terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Amor à Distância da Lua

 

Quando o sol se posicionou em um céu iluminado,

Marcando na lua quatro horas da madrugada,

As estrelas sorriram animadas, logo adormeceriam,

Os suspiros dos amantes se tornaram mais agitados,

Teriam pouco tempo para acobertarem seus medos no véu da noite,

Entrelaçaram seus dedos, de um jeito meio desapercebido,

 

Ficaram abraçados recostados um no outro,

Desejavam afagar a madrugada gelada,

Torná-la um pouco mais humana para o que sentiam,

Caso alguém queira duvidar sobre a frieza em que a lua se encontra,

Sugiro que dê uma olhada para o céu da noite,

E verifique se não é ela quem está sozinha, lá no alto,

 

Onde até mesmo a vista tem hora para encontrá-la,

Em um lugar distante escondida até mesmo das estrelas,

Onde apenas, em suas horas mais singelas, o sol pode tocá-la,

Se estar posicionada lá no alto a fez melhor que alguém ou algo,

Ela nunca tomou conhecimento sobre o fato,

Se estar sozinha presa em sua redoma intocável, a fez mística,

 

Bom, de alguma forma ela desejou abraçar a terra,

Acolher nela os medos dos namorados, devolvendo-lhes em sonhos,

Cada um dá de si mesmo somente o que tem,

Como poderia dar o que nem ao menos lhe pertence?

Mas a lua nunca desejou ser fria como aparenta,

Mesmo sendo feita de pedra acobertada por um gelo desforme,

 

Ela aceita se derreter sempre que o sol a acaricia,

Por mais que, às vezes, precise se esconder, ela sempre se rende,

Porém, para os que ambicionam se apossar dela,

Seria conveniente saber que ela gosta de estar onde está,

E talvez, não por mero acaso do destino, ela esteja no lugar certo agora,

Abrigada em sua aparente distância, escondida em sua frieza forçada,

 

A sugerir que cada qual deve saber escolher seu lugar e se posicionar,

Sendo ela margeada de pedras, talvez não tenha nada a esconder,

Mas nem por isso precise deixar de estar onde está,

O símbolo do romantismo pode ter se colocado distante,

Mas não significa que esteja desamparada,

As coisas são como são por algum motivo maior,

 

Sempre existem os que queiram se enganar pondo o amor longe,

Em algum lugar que imaginam nunca poderem tocar,

É certo que a lua está a sorrir deles, em deboche por seus medos infundados,

O que seria dela se não houvesse seus momentos de distância?

Tolos são os que empreitam em fuga estando o amor do seu lado,

Babacas, sãos os que duvidam de si mesmos,

 

Abraçando-se nos medos que deveriam entregar a ela,

Não percebem que assim ficam em débito com seus sonhos,

Qual é o motivo de colocar o amor distante de si mesmo?

Impedir o acesso a si próprio, se imaginando em outro lugar,

Querer que te encontrem como se você fosse um objeto ao invés de ser pessoa,

Se é tão curto o tempo para que desperdiçar com desalentos?

 

Desejar tocar a lua, quando deveria tocar a quem ama,

Achar que ela seria a única capaz de afastar a solidão da noite fria,

Quando o segredo se encontra nos dedos da sua mão em carícia,

Imaginar-se distante para distanciar-se não há nada mais errôneo,

Querer se colocar em um pedestal onde ninguém poderá te alcançar,

É ver o amor dissociar-se pelos vãos dos dedos sem nunca o tocar,

 

Elevar o amor a lonjura da lua é procurar em vão,

E não se reconhecer, nem compreender as batidas do próprio coração,

Tente imaginar sua próxima fuga, mas não esqueça do fator tempo,

A lua soube se posicionar da maneira como está por que contou com cada movimento,

E mesmo se colocando em uma distância segura,

Não caiu em lacunas de onde não poderia escapar,

 

Se ela decidiu amar o sol foi porque soube conquistar o seu amor,

Se estivesse a ignorá-lo, nem mesmo a terra teria onde se abrigar,

Seu aviso, ao que parece não está sendo levado a sério,

Há sempre aqueles amantes apaixonados que se prendem ao desnecessário,

Ignoram os detalhes expostos em seus destinos,

Os passos em que a própria vida os encaminha a seguirem,

Se a lua conseguiu se abrigar na noite para brilhar quando quisesse,

 

Pense que talvez, você possa se colocar tão distante que não tenha retorno,

Não importa se for pego ou não, não importa o quanto planeje,

A lua conta com fatores dos quais você não dispõe,

Não queira se colocar tão distante, você não é a lua não,

Nem queira procurar o amor nela, lá tudo congela e pode cair no vão...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Eu Te Amo Minha Vida

Eu o amo para todo o sempre e uma vida além,

Porque mesmo a eternidade seria pouco para ama-lo,

Me esforcei para demonstrar desde o primeiro instante,

No entanto, só não fiz mais porque senti medo,

O inseguro parecia pairar entre nós dois, pelo segundo que fosse,

Mas era o suficiente para eu ficar com receio,

 

Quando se ama com toda a alma e mais um pouco,

Creio que seja normal este tipo de insegurança,

Amar uma pessoa em meio à multidão, já deveria ser complicado,

Imagine quando se encontra aquele alguém com quem sempre sonhara,

Aquela pessoa que nem mesmo em seus sonhos você acreditara que existiria,

De repente, ela se faz palpável na sua frente, como você reagiria?

 

Bem, eu creio não ter sido diferente, estremeci, fiquei de pernas bambas,

Queixo caído, lábios trêmulos, o grande amor da minha vida, me olhava...

E mais que isso, dizia me admirar ainda, então ele não sabia o quanto eu sentia?

Ele se fazia de bobo, para me deixar mais estonteada? Aquela voz perfeita,

Cabelos fartos, rosto matreiro, gestos ligeiros, alto, corpo másculo...

Sabe aquela pessoa que tem completo domínio sobre si mesmo?

Então, ele era a perfeição em pessoa, e eu ali, inerte a admira-lo,

 

Me sentia uma tola, mas a perfeita tola, pois naquele momento seria sua,

Esta era a minha chance única, encontrar o amor da minha vida,

E ainda, ter a oportunidade de ser amada por inteira, não são todas que são,

E puxa, eu sabia que todas as mulheres se colocavam aos seus pés,

Mas, de todas elas, eu havia sido a escolhida, soubesse demonstrar a emoção,

Poderia, quem sabe, conquistar o seu carinho ao menos naquele instante,

 

Diante de uma pessoa a quem vemos tão perfeito, tão sublime,

Um leve toque dos seus lábios já seria o suficiente,

Guardaria comigo para toda a vida dentro do meu coração,

Onde ninguém poderia removê-lo, nunca, não importaria a forma,

Eu manteria este momento consagrado na minha alma,

Em qualquer parte minha, onde ninguém o tocaria, nem o tiraria,

Não que eu o quisesse com sentimentos possessivos, não era isso,

Apenas o amei sobremaneira sem que pudesse resistir ao sentimento,

Queria protege-lo, estaria errada em amar tanto deste jeito?

 

Quando se trata de amar muito, quando se alcança as estrelas,

Como poder pesar tudo que se sente e desejar controlar ainda?

Existe uma medida para amar sem medida?

Há uma forma de esquecer o gosto do beijo de quem se ama?

Só o que sei é que em cada telefonema eu esperava a sua voz,

Em cada olhar, eu desejei encontra-lo, mesmo que ao acaso,

 

Meu caminho foi árduo antes de alcança-lo,

Por onde andei sempre me perguntei aonde estaria,

O que estaria fazendo, se existiria alguém em seus sonhos,

Desejei fazer contato, me esforcei de todas as formas,

A verdade é que o amei muito antes de conhece-lo,

Mesmo que tentasse mentir sobre isso, não conseguiria,

 

Quando o sentimento é intenso demais em seu peito,

Ele transborda de alguma forma, não tem jeito,

Havia algo místico entre o meu destino e o dele,

Só precisávamos de um esbarrão, coisa de pele,

Sei que as palavras aqui estão injustas para o que eu sinto,

Eu o amo muito mais do que consigo expressar neste verso,

 

Até mesmo meus atos são incertos para este amor,

Afinal, nunca amei tanto assim, nem achei ser capaz,

A vontade que sinto é de gritar em alta voz

Para que todos ouçam o quanto sua ausência me fez mal,

Acerca da qual, nunca foi culpa sua, pois nem nos conhecíamos,

Como poderia ter sido, mas ainda assim, eu o amava feito uma louca,

 

Da mesma forma que o amo agora, bem, se fosse possível amar mais,

Eu o amaria com toda a certeza, mas eu já nem pertencia a mim mesma,

Era dele, toda e unicamente dele, espero não ser mal interpretada,

Quando se trata de palavras, nem sempre é possível dominá-las,

E frente a ele, eu podia admitir com clareza, eu não possuía o domínio de nada,

Quanto mais eu o conhecia, mais queria estar perto, fazer parte da sua vida,

E o amor que não cabia em mim, se divagava de todas as formas,

 

Queira Deus que em uma das minhas carícias eu pudesse demonstrar,

Sentia-me tão nula diante de tanto amor que em mim se derramava,

Se debruçava e dominava-me por inteira, ele foi e será a minha vida,

Como eu faço para trazer todo este sentimento para as palavras?

Admirava ele em todos os tempos e formas que a fala pudesse expressar,

Ele era perfeito na medida exata para se amar para sempre,

Sabe aquele tipo do qual já falei, o impossível de esquecer?

 

Pois bem, eu o encontrei e agora seria meu, se eu me sinto feliz?

Feliz demais, de um jeito que não haveria como traduzir,

Sei que fui repetitiva, mas em cada linha só me vinha a cabeça:

“Eu Te Amo, eu te amo, eu te amo para sempre minha vida”,

Ao considerar as palavras na linha, percebi caber mais um “eu te amo”,

Ao considerar o amor em minha alma, eu não conseguiria expô-lo.

À Espera De Um Encontro

 
Nunca se sabe o quanto de tempo o destino encarrega aos que amam,

Todos pedem e esperam por uma vida inteira, mas isso pode durar apenas segundos,

Afinal quando é que se pode precisar a hora exata de partir para outro lugar?

Sabendo a hora da partida, quando é que se saberá a hora da chegada?

Por mais que se prepare, que busque um resultado diferente,

Nem sempre o resultado alcançado era o que se tinha em mente,

 

Por isso a importância de amar cada segundo,

Se entregar por completo em cada afago,

Sem tempo para distorções, conversas errôneas,

Apresentar vazão ao sentimento para que possa falar,

Abrir a razão da alma para que possa dar-lhe ouvido,

Se abrigar a fuga do sentir é traição para consigo mesmo,

 

Deste modo, imperdoável; quem se apegaria ao medo por receio da falha

Já não estaria falhando de antemão? Existem muitas perdas no caminho,

Para quê, então, decidir percorre-lo sozinho, inerte aos sentimentos?

A fuga nunca seria sua opção, nunca abandonar-se-ia a solidão,

Não enquanto dentro dela pulsasse alto seu coração,

Não enquanto ela tivesse ao seu lado quem merecesse sua atenção,

 

Se tentasse escapar, nunca seria bem-sucedida, o amou à primeira vista,

Como, agora, depois de ter provado a sua boca resistiria as suas carícias?

Poderiam haver perguntas dentro dela, mas não haviam dúvidas,

Há coisas que se clareiam a sua frente mesmo sem que se tenha respostas,

Mesmo que caísse na tentação de enfrentar os três problemas deste caso:

A roupa que usaria, o local em que iriam e como se comportar aos seus olhos,

 

Enquanto não empreitasse na fuga que havia dentro dela,

Não teria o que perder, bastava não procurar pelo que pudesse evitar,

Seus olhos eram vorazes, seu extinto era predador, manteria a distância exata,

Com aproximação suficiente para ir até o ponto que desejasse provar,

Nunca se sabe a importância de manter a cabeça no lugar,

Mesmo quando seu coração grita pela urgência de ser amado e amar,

 

Ela procurava a segurança de um ombro amigo, com os olhos abertos,

O abraço dele seria o bastante para abriga-la com o carinho necessário,

Algum tempo antes, quando se sentiu frágil e pediu sua proteção,

Ele soube como abriga-la junto aos carinhos do seu coração,

Quando ele precisasse de ajuda, ela retornaria o favor,

Nada mais que isso, não hesitaria em se colocar ao seu dispor,

 

Os afagos viriam com o tempo, na hora exata,

Eles saberiam como precisar este momento,

Mas, sempre que se encontrava abrigada ao seu olhar,

Ela se sentia estranhamente sólida, segura como nunca sonharia,

Sua mente a deixava zonza, não havia como evitar o que sentia,

Depois de reconhecer o amor, não há como voltar atrás,

 

Quando saíram a primeira vez juntos, ela desejou seu beijo,

Mas nada aconteceu, o silêncio foi quebrado por suas falas,

Conversas desenrolaram as horas por um instante mágico,

O qual ela guardava na lembrança com carinho e desejava repeti-lo,

Não houveram aquelas carícias para que fossem impedidas,

Nada que a prendesse ou os obrigasse a ir além do que queriam,

 

Nada a deixou tremula sem saber como reagir depois,

Nem a fez acordar com dor de cabeça arrependida do que fez,

Muito menos inquieta ante a tentativa de lembrar-se da noite anterior,

Tudo estava claro em sua alma como o brilho dos seus olhos lindos,

Sem pairar sombra de dúvida para ferir ou aprisiona-los ao inseguro,

Se havia algum vazio entre eles, estava sendo contido pelo diálogo,

 

Ela mantinha as lembranças seguras dentro de si mesma,

Nada faria com que as perdesse ou iriam reduzi-las,

Mas agora, que se olhava no espelho curvilínea e segura,

Desejou repetir a noite, sua alma estava com ela,

Porém, o coração já havia se colocado do lado de fora,

Estava a procura-lo, sem chances para fuga de si própria,

 

O vestido que usava era de caimento perfeito,

Ela o ligaria, marcaria um encontro, ele aceitaria,

Assim esperava, optara por usar um salto baixo,

Desejava que ele a visse baixinha e assim a carregasse em seus braços,

Na sua frente não sentia toda a segurança de agora,

Então, precisaria ser minuciosa para que ele a conduzisse,

 

Gostava da forma como ele direcionava as coisas,

Adorava o jeito como ele a admirava e parecia saber sobre ela,

Acreditava que ele entenderia o olhar dela e reagiria, a seu modo,

O que ele fizesse seria o bastante porque sempre foi,

Obviamente, ele estava longe demais para que ela batesse na sua porta,

Então, o ligaria, queria que ele viesse até ela, será que ele entenderia?

 

Bem, o fato de vir, é certo que entenderia, mas sobre os detalhes,

Será que ele perceberia? A timidez que se acentuava sobre a pele,

Gritava outra coisa, pedia por seu toque, ele iria negar?

Então, suas dúvidas estavam respondidas, ele merecia a confiança dela,

Talvez, este fosse um caminho que ele não desejava pegar,

Porém, nada atrapalharia ela de ter uma noite divertida para contar.

Amor de Uma Vida

Podiam se apaixonar à primeira vista,

Com direito a tão sonhada prisão domiciliar,

De condenar-se a ficar no abraço de quem se ama,

Sem tempo para acabar, prisão perpetua, para a vida toda,

Mas, este amor mesmo sendo tão especial para ela,

Talvez não durasse até o sol chegar, afinal,

 

Estavam acabando de se conhecer, ainda,

Sobre ele, ela não sabia nada, nem ao menos se a queria,

Consciente de que querer era pouco para tudo o que sentia,

Ela entregara-se ao beijo, as carícias do momento, silenciosa,

Nada escapara dos seus lábios, exceto os gemidos incontidos,

Os quais, ela fez questão que marcassem sua alma,

 

Para que quando se afastassem algo ainda a pudesse lembrar,

Por isso, se entregou da melhor forma que podia,

Morrer em vida era triste, então, por que não amar sem medida?

Procurava algo em que acreditar e se agarrava nisso,

Não acreditava estar errada por permitir ao amor guiar seu caminho,

Ela desejava deixar para trás os problemas de outrora,

 

Entregar-se tão profundamente ao beijo até esquecer de tudo,

Por que só vive intensamente quem ama por completo,

Disso ela entendia bem, então desejou ganhar dele ao menos a lembrança,

Marcar suas carícias em sua alma, com direito a nunca ser esquecida,

O que mais pode querer uma mulher quando se entrega a outra pessoa?

Para ela, os dois tinham a mesma ideia em mente, então se arriscaria...

 

Ela murmurava carícias em seus ouvidos e ele retribuía em seu corpo,

Ela roçava os dedos por cada detalhe dele, registrando-o em sua alma,

Uma entrega sedenta de quem ama e urge por ser correspondido,

Eles entreolhavam-se em meio aos carinhos e se compreendiam,

Era como se uma música fosse escrita por seus afagos,

E assinada dentro dos seus corações, em um lugar onde não pudesse ser tirada,

 

Situação esta, que nunca poderia ser negado o direito de ser lembrada,

Cuja qual chega sem avisar e se demora pelo tempo que queira ficar,

Sem que se possa afugentar, nos pega pela mão e conduz até outrora,

Mesmo que se queria guardá-la lá no fundo da memória,

Mesmo que se deseje fugir dela, esquecê-la, ela sempre retorna,

Chega se disfarçando de uma coisa ou outra, mas ela sabe o que deseja,

 

Sem regalias, sem meios que se possa evitar, quando o amor chama,

Ele vem buscar e não há quem resista, era apenas isso que ela queria,

Ser mais que uma noite nos braços de quem decidira amar,

Apesar daquele encontro ter sido inesperado, do tipo casual,

Ela apostava todas as suas fichas naquele rapaz,

Carícias propostas de modo a tocá-lo da forma mais profunda,

 

Beijos que confirmariam o encontro no dia seguinte,

Cada vez que ele olhasse para o próprio corpo, sentiria seu calor,

Ela apostava nisso, não se entregaria dessa forma para apenas uma noite,

Ele merecia sua entrega, ela podia sentir isso em seus olhos,

Seus sentidos guiavam as carícias quebrando o silêncio de suas almas,

Não houve relutância entre os dois, havia apenas a entrega...

 

Sem precisarem se acudir em bebidas para camuflar os afagos,

É certo que, também, não houvera tantos gestos românticos,

Mas o que estava havendo dentro deles dois bastaria para mantê-los,

Amavam-se de uma forma tão profunda que a sensação se prolongaria,

Por dias, semanas o que fosse, mas ao final, ela sabia: ele o procuraria,

Talvez se afastar por um tempo fosse importante para ele, ela entenderia,

 

Amar para uma vida inteira era uma decisão impetuosa,

A qual ela pagava o preço, não se esquivaria, mas quanto a ele, não sabia,

Seus corações batiam acelerados um nos braços do outro,

Em um ritmo sem precisão sobre o que estar fazendo,

Onde você apenas sente e liberta-se conforme o desejo ordene,

Não que se possa resistir ao amor, nada disso, mas o sente-se,

 

E mesmo que se recuse a se viver um relacionamento sério,

O tempo se encarrega de ditar o que fica e o que nunca deveria ter chegado,

O amor não desaparecia simplesmente porque era indesejado,

Ao contrário, não importa o quanto se queira fugir, ainda restam as lembranças,

Quem poderia apaga-las de dentro da própria alma?

Seria uma decisão imprecisa, melhor então, nunca ter se arriscado,

 

Com o coração carente de razão não há em que amparar a fuga,

Mesmo que sua atitude se apresentasse falha ao seu olhar,

Ela não iria desistir, assim fazem os que amam de verdade,

Ela aprendera isso, desde o primeiro instante em que o viu,

Apesar do seu coração ter se colocado em guarda,

Já não havia o que perder, só havia o que ganhar e tudo o que queria,

 

Agora, estava abraçando-a entregue as suas carícias,

Desnudo de erros, segredos, passado ou o que fosse,

Ali, entre aquelas quatro paredes, haviam apenas os dois amantes,

E nada mais que isso, seria o suficiente para mantê-los unidos,

Então, quando ele estivesse distante e a saudade o procurasse,

Ele lembraria dela, com certeza, não iria esquecê-la...

 

"Mas não fique bravo se eu não telefonar", ela parecia ouvir isso de sua boca,

Estremecera, tremula, sôfrega, ele parecera compreende-la,

Abraçando-a mais ainda, ela sentira medo de falar, não pela pergunta,

Pois era de todo sensata, mas temia pela resposta que ouviria,

Sentia-se fraca para enfrentar de quem estava amando a voz da indiferença,

Mesmo que apenas em palavras, isso iria feri-la sobremaneira,

 

Ela não resistiria, sabia disso em cada carícia na qual se entregava...

Como ninguém consegue ficar acordado por uma noite inteira,

Certa hora da madrugada, ela dormira, como seria o esperado,

A certa hora da manhã fora acordada com um beijo molhado,

Ele havia tocado a sua testa de leve, com carinho para não assustar,

Antes que ela o abraçasse e pudesse dizer algo romântico,

 

Ou qualquer outra coisa que lhe viesse à cabeça,

Ele se posicionou, ficando ereto, em suas mãos estava um buque de rosas,

Elas eram vermelhas, como o efeito deixado pelos beijos em sua boca,

Eram recém colhidas, como se desejassem marcar àquela hora,

Continham pingos de sereno, por terem contemplado a madrugada,

Eram, ao todo, seis lindas rosas, como o exato tempo em que haviam se conhecido...

domingo, 31 de janeiro de 2021

Sabor do Beijo

 


Inveterado no fundo do meu peito apaixonado,

Arraigado dentro de tudo que sinto,

Seu beijo ficou no doce dos meus lábios,

O calor do seu abraço no espaço entre os meus braços,

Grande parte de tudo que vivi antes de conhece-lo,

Pode ser descrito como sentimento passageiro,

 

Algo que nunca me passou pela cabeça definir como amor,

Mas, no entanto, aquele dia em que eu estava do outro lado da rua,

E, não por acaso, meu olhar cruzou com o seu,

Fez com que todo o passado perdesse o sentido,

Desencadeou em mim, o desejo de planejar um futuro a dois,

Algo antes nunca imaginado, algumas vezes sonhado,

 

Mas coisa passageira, que nunca permiti ter vazão,

Meu pulsar ficou intenso, não consegui controlar o coração,

Parti ao seu encontro, atravessando a rua, por entre os carros,

Percorri a faixa de pedestre, esperei-o na esquina,

Foi naquele lugar casual que tudo aconteceu,

Incluindo o beijo que jamais seria esquecido,

O abraço e tudo mais de que falo com tanto sentimento,

 

Percebi que todos os meus objetivos ganharam uma lacuna,

Pareceram vazios e incertos sem tê-lo como testemunha,

Sua cumplicidade em conquistar os sonhos já alcançados,

Porque foi isso que vi brilhar no azul dos seus olhos,

Foi o que senti mesmo antes de chegar perto,

 

Detestava ficar inerte as coisas que aconteciam ao meu redor,

Mas naquele momento mesmo abraçada a audácia,

Senti que a tarde de 15 de janeiro de 2009 seria misteriosa,

Com aquele quê de incerteza ao qual eu me recusava,

Aquele mesmo que eu procurei afastar-me a vida inteira,

Nunca tive o que reclamar com relação ao meu destino,

 

Sempre me pareceu o melhor, o mais convidativo,

Claro que sempre me esforcei para tanto,

Mas, no instante em que nos afastamos um do outro,

Pouco antes de eu abrir meus olhos para olha-lo,

Ao final do beijo, quando estava abrigada em seu abraço,

Antes ainda de ele erguer a cabeça, ficando ereto,

 

Percebi que tudo ganharia um novo sentido,

Que as coisas que eu havia vivido até aquele segundo,

Já não tinham a consistência de outrora,

Não havia margens para erro, ou para oferecer resistência,

Amava-o, desde antes de conhece-lo,

E o amaria por toda a vida, não havia como negar isso,

 

Era como se o beijo tivesse criado um laço entre nós,

Com uma espécie de dependência, da qual não poderia me soltar

E sair ilesa, sendo de conhecimento geral que

Ter o coração partido pelo amor não é um final a se desejar para si mesma,

Eu não tive outra saída, ainda abraçados naquela esquina,

Poderíamos nos agarrar a mil expectativas,

 

Mas nada nos pareceu tão belo quanto nos agarrar um ao outro,

A aquele sentimento que nos aquecia por inteiro,

Nos afastava de todo o resto, em destinos cruzados,

- Eu te amo, consegui sussurrar sôfrega pela emoção do beijo,

Ele apenas sorriu, me senti tremula, de pernas bambas,

 

O abracei ainda mais, desejava-o como nunca desejei outro,

Amei-o, mesmo antes de formar em mim a palavra amor,

Ou qualquer vestígio de sentimento, antes de vê-lo, amei-o,

Então, ergui a cabeça decidida sobre o que sentia,

E o confrontei com o olhar erguendo uma sobrancelha...

 

Mesmo agora, anos após tudo ter acontecido,

Ainda recordo de cada momento, cada palavra da sua boca,

Sua fala macia, a urgência que sentíamos em nossos corpos,

Lembro que, naquela hora o obscuro pareceu se clarear,

Minha razão dizia: pense um pouco, meu coração se recusava,

Lembro ainda, de ele se abaixar até tocar, de novo, os meus lábios,

Senti uma espécie de alivio imediato, sentia medo de perde-lo,

Disfarcei e beijei-o até alcançar o seu ouvido,

 

Com um sussurro repeti apaixonada: eu te amo,

Ele era o homem mais encantador que alguém poderia desejar,

Eu não me arriscaria a perder a oportunidade de ser sua,

A única em sua vida, aquela que o amaria para sempre,

Mesmo hoje, não consigo expressar com precisão os detalhes,

Embora, cada instante tenha valido a pena,

 

Em abril de 2012 eu entrava vestida de branco na igreja,

Deixava toda a incerteza de outrora para trás,

Acolhida em cada sonho, em cada fantasia inventada,

Pois, agora tudo estava posto a minha frente a me esperar,

Meu futuro, meus sonhos, minha família, meu marido,

O grande amor que nem ousei sonhar me aguardava,

 

Seria meu, para sempre, em minha boca, eu ainda guardava o gosto,

Daquele beijo ganhado a muitos anos atrás,

A marca dele ressoava sob meu batom vermelho,

A minha frente, alto e decidido, estava o homem que conheci outrora.

Ainda No Mesmo Lugar

 

Nunca vou me esquecer a dificuldade que senti,

Ao tocar seus lábios de leve, logo onde fica o seu sorriso,

Não desejei apaga-lo, por nenhum momento,

Por isso apenas rocei meus lábios de um jeito singelo,

Me afastei um pouco para ver sua reação,

Sem precisar me distanciar tanto pude sentir sua emoção,

 

Através da palma da minha mão que tocava o seu rosto,

A emoção sublime antes contida, tomava-me pelo braço,

Eu, mulher forte como me considerava ser,

Me vi trêmula, incapaz de conter meus carinhos,

Fosse uma pedra de gelo, naquela hora iria derreter,

Tão caloroso foi o carinho que senti naquele segundo,

 

Não precisei mais que isso, um segundo apenas ao seu lado,

Para fazer um instante tomar a proporção do eterno,

Não que eu fosse tão boa naquilo, confesso que me vi vacilar,

Quando a emoção é muito intensa, por mais que sejamos conduzidos,

Sempre há um algo que nos deixa a desejar,

Uma fagulha escondida em algum lugar prestes a explodir dentro de nós,

 

Senti medo, pensei que depois de desperta não poderia controlar,

Que tola eu fui em aceitar ser conduzida pelo coração,

Contudo, sentir medo por não reconhecer minha própria emoção,

É difícil sobremaneira encontrar o grande amor da sua vida,

Por mais que se desprenda em esforços, algo cala a fala,

Rouba os gestos, de repente me vi parada diante dele, embasbacada,

 

Inerte, sem saber que passo deveria tomar para me aproximar,

Mas se aquele beijo singelo não foi um toque do paraíso,

Foi a própria chegada nele com direito a estadia eterna,

Um sonho que se consuma no calor de um afago,

Um desejo que escapa de si mesma e vai para outro lugar,

Mesmo estando de olhos fechados, eu sabia,

 

Nele estaria a chave para tudo que eu sempre desejei,

Mesmo tendo sido curto o tempo em seu afago,

Aquele que, pouco antes do selinho ter acontecido,

Fez com que ele tocasse em meu braço com carinho,

E o trouxesse para perto da sua face,

Me fazendo ceder a vontade que me assaltava,

Acariciei-o da melhor forma que pude fazer,

 

Depois disso, me aproximei e toquei seus lábios,

O fato de eu, aqui, tê-lo definido através do verbo amor,

Não foi ao acaso, apenas traduz o que vi em seus olhos,

O que provei nele e é isso que o manterá comigo,

Pelo tempo que for necessário, pelo tempo do eterno,

Um detalhe que será impossível ignorar;

 

Ele demonstrou me amar da mesma forma,

Um sentimento como este não é possível calar,

Mesmo na ausência da voz, ou na falha dos gestos,

Ele se mostra, mesmo sendo algo difícil de explicar,

Quando nos toca, o amor nos move de maneira desregrada,

Encaminha cada passo, com uma lealdade irrestrita,

 

Nem mesmo a distância do tempo pode apagar,

Quando se ama se está sempre perto,

Em um eterno repetir do momento na alma,

De uma forma que nunca cansa-se de revive-lo,

Feito o relógio que todos os dias bate na mesma hora,

Eu fico a repetir este momento dentro de mim,

 

Eu estava apressada iria perder a hora para um compromisso,

Não tive tempo de pegar seu telefone,

Apesar do nome dele ser bonito não me disse muito,

Esqueci, na urgência do momento, de passar meu número,

Perdemos contato um com o outro,

Mas em nenhum instante, após isso, ele saiu do meu pensamento,

 

Espero em cada segundo revivido que ele também sinta o mesmo,

Independentemente do que possa ter havido,

Fazendo com que ele nunca mais usasse o mesmo trajeto,

Eu ainda me pego a espera-lo, no mesmo horário,

Amo-o muito, como poderia ficar calada a tudo que vivemos,

Teria sido tão singelo para ele, fazendo com que me esquecesse,

 

Seria tão vil assim o calor que ele colocou em sua voz

Quando se aproximou de mim, e conversamos um pouco,

Levando-o a me tocar com um carinho tão terno?

Fosse como fosse eu me recusava a acreditar nisso,

Confesso, me sentir mal com tudo isso,

Nem ao menos pedi se ele morava ali perto,

 

Mas não me permitiria esquecê-lo, ele merecia meu amor,

Cada instante em que seu beijo toma meu pensamento,

Cada vez que pareço ver seu rosto nas pessoas na rua,

Cada segundo em que o procuro por cada lugar que passo.


sábado, 30 de janeiro de 2021

Uma Decisão (In)certa?

 

Ela o recordaria por uma vida inteira, não seria possível menos,

O ponteiro do relógio havia quebrado na exata hora em que ele foi embora,

Ela decidiu nunca concertar, deixaria gravado nas areias do tempo,

Apesar do esforço para fingir indiferença, ela sentia que ele ainda a amava,

Mas o fim havia chegado, seus carinhos descompassados desataram os laços,

Seus beijos sôfregos soltaram as amarras que os mantinham juntos,

 

Embora ela recordasse muito mais dos momentos felizes vividos,

Ela ainda poderia recordar da facilidade que ele tinha para chorar,

Um homem de uma sensibilidade ímpar, porém, distante um pouco,

Ela ainda podia lembrar com um sorriso de canto da boca,

De cada vez em que o mandava embora da sua vida,

Alegando ter acabado o amor, ser pouco o que sentiam para mantê-los juntos,

Sozinha, em silêncio, ela ainda era capaz de escutar seus soluços,

 

Não tão exagerado quanto uma criança fazendo escândalo,

Nada tão silencioso que pudesse ser ignorado com desdém,

Ela sente uma lágrima a molhar seu sorriso enquanto recorda,

Era um soluço profundo que parecia vir de dentro dele,

Mas que nada, agora ele estava longe demais dela,

E ela acreditava que nada o traria de volta,

Foi este o fim que escolheram juntos,

 

Seu primeiro ímpeto ao vê-lo partir foi saltar para o alto,

Como se tivesse dado um passo rumo ao infinito,

Feliz, acreditou poder tocar as estrelas, sem limites,

Sua segunda reação, foi repensar cada atitude...

Havia colocado tantos sonhos naquela relação,

Sentia tanta pressão sobre si mesma quanto a sua emoção,

 

Em terceiro momento, agarrou-se as lembranças do passado, quando,

Parecia que percorrer um caminho sozinha, era mais intimidador,

Estaria exposta a mais riscos provenientes da rua,

Riscos, dos quais, ele poderia, caso quisesse, protege-la,

Seria então uma relação por conveniência, em que cada um cede um pouco?

Mas ele não parecia disposto a isso, talvez se sentisse inseguro a respeito,

Seu futuro aparecia diante dos seus olhos com detalhes definidos,

Iria desistir de tudo pelo que tanto acreditou em razão de sonhos?

 

Quem em idade adulta ainda ousava acreditar nessa bobagem: os sonhos?

As pessoas se conheciam, ou nem isso, casavam-se e tinham seus filhos,

Pronto, eram assim todos os casamentos, se haveria separação ou não,

Isso dependeria de cada casal, não era? Por que ela teria que se diferenciar?

Ela tinha objetivos, os quais, desejava alcançar em seu coração,

O restante poderia deixar para depois, quem se recordaria de tal fato?

 

Em uma noite úmida, quanto tocou em seus lábios pela primeira vez,

Achou sensato conhece-lo mais um pouco, a cor dos seus olhos era azul,

Alguém o definiu assim certa vez, ela não quis discutir, que assim o fosse,

Não foi um encontro às escondidas mas nem tanto ao clarear do dia,

Seus carinhos nunca haviam pertencido a ninguém, não fazia sentido aquilo,

Sentia-se como uma arma engatilhada, que negava-se a quietude de uma sala vazia,

 

Candidatos a Romeu não faltariam, porém, um pior que o outro,

Ela, nestas histórias nunca desejou ser a julieta, quem aceitaria?

Ser a impassível, trancada em sua redoma enquanto tudo acontecia ao seu redor,

Não seria a atitude mais plausível principalmente no que tange ao final da história,

Ela conhecia estas e outras, muito bem, faria o que fosse possível,

Não mais que o suficiente, ele também não lhe cobraria muito...

 

Naquela noite, ela percorreu-a insone, com lágrimas a molhar o travesseiro,

Sentia-se excluída, ao avesso de tudo o que acontecia ao seu entorno,

Era como se tivesse um revolver engatilhado entre os seus dedos,

Um passo em falso e atiraria, não queria a chance de errar o alvo,

O beijo não passou de um roçar de lábios, nada profundo,

Sem direito a carícias, nada muito invasivo, demonstrou controle,

O preço por buscar o que acreditava não parecera alto naquele instante,

Tudo em seu caminho parecia encaminha-la para aquele destino,

 

As dúvidas que a tiravam dos seus sonhos, estavam a afaga-las,

Que passo seria o correto para seguir ao destino escolhido?

Decidiu sorver suas esperanças em um trago de cerveja,

Não convidou seus objetivos para entrarem no quarto,

Deixou-os do lado de fora, queria ficar absorta, tranquila,

Não desejava nada que pudesse pressiona-la, não naquela hora,

Tudo o mais poderia esperar até o amanhecer do dia seguinte,

Essa decisão não duraria muito, teria que escolher...

 

Decidiu por concordar, meio que a contragosto,

Tudo estava ao avesso, indefinido mesmo,

As pessoas encaminhavam-se todas naquela direção,

Seria a mais acertada parecia lhe direcionar a razão,

Sem sentença de culpa ou de improcedência da ação,

Simplesmente seguir com a coerência da emoção,

 

Estava prestes a tomar uma atitude importante,

Teria que ser coerente, pensar em um futuro distante,

Se estava a se negar aos seus sonhos, apegar-se-ia aos objetivos,

Nada seria fácil, mas ela era boa em planejamento,

Se algo saísse dos trilhos ela desistiria na mesma hora,

Se aquilo não era a melhor saída, estava bem próxima disso,

O único detalhe que decidira ignorar e que a pressionava era...

 

Ela não sentia que o amava, não como sonhou amar um dia,

Então, namorar tremulava ante a sua segurança,

Fazendo a caminhar com as pernas bambas, incertas,

Ele soube disso, em cada momento, mas manteve-se calado,

Pelo menos pelo tempo que julgou necessário,

Nem tudo na vida baseava-se unicamente no amor,

Fosse dessa forma que casamento resistiria aos anos?

 

O amor poderia colocar o primeiro pilar,

Porém, ao final a maioria os resumia em amizade,

É como aquele rapaz bonito que chama o olhar,

Mas ao chegar perto é vazio, não tem nada a acrescentar,

Fosse o amor o convite, ela sabia que não havia chegado a hora certa,

Não o sendo, poderia dar andamento aos seus planos,

 

Ainda hoje, ela se pega a pensar por que sua relação não deu certo,

É certo que ter ignorado a ausência do pilar principal,

Tendo colocado um falso no lugar nunca teve influência no caso,

Mas ela estava certa, havia encontrado um caminho, agora o seguiria...

Depois do Fim

Marta piscou algumas vezes, Tentou entender O que houve, Se viu dentro do carro Esmagada contra o chão. Estava imprensada ...