos corpos arderem em fogo,
Mesmo que fosse por uma única vez,
Não resistiria a provar o gosto do para sempre,

Pois se o amor for louco, tanto melhor,
Me rendo ao seu mistério e aceito meu destino,
De servir ao amor feito um peregrino,
Destituído da roupagem dos segredos,

Me dispo do manto do inseguro,
Para me acobertar em seu estranho amor,
Que quanto mais se completa, mais se torna abusado,
Um amor com gosto de paraíso,

Em que vencedor e vencido,
Entregam-se ao jogo do desejo,
Com a única regra de apenas se sentirem saciados,
Quando sentirem o amor consumado,
Com ambos abraçados e satisfeitos,
A espera de recomeçar o beijo,

Pois feito argila senti meu corpo,
Ao mínimo toque de suas mãos,
Se moldar até em você se tornar completo,

Unidos, inclusive, no pulsar do coração.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Palavras de Amor

O amor que alimento em meu peito,
Não me permite usar termo mais suave,
Pois te amo com todo o amor do mundo,
Em verdade sei que durará para sempre,

Pois os motivos que me guiam a esta declaração,
É ver a luz dos seus olhos iluminar meu coração,
Então vi lágrimas percorrerem seu rosto,
A denunciar seu sofrimento silencioso,

Rasguei minha túnica e meu manto,
E caí de joelhos estarrecido, com o coração abatido,
Toquei em meu coração e como se o tirasse do peito,
Levantei as mãos ao céu como se o entregasse ao Senhor,

Pois se não fostes digna de amor,
Então nenhum outro alguém o seria,
Sei o quão grande são meus pecados,
Mas tendo reconhecido em você o amor da minha vida,

Por este amor que me desperta, eu me arriscaria ao castigo,
Levando seu inimigo à espada ou ao cativeiro,
Sentenciando-o a enfrentar a fúria dos meus punhos cerrados,
Condenando-o ao mais cruel desfecho,

Pois mesmo a menor dor por você sentida,
A mim não passa despercebida,
Pois a quem te fizeste indefesa,
Juro que condenarei a ruína,

Feito um escravo de sua paixão,
Disposto a reconstruir seu coração,
Levantarei um muro de proteção,
Apenas peço que não faça objeção,

Ao carinho que nutro com satisfação,
Encantada ela lhe ofereceu a mão,
E o auxiliou para que se levantasse,
Disse estar incerta quanto ao que sentia,
Mas reconheceu o amor pela primeira vez,
Então pediu se aceitava construir vida nova,

Pois haviam tantos nós em sua alma,
Que suas chagas precisavam ser curadas,
E como se fosse uma poção mágica,
Viu que as palavras com que ele se expressava,

Estavam contaminadas com um sentimento íntegro
Tão profundo ao qual se arriscaria chamar amor,
Algo, por ela, até então desconhecido,
Mas que soou feito remédio aos seus ouvidos,

Por seu sentimento ser puro,
Aceitou o mergulho no inseguro,
E mais rápido que as palavras doces em sua boca,
Seus braços a envolveram com um abraço,
Que desanuviou sua alma,

Fazendo um sorriso iluminar seu rosto.

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...